Hoje descobri um poema do Carlos Drummond de Andrade na internet. Achei bem adequado para esta época de passagem de ano e, com uma lição de esperança que quero compartilhar com você.
“Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
A que se deu o nome de ano,
Foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança,
Fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão pra qualquer ser humano
Se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação
E tudo começa outra vez,
Com outro número e nova vontade de acreditar
Que daqui pra frente, tudo vai ser diferente"
Que dias melhores venham para todos nós em 2006!
sábado, dezembro 31, 2005
sexta-feira, dezembro 30, 2005
Manderlay
Hoje fui conferir a tão esperada segunda parte da trilogia americana de Lars von Trier. No primeiro filme, Dogville, somos apresentados a uma personagem movida por um idealismo inabalável.
Pois bem, em Manderlay, Grace se depara com uma situação bizarra: uma fazenda no Alabama continua mantendo escravos após a abolição da escravatura (70 anos antes... o filme se passa nos anos 50).
Uma ótima oportunidade para se discutir a respeito de liberdade, democracia e comunidade, sobre justiça e sobre comodismo.
Vale a pena conferir e sair com a cabeça fervilhando para um bom debate.
Pois bem, em Manderlay, Grace se depara com uma situação bizarra: uma fazenda no Alabama continua mantendo escravos após a abolição da escravatura (70 anos antes... o filme se passa nos anos 50).
Uma ótima oportunidade para se discutir a respeito de liberdade, democracia e comunidade, sobre justiça e sobre comodismo.
Vale a pena conferir e sair com a cabeça fervilhando para um bom debate.
Tudo parece estar mais acelerado?
Hoje recebi um e-mail, contendo um texto atribuído ao frei Leonard Boff. O texto fala sobre a ressonância Schuman e a sensação de tempo "escasso".
Vale a pena dar uma lida e refletir a respeito. Quem sabe a tomada de consciência seja o primeiro passo para buscar um equilíbrio para cada um de nós.
............................
Não apenas as pessoas mais idosas mas também jovens fazem a experiência de que tudo está se acelerando excessivamente. Ontem foi carnaval, dentro de pouco será Páscoa, mais um pouco, Natal.
Esse sentimento é ilusório ou possui base real? Pela "ressonância Schuman" se procura dar uma explicação. O físico alemão W.O. Schuman constatou em 1952 que a Terra é cercada por uma campo eletromagnético poderoso que se forma entre o solo e a parte inferior da ionosfera que fica cerca de 100 km acima de nós. Esse campo possui uma ressonância (dai chamar-se ressonância Schuman) mais ou menos constante da ordem de 7,83 pulsações por segundo. Funciona como uma espécie de marca-passo, responsável pelo equilíbrio da biosfera, condição comum de todas as formas de vida. Verificou-se também que todos os vertebrados e o nosso cérebro são dotados da mesma frequência de 7,83 hertz.
Empiricamente fêz-se a constatação que não podemos ser saudáveis fora desta frequência biológica natural. Sempre que os astronautas, em razão das viagens espaciais, ficavam fora da ressonância Schuman, adoeciam. Mas submetidos à ação de um "simulador Schuman" recuperavam o equilíbrio e a saúde.
Por milhares de anos as batidas do coração da Terra tinham essa frequência de pulsações e a vida se desenrolava em relativo equilíbrio ecológico. Ocorre que a partir dos anos 80 e de forma mais acentuada a partir dos anos 90 a frequência passou de 7,83 para 11 e para 1 3 hertz por segundo. O coração da Terra disparou. Coincidentemente desequilíbrios ecológicos se fizeram sentir: perturbações climáticas, maior atividade dos vulcões, crescimento de tensões e conflitos no mundo e aumento geral de comportamentos desviantes nas pessoas, entre outros. Devido a aceleração geral, a jornada de 24 horas, na verdade, é somente de 16 horas. Portanto, a percepção de que tudo está passando rápido demais não é ilusória, mas teria base real neste transtorno da ressonância Schuman.
Gaia, esse superorganismo vivo que é a Mãe Terra, deverá estar buscando formas de retornar a seu equilíbrio natural. E vai consegui-lo, mas não sabemos a que preço, a ser pago pela biosfera e pelos seres humanos. Aqui abre-se o espaço para grupos esotéricos e outros futuristas projetarem cenários, ora dramáticos, com catástrofes terríveis, ora esperançosos como a irrupção da quarta dimensão pela qual todos seremos mais intuitivos, mais espirituais e mais sintonizados com o bioritmo da Terra.
Não pretendo reforçar este tipo de leitura. Apenas enfatizo a tese recorrente entre grandes cosmólogos e biólogos de que a Terra é, efetivamente, um superorganismo vivo, de que Terra e humanidade formamos uma única entidade, como os astronautas testemunham de suas naves espaciais.
Nós, seres humanos, somos Terra que sente, pensa, ama e venera. Porque somos isso, possuimos a mesma natureza bioelétrica e estamos envoltos pelas mesmas ondas ressonantes Schuman. Se queremos que a Terra reencontre seu equilíbrio devemos começar por nós mesmos: fazer tudo sem estresse, com mais serenidade. Com mais amor, que é uma energia essencialmente harmonizadora.
Para isso importa termos coragem de ser anti-cultura dominante que nos obriga a ser cada vez mais competitivos e efetivos. Precisamos respirar juntos com a Terra, para conspirar com ela pela paz.
Vale a pena dar uma lida e refletir a respeito. Quem sabe a tomada de consciência seja o primeiro passo para buscar um equilíbrio para cada um de nós.
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Não apenas as pessoas mais idosas mas também jovens fazem a experiência de que tudo está se acelerando excessivamente. Ontem foi carnaval, dentro de pouco será Páscoa, mais um pouco, Natal.
Esse sentimento é ilusório ou possui base real? Pela "ressonância Schuman" se procura dar uma explicação. O físico alemão W.O. Schuman constatou em 1952 que a Terra é cercada por uma campo eletromagnético poderoso que se forma entre o solo e a parte inferior da ionosfera que fica cerca de 100 km acima de nós. Esse campo possui uma ressonância (dai chamar-se ressonância Schuman) mais ou menos constante da ordem de 7,83 pulsações por segundo. Funciona como uma espécie de marca-passo, responsável pelo equilíbrio da biosfera, condição comum de todas as formas de vida. Verificou-se também que todos os vertebrados e o nosso cérebro são dotados da mesma frequência de 7,83 hertz.
Empiricamente fêz-se a constatação que não podemos ser saudáveis fora desta frequência biológica natural. Sempre que os astronautas, em razão das viagens espaciais, ficavam fora da ressonância Schuman, adoeciam. Mas submetidos à ação de um "simulador Schuman" recuperavam o equilíbrio e a saúde.
Por milhares de anos as batidas do coração da Terra tinham essa frequência de pulsações e a vida se desenrolava em relativo equilíbrio ecológico. Ocorre que a partir dos anos 80 e de forma mais acentuada a partir dos anos 90 a frequência passou de 7,83 para 11 e para 1 3 hertz por segundo. O coração da Terra disparou. Coincidentemente desequilíbrios ecológicos se fizeram sentir: perturbações climáticas, maior atividade dos vulcões, crescimento de tensões e conflitos no mundo e aumento geral de comportamentos desviantes nas pessoas, entre outros. Devido a aceleração geral, a jornada de 24 horas, na verdade, é somente de 16 horas. Portanto, a percepção de que tudo está passando rápido demais não é ilusória, mas teria base real neste transtorno da ressonância Schuman.
Gaia, esse superorganismo vivo que é a Mãe Terra, deverá estar buscando formas de retornar a seu equilíbrio natural. E vai consegui-lo, mas não sabemos a que preço, a ser pago pela biosfera e pelos seres humanos. Aqui abre-se o espaço para grupos esotéricos e outros futuristas projetarem cenários, ora dramáticos, com catástrofes terríveis, ora esperançosos como a irrupção da quarta dimensão pela qual todos seremos mais intuitivos, mais espirituais e mais sintonizados com o bioritmo da Terra.
Não pretendo reforçar este tipo de leitura. Apenas enfatizo a tese recorrente entre grandes cosmólogos e biólogos de que a Terra é, efetivamente, um superorganismo vivo, de que Terra e humanidade formamos uma única entidade, como os astronautas testemunham de suas naves espaciais.
Nós, seres humanos, somos Terra que sente, pensa, ama e venera. Porque somos isso, possuimos a mesma natureza bioelétrica e estamos envoltos pelas mesmas ondas ressonantes Schuman. Se queremos que a Terra reencontre seu equilíbrio devemos começar por nós mesmos: fazer tudo sem estresse, com mais serenidade. Com mais amor, que é uma energia essencialmente harmonizadora.
Para isso importa termos coragem de ser anti-cultura dominante que nos obriga a ser cada vez mais competitivos e efetivos. Precisamos respirar juntos com a Terra, para conspirar com ela pela paz.
quarta-feira, dezembro 28, 2005
3 sonhos
* No meio de um campo na ex-Iugoslávia, surge Vladimir Putin. Rola uma discussão (em português) sobre a situação dos povos e o fracasso dos programas de ajuda humanitária. Corte. Sala do apartamento. Daniel e Rálmer (que eu não conheço pessoalmente ainda) estão fazendo uma visita. A conversa gira em torno do significado da data de Natal e do que cada um andou pensando e fazendo.
* Um ônibus sequestrado. Detalhe: o ônibus não tem bancos. Os passageiros estão todos sentados em cima de bicicletas. Numa pequena distração do sequestrador, um bando de ciclistas sai pela porta da frente do ônibus em movimento e pedala normalmente para a liberdade. Momento seguinte: o ônibus explode.
* Numa ilha com toque meio selvagem (lembra até aquela ilha que vi no trailer do filme King Kong), acontecem experiências genéticas com cachorros. Uma bióloga explica para mim o processo de troca de genes entre diferentes espécies e fala sobre o caso de uma esponja que troca genes com uma medusa na presença de chocolate. (???!!!).
* Um ônibus sequestrado. Detalhe: o ônibus não tem bancos. Os passageiros estão todos sentados em cima de bicicletas. Numa pequena distração do sequestrador, um bando de ciclistas sai pela porta da frente do ônibus em movimento e pedala normalmente para a liberdade. Momento seguinte: o ônibus explode.
* Numa ilha com toque meio selvagem (lembra até aquela ilha que vi no trailer do filme King Kong), acontecem experiências genéticas com cachorros. Uma bióloga explica para mim o processo de troca de genes entre diferentes espécies e fala sobre o caso de uma esponja que troca genes com uma medusa na presença de chocolate. (???!!!).
segunda-feira, dezembro 26, 2005
Sobre milkshake, ceia de Natal e flores partidas
Um post rápido para falar sobre 3 assuntos:
* Encontrei o Cláudio (depois de um loooongo tempo) e pudemos conversar bastante. Fazia muito tempo que a gente não conseguia achar um tempinho para jogar conversa fora e foi bem gratificante. Ele chegou de uma temporada de um mês em Buenos Aires e voltou cheio de novidades. Aliás, obrigado pela lembrança. Adorei as xícaras. O encontro foi no General Prime Burger.
Ultimamente tem acontecido uma proliferação de hamburguerias. O General Prime Burger é uma destas casas que vendem hambúrgueres com pretensões de torná-lo um prato mais sofisticado. O hambúrguer é muito bom. Uma pena que seja grande demais para o tamanho da minha mordida e, comer com garfo e faca faz com que se perca boa parte do charme de um hambúrguer.
Fique com o fantástico milkshake de nutella com castanhas. Imperdível!!!
* Adoro a ceia de Natal pelo simples motivo de que é uma das poucas ocasiões em que consigo me dedicar inteiramente a minha família. Gosto muito de estar em contato com os preparativos de uma festividade restrita para a família (também no sentido restrito... pais e filhos e só... nada de tios, tias e primos e avós). Algo tranquilo e que reforça muito dos laços que temos. Minha mãe, como sempre, fez vários pratos: lombo recheado (delicioso... vale a pena esperar um ano inteiro só para comer isso), lagarto com molho de cogumelos, arroz gome com alga e bardana, sushis... Eu fiquei encarregado da salada de maionese. Risos.
* Flores partidas é o mais novo filme de Jim Jarmusch. Trata sobre solidão e sobre deslocamento em relação a própria vida. Bill Murray faz o papel de Don Johnston (sim, há vários trocadilhos com o galã Miami Vice Don Johnson), um executivo que recebe uma carta anônima dizendo que ele é pai de um garoto de 19 anos. Por conta da insistência do amigo, vai em busca das ex-namoradas para saber quem poderia ser a mãe de seu filho.
Um filme com um sabor amargo de solidão. Um filme que gera risadas involuntárias sobre uma situação cheia de drama. E um Bill Murray com cara de tédio no filme inteiro (lembra tanto aquele personagem de Encontros e desencontros).
* Encontrei o Cláudio (depois de um loooongo tempo) e pudemos conversar bastante. Fazia muito tempo que a gente não conseguia achar um tempinho para jogar conversa fora e foi bem gratificante. Ele chegou de uma temporada de um mês em Buenos Aires e voltou cheio de novidades. Aliás, obrigado pela lembrança. Adorei as xícaras. O encontro foi no General Prime Burger.
Ultimamente tem acontecido uma proliferação de hamburguerias. O General Prime Burger é uma destas casas que vendem hambúrgueres com pretensões de torná-lo um prato mais sofisticado. O hambúrguer é muito bom. Uma pena que seja grande demais para o tamanho da minha mordida e, comer com garfo e faca faz com que se perca boa parte do charme de um hambúrguer.
Fique com o fantástico milkshake de nutella com castanhas. Imperdível!!!
* Adoro a ceia de Natal pelo simples motivo de que é uma das poucas ocasiões em que consigo me dedicar inteiramente a minha família. Gosto muito de estar em contato com os preparativos de uma festividade restrita para a família (também no sentido restrito... pais e filhos e só... nada de tios, tias e primos e avós). Algo tranquilo e que reforça muito dos laços que temos. Minha mãe, como sempre, fez vários pratos: lombo recheado (delicioso... vale a pena esperar um ano inteiro só para comer isso), lagarto com molho de cogumelos, arroz gome com alga e bardana, sushis... Eu fiquei encarregado da salada de maionese. Risos.
* Flores partidas é o mais novo filme de Jim Jarmusch. Trata sobre solidão e sobre deslocamento em relação a própria vida. Bill Murray faz o papel de Don Johnston (sim, há vários trocadilhos com o galã Miami Vice Don Johnson), um executivo que recebe uma carta anônima dizendo que ele é pai de um garoto de 19 anos. Por conta da insistência do amigo, vai em busca das ex-namoradas para saber quem poderia ser a mãe de seu filho.
Um filme com um sabor amargo de solidão. Um filme que gera risadas involuntárias sobre uma situação cheia de drama. E um Bill Murray com cara de tédio no filme inteiro (lembra tanto aquele personagem de Encontros e desencontros).
sexta-feira, dezembro 23, 2005
Boas festas
Neste período do ano há algo no ar... a proximidade com o final de ano sempre anuncia uma espécie de balanço daquilo que foi feito durante todo o ano.
E hoje recebi milhares de e-mails e cartões de Natal... Sim, é claro que já mandei minhas mensagens de Natal. Não fui um daqueles que resistiu... risos.
Mas para quem ainda não mandou suas mensagens de Boas festas, segue aqui uma dica. O Live-8, aquela organização criada pelo Bob Geldorf para combater a questão da miséria no mundo (mais especificamente na África), lançou um cartão virtual que vocêpode enviar para os lideres do G8 (os 7 países mais ricos do mundo + Rússia).
Quem quiser enviar este cartão cobrando as promessas feitas por estes líderes por ocasião do evento Live 8, é só clicar no link abaixo:
http://www.live8live.com/live8/campaign.do?code=x05
Ahh... e boas festas para todos.
E hoje recebi milhares de e-mails e cartões de Natal... Sim, é claro que já mandei minhas mensagens de Natal. Não fui um daqueles que resistiu... risos.
Mas para quem ainda não mandou suas mensagens de Boas festas, segue aqui uma dica. O Live-8, aquela organização criada pelo Bob Geldorf para combater a questão da miséria no mundo (mais especificamente na África), lançou um cartão virtual que vocêpode enviar para os lideres do G8 (os 7 países mais ricos do mundo + Rússia).
Quem quiser enviar este cartão cobrando as promessas feitas por estes líderes por ocasião do evento Live 8, é só clicar no link abaixo:
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Ahh... e boas festas para todos.
quinta-feira, dezembro 22, 2005
Michelangelo Antonioni
Simplesmente não entendo este "endeusamento" que se faz para alguns cineastas. Quer fazer pose de "pessoa culta", basta apenas ficar citando e endeusando os filmes de Godard e Antonioni.
Eu juro que fui tentar conferir alguns filmes destes dois cineastas para formar minhas próprias opiniões. O que vejo é que ou eu simplesmente não estou tomando o mesmo àcido que muitas pessoas ou realmente os filmes são chatos.
Ontem fui assistir "Além das nuvens", filme de Antonioni com elenco estrelado (John Malkovich, Sophie Marceau, Irene Jacob e pontas especialíssimas de Marcelo Mastroianni e Jeanne Moureau).
O filme é um verdadeiro remédio para quem está com crises de insônia... chegar até o final do filme foi meio sacrificado. O que posso dizer? São alguns contos entrelaçados pela personagem de John Malkovich, um cineasta em busca de idéias para um novo filme.
Antes deste, já tinha assistido dois outros filmes de Antonioni: A noite e O eclipse. Acho que há um tema comum em todos os filmes: a incomunicabilidade, os enganos inerentes no processo de comunicação. Talvez tudo seja etéreo demais...
Eu juro que fui tentar conferir alguns filmes destes dois cineastas para formar minhas próprias opiniões. O que vejo é que ou eu simplesmente não estou tomando o mesmo àcido que muitas pessoas ou realmente os filmes são chatos.
Ontem fui assistir "Além das nuvens", filme de Antonioni com elenco estrelado (John Malkovich, Sophie Marceau, Irene Jacob e pontas especialíssimas de Marcelo Mastroianni e Jeanne Moureau).
O filme é um verdadeiro remédio para quem está com crises de insônia... chegar até o final do filme foi meio sacrificado. O que posso dizer? São alguns contos entrelaçados pela personagem de John Malkovich, um cineasta em busca de idéias para um novo filme.
Antes deste, já tinha assistido dois outros filmes de Antonioni: A noite e O eclipse. Acho que há um tema comum em todos os filmes: a incomunicabilidade, os enganos inerentes no processo de comunicação. Talvez tudo seja etéreo demais...
domingo, dezembro 18, 2005
8th Gub
Hoje foi um dia cercado de ansiedade... Sim, sei que o mal que aflige a todos é a ansiedade. Impossível se manter impassível diante de um trânsito gigantesco ou encontrar a postura zen na fila interminável para o estacionamento.
Alta ansiedade... este é o grande mal que nos aflige. A gente acaba se preocupando mais com prazos e projetos do que com a gente mesmo. E onde está este tempo que preciso para cuidar de mim mesmo? Talvez seja a pergunta dos ansiosos.
A minha dose de ansiedade deste dia foi por conta do meu exame de faixa. Para quem não sabe, eu estou praticando tae-kwon-do e depois de 4 meses seguidos de treinos, me candidatei a ser examinado para poder passar para o nível seguinte.
Ahhh esta minha mania de exigir o máximo de mim mesmo. Na hora do exame, não podia ficar parado porque minha mão começava a tremer (se bem que os outros que assistiam minha apresentação disseram não ter percebido isso).
Fiz todos os movimentos (defesa nas quatro direções, ataque nas quatro direções, base de socos, base de chutes, base de defesas e seqüência de passos de luta) e procurei responder direitinho toda a parte teórica.
A nota final acabou de sair... Eu que esperava passar para o 9th gub (Gub é a divisão no tae-kwon-do), consegui passar para o 8th Gub. Da faixa branca passei para a faixa amarela!!!! Nota 8,7. Estou muito contente com o resultado e mal vejo a hora de estrear minha nova faixa.
Alta ansiedade... este é o grande mal que nos aflige. A gente acaba se preocupando mais com prazos e projetos do que com a gente mesmo. E onde está este tempo que preciso para cuidar de mim mesmo? Talvez seja a pergunta dos ansiosos.
A minha dose de ansiedade deste dia foi por conta do meu exame de faixa. Para quem não sabe, eu estou praticando tae-kwon-do e depois de 4 meses seguidos de treinos, me candidatei a ser examinado para poder passar para o nível seguinte.
Ahhh esta minha mania de exigir o máximo de mim mesmo. Na hora do exame, não podia ficar parado porque minha mão começava a tremer (se bem que os outros que assistiam minha apresentação disseram não ter percebido isso).
Fiz todos os movimentos (defesa nas quatro direções, ataque nas quatro direções, base de socos, base de chutes, base de defesas e seqüência de passos de luta) e procurei responder direitinho toda a parte teórica.
A nota final acabou de sair... Eu que esperava passar para o 9th gub (Gub é a divisão no tae-kwon-do), consegui passar para o 8th Gub. Da faixa branca passei para a faixa amarela!!!! Nota 8,7. Estou muito contente com o resultado e mal vejo a hora de estrear minha nova faixa.
quinta-feira, dezembro 15, 2005
Kumbaya
E a dica para este final de semana é o evento Kumbaya, que acontece neste domingo das 12h às 23h00. O que é o projeto Kumbaya? Seria algo como misturar música com manifetações teatrais, palestras sobre temas como meditação, vegetarianismo e não-violência e idéias, muitas idéias.
Esta será a primeira vez que vou conferir a festa, que já está em sua quinta edição. Para participar, basta trocar 1 kg de alimento por um ingresso. Eu fui pegar o meu ingresso na loja Será o Benedito, na galeria Ouro Fino.
A proposta do projeto Kumbaya Global Lab parece ser interessante. Segue aí alguns highlights do dia (eu, pelo menos, quero ver):
* Projeto Arquitetura de resitência
* Palestra sobre zen-budismo com a monja Coen (15h)
* Palestra Armar-se é a solução? com Luciana Guimarães do Instituto Sou da Paz (17h)
* Live P.A. Drumagick (17h)
* Palestra Vegetarianismo e alimentação saudável (18h)
* Show HBTronics (18h)
* Exibição do documentário Carne é fraca (19h)
Para quem quiser saber mais a respeito, é só acessar o link http://cgi.braslink.com/eletronicbrasil.com.br/proximaedicao.htm
Esta será a primeira vez que vou conferir a festa, que já está em sua quinta edição. Para participar, basta trocar 1 kg de alimento por um ingresso. Eu fui pegar o meu ingresso na loja Será o Benedito, na galeria Ouro Fino.
A proposta do projeto Kumbaya Global Lab parece ser interessante. Segue aí alguns highlights do dia (eu, pelo menos, quero ver):
* Projeto Arquitetura de resitência
* Palestra sobre zen-budismo com a monja Coen (15h)
* Palestra Armar-se é a solução? com Luciana Guimarães do Instituto Sou da Paz (17h)
* Live P.A. Drumagick (17h)
* Palestra Vegetarianismo e alimentação saudável (18h)
* Show HBTronics (18h)
* Exibição do documentário Carne é fraca (19h)
Para quem quiser saber mais a respeito, é só acessar o link http://cgi.braslink.com/eletronicbrasil.com.br/proximaedicao.htm
segunda-feira, dezembro 12, 2005
Cães e afeto; filmes e fantasia
Sempre gostei de cachorros. Não me pergunte o porquê. Não poderia explicar os motivos, ou melhor, talvez até enumerasse vários sem que algum pudesse ser verdadeiramente único.
Lembro de ter assistido no filme "A insustentável leveza do ser", uma cena que talvez traduza muita coisa deste afeto entre homens e animais.
A personagem de Juliette Binoche está junto com Daniel Day-Lewis e o cachorro que tinha ganhado dele. Eles descobrem que o cachorro está com um câncer na perna e está sofrendo muito. A decisão é a de aplicar uma injeção letal para aliviar o sofrimento do animal. E neste momento, ela declara que talvez tenha amado mais o cachorro que o próprio marido.
Ao contrário do marido, o cachorro nunca exigiu nada dela. Apenas a amava sem exigir nada em troca. Ela nunca teve que ceder ou fazer algo diferente, o cão a amava apenas pelo fato dela ser ela mesma.
Interessante, não é? Acho que vou buscar uma edição do romance de Milan Kundera para tentar ver mais detalhadamente este diálogo.
..............................
Neste final de semana pude conferir alguns filmes: dois em DVD e um no cinema.
Em DVD vi "A vida e a morte de Peter Sellers", uma biografia do comediante inglês Peter Sellers, mais conhecido pelo papel de inspetor Clouseau na série "Pantera cor-de-rosa".
Elenco inspirado e competente (Geoffrey Rush, Emily Watson, John Lithgow...) e roteiro muito bom, misturando delírios e meta-linguagem. Vale a pena conferir. Infelizmente, esta é uma produção que foi direto para DVD e não passou pelos cinemas. Produção da HBO.
O outro filme foi "Machuca", filme chileno que mostra os eventos pré-instalação da ditadura Pinochet pelos olhos de uma criança da classe média. Machuca é o sobrenome do amigo favelado que por iniciativa da liberalidade e integração promovidas pelo governo Salvador Allende, vai estudar no colégio inglês de Gonzalo (este sim, a personagem principal).
Acho que não estava muito propenso a assistir filmes sérios e por isso, não curti muito. O filme é bom mas deixa um gostinho de algo inacabado.
No cinema, fui me entregar a fantasia de "As crônicas de Nárnia". Queria me desligar um pouco deste mundo e a escolha não poderia ser mais adequada. Um filme feito para divertir. Não espere enredos profundos nem personagens bem trabalhadas. O roteiro é raso, simples e se apóia mesmo nos efeitos especiais. Mas e daí? Eu só queria algo leve mesmo.
Lembro de ter assistido no filme "A insustentável leveza do ser", uma cena que talvez traduza muita coisa deste afeto entre homens e animais.
A personagem de Juliette Binoche está junto com Daniel Day-Lewis e o cachorro que tinha ganhado dele. Eles descobrem que o cachorro está com um câncer na perna e está sofrendo muito. A decisão é a de aplicar uma injeção letal para aliviar o sofrimento do animal. E neste momento, ela declara que talvez tenha amado mais o cachorro que o próprio marido.
Ao contrário do marido, o cachorro nunca exigiu nada dela. Apenas a amava sem exigir nada em troca. Ela nunca teve que ceder ou fazer algo diferente, o cão a amava apenas pelo fato dela ser ela mesma.
Interessante, não é? Acho que vou buscar uma edição do romance de Milan Kundera para tentar ver mais detalhadamente este diálogo.
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Neste final de semana pude conferir alguns filmes: dois em DVD e um no cinema.
Em DVD vi "A vida e a morte de Peter Sellers", uma biografia do comediante inglês Peter Sellers, mais conhecido pelo papel de inspetor Clouseau na série "Pantera cor-de-rosa".
Elenco inspirado e competente (Geoffrey Rush, Emily Watson, John Lithgow...) e roteiro muito bom, misturando delírios e meta-linguagem. Vale a pena conferir. Infelizmente, esta é uma produção que foi direto para DVD e não passou pelos cinemas. Produção da HBO.
O outro filme foi "Machuca", filme chileno que mostra os eventos pré-instalação da ditadura Pinochet pelos olhos de uma criança da classe média. Machuca é o sobrenome do amigo favelado que por iniciativa da liberalidade e integração promovidas pelo governo Salvador Allende, vai estudar no colégio inglês de Gonzalo (este sim, a personagem principal).
Acho que não estava muito propenso a assistir filmes sérios e por isso, não curti muito. O filme é bom mas deixa um gostinho de algo inacabado.
No cinema, fui me entregar a fantasia de "As crônicas de Nárnia". Queria me desligar um pouco deste mundo e a escolha não poderia ser mais adequada. Um filme feito para divertir. Não espere enredos profundos nem personagens bem trabalhadas. O roteiro é raso, simples e se apóia mesmo nos efeitos especiais. Mas e daí? Eu só queria algo leve mesmo.
quarta-feira, dezembro 07, 2005
Classe média
A descoberta de hoje foi uma música chamada "Classe média" de autoria de Max Gonzaga. Nunca ouvi falar dele... fui pesquisar um pouquinho mais e vi que ele é natural de São José dos Campos, já foi qualificado como "cronista de sofisticada simplicidade e compositor de melodias que causam impacto" e participou do Festival de Música da TV Cultura 2005.
Na verdade, ouvi apenas uma música e por isso não acho que posso avaliá-lo por apenas uma canção. Mas considerando a letra de 'Classe média' acho que realmente ele capta bem o espírito do que acontece hoje no Brasil.
Pretem atenção na letra (que transcrevo logo abaixo)... ahhh... thanks, Káhtia por ter mandado o vídeo da apresentação de Max Gonzaga.
.........................
Sou classe média, papagaio de todo telejornal.
Sou classe média, eu acredito na imparcialidade da revista semanal.
Sou classe média, compro roupa e gasolina no cartão.
Odeio “coletivos” e vou de carro que comprei a prestação.
Só pago impostos, estou sempre no limite do meu cheque especial.
Eu viajo pouco, no máximo um pacote CVC-trianual.
Mas eu “tô nem aí”, se o traficante é quem manda na favela.
Eu não “tô nem aqui”, se morre gente ou tem enchente em Itaquera.
Eu quero é que se exploda a periferia toda.
Mas fico indignado com o Estado quando sou incomodado pelo pedinte esfomeado, que me estende a mão.
O pára-brisa ensaboado, é camelô, biju com bala e as peripécias do artista malabarista do farol.
Mas se o assalto é em Moema, o assassinato é nos Jardins e a filha do executivo é estuprada até o fim, aí a mídia manifesta a sua opinião regressa de implantar pena de morte ou reduzir a idade penal.
E eu que sou bem informado, concordo e faço passeata enquanto aumenta a audiência e a tiragem do jornal.
Porque eu “tô nem aí”, se o traficante é quem manda na favela.
Eu não “tô nem aqui”, se morre gente ou tem enchente em Itaquera.
Eu quero é que se exploda a periferia toda.
Toda tragédia só me importa quando bate em minha porta.
Porque é mais fácil condenar quem já cumpre pena de vida.
Na verdade, ouvi apenas uma música e por isso não acho que posso avaliá-lo por apenas uma canção. Mas considerando a letra de 'Classe média' acho que realmente ele capta bem o espírito do que acontece hoje no Brasil.
Pretem atenção na letra (que transcrevo logo abaixo)... ahhh... thanks, Káhtia por ter mandado o vídeo da apresentação de Max Gonzaga.
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Sou classe média, papagaio de todo telejornal.
Sou classe média, eu acredito na imparcialidade da revista semanal.
Sou classe média, compro roupa e gasolina no cartão.
Odeio “coletivos” e vou de carro que comprei a prestação.
Só pago impostos, estou sempre no limite do meu cheque especial.
Eu viajo pouco, no máximo um pacote CVC-trianual.
Mas eu “tô nem aí”, se o traficante é quem manda na favela.
Eu não “tô nem aqui”, se morre gente ou tem enchente em Itaquera.
Eu quero é que se exploda a periferia toda.
Mas fico indignado com o Estado quando sou incomodado pelo pedinte esfomeado, que me estende a mão.
O pára-brisa ensaboado, é camelô, biju com bala e as peripécias do artista malabarista do farol.
Mas se o assalto é em Moema, o assassinato é nos Jardins e a filha do executivo é estuprada até o fim, aí a mídia manifesta a sua opinião regressa de implantar pena de morte ou reduzir a idade penal.
E eu que sou bem informado, concordo e faço passeata enquanto aumenta a audiência e a tiragem do jornal.
Porque eu “tô nem aí”, se o traficante é quem manda na favela.
Eu não “tô nem aqui”, se morre gente ou tem enchente em Itaquera.
Eu quero é que se exploda a periferia toda.
Toda tragédia só me importa quando bate em minha porta.
Porque é mais fácil condenar quem já cumpre pena de vida.
segunda-feira, dezembro 05, 2005
Aventuras gastronômicas
Estive em Sampa novamente de quinta a sábado. E fico contente porque meus dias em Sampa sempre são bem ocupados com eventos e, principalmente, encontros com amigos.
Quinta-feira
Dia de cortar o cabelo... nada muito radical, apenas deixá-lo um pouco repicado e com menos volume. Depois, o programa foi um encontro com pessoas que não via há muito tempo.
O local do encontro foi decidido pela Luciana: pizzaria Veridiana, na rua José Maria Lisboa.
Fui junto com o Maurício e a Zilda e fomos os primeiros a chegar. O grande choque inicial foi com a imponência do local. Eu com uma simples calça jeans e camiseta e, logo na entrada um grande piano Steinway. Realmente um local para impressionar.
Fomos para o andar de baixo (por fora nem se imagina que o local seja tão espaçoso assim) e aguardamos os outros.
A Mari chegou logo em seguida. Gosto muito de encontrá-la... quando a encontro sempre rola aquela troca de boas energias. A Luluzinha e o Ricardo chegaram logo depois.
Muita conversa e pouca pizza (sim, porque uma simples pizza de mussarella chegava a exorbitantes R$36,00).
Sexta-feira
Dia de tour por Sampa. Primeiro uma reunião lá na região da Berrini, com direito a parada no shopping D&D. Lá estava rolando a exposição de todas as vacas da Cow Parade. Pelo visto era a última parada antes do leilão.
De lá, como chegar até Perdizes? Fácil, fácil... com apenas R$2,10 você pode pegar o trem na Marginal Pinheiros na estação Berrini. Desce na estação Cidade Universitária e pega a ponte Orca para a estação de metrô Vila Madalena. E, de lá pode pegar outra ponte Orca para a estação Barra Funda e já estará bem próximo de Perdizes (uma caminhada de 20 minutos).
Em Perdizes, fui encontrar a Cynthia. Ficamos conversando até a chegada da Rosana e de lá fomos para o bar A Lapinha, na rua Coriolano. O bar sempre está na lista de melhores bares do concurso Boteco Boêmia. E para quem vai lá, não pode deixar de provar um dos escondidinhos. Eu experimentei um escondidinho de carne-seca com purê de abóbora. Por que "escondidinho"? É que o refogado (no meu caso de carne-seca) fica escondido embaixo da camada de purê.
Da Lapa para Perdizes novamente. Comer um doce na Ofner da Cardoso de Almeida. Lá bebi um cha verde acompanhando uma cestinha de gianduia e creme de avelãs. Muuuuito bom. O Antônio juntou-se a nós e conversamos um pouco.
De Perdizes para os Jardins. O Antônio me convenceu a acompanhá-lo num jantar lá no Ritz. É claro que não comi nada. Apenas acompanhei-o e fiquei conversando com ele e o Jorge. O Ritz estava vazio quando chegamos mas foi lotando e lotando... até ficar muito barulhento e enfumaçado. Saímos de lá e fomos para um café. O eleito foi o Café Suplicy.
Dos Jardins para a Vila Madalena. Até tinha uma festa para ir no Canto Madalena mas optei por ficar mais sossegado e fiquei conversando com a Zilda no apartamento dela. Ficamos em conversa até às 2h00. Depois de um dia agitado assim, fui direto para casa dormir porque o dia seguinte reservava mais.
Sábado
Às 9h00 estava na Vila Madalena, para encontrar a Zilda. Fomos tomar café da manhã na Saint-Etienne. E de lá, andar pelas vizinhanças para ver casas e apartamentos.
Encontramos um casal de amigos da Zilda (a Vera e o Claus, um dinamarquês que é uma figura muito legal...). Fomos para um almoço no Galinhada do Bahia.
É um lugar meio... como posso dizer... folclõrico. Fica na região do Pari, atrás do estádio do Canindé. Uma espécie de favela-chic. Ou seria melhor dizer, uma favela que foi ficando com ares "cult"? Foi uma experiência e tanto. Provei coisas que jamais imaginaria comer algum dia: maxixe (uma espécie de pepino espinhento cozido), carne-seca com mandioca frita, farofa de milho com feijão de corda, baião de dois, carneiro cozido, galinha a cabidela e, é claro, a galinhada (com direito a algo estranho e redondo no meu prato, que depois descobri que era uma espécie de ovo da galinha que ainda não tinha se formado inteiramente). Come-se muito pagando pouco (como só bebi uma garrafa de água, paguei R$18,00).
O dia de hoje foi repleto de experiências... e curti bastante a descoberta. Aliás, vc sabe que adoro coisas novas, não é? Não sei se voltaria para lá mas pelo menos já posso dizer com conhecimento de causa que não comeria carneiro cozido novamente. Risos.
Do Pari para Santos. Sim, depois de tanta coisa, fui assentar todas as memórias no recesso do meu lar. A Zilda resolveu descer para Santos e aproveitei a carona. Acabei não indo ao cinema como queria ter feito mas tudo bem... fica para a próxima.
Quinta-feira
Dia de cortar o cabelo... nada muito radical, apenas deixá-lo um pouco repicado e com menos volume. Depois, o programa foi um encontro com pessoas que não via há muito tempo.
O local do encontro foi decidido pela Luciana: pizzaria Veridiana, na rua José Maria Lisboa.
Fui junto com o Maurício e a Zilda e fomos os primeiros a chegar. O grande choque inicial foi com a imponência do local. Eu com uma simples calça jeans e camiseta e, logo na entrada um grande piano Steinway. Realmente um local para impressionar.
Fomos para o andar de baixo (por fora nem se imagina que o local seja tão espaçoso assim) e aguardamos os outros.
A Mari chegou logo em seguida. Gosto muito de encontrá-la... quando a encontro sempre rola aquela troca de boas energias. A Luluzinha e o Ricardo chegaram logo depois.
Muita conversa e pouca pizza (sim, porque uma simples pizza de mussarella chegava a exorbitantes R$36,00).
Sexta-feira
Dia de tour por Sampa. Primeiro uma reunião lá na região da Berrini, com direito a parada no shopping D&D. Lá estava rolando a exposição de todas as vacas da Cow Parade. Pelo visto era a última parada antes do leilão.
De lá, como chegar até Perdizes? Fácil, fácil... com apenas R$2,10 você pode pegar o trem na Marginal Pinheiros na estação Berrini. Desce na estação Cidade Universitária e pega a ponte Orca para a estação de metrô Vila Madalena. E, de lá pode pegar outra ponte Orca para a estação Barra Funda e já estará bem próximo de Perdizes (uma caminhada de 20 minutos).
Em Perdizes, fui encontrar a Cynthia. Ficamos conversando até a chegada da Rosana e de lá fomos para o bar A Lapinha, na rua Coriolano. O bar sempre está na lista de melhores bares do concurso Boteco Boêmia. E para quem vai lá, não pode deixar de provar um dos escondidinhos. Eu experimentei um escondidinho de carne-seca com purê de abóbora. Por que "escondidinho"? É que o refogado (no meu caso de carne-seca) fica escondido embaixo da camada de purê.
Da Lapa para Perdizes novamente. Comer um doce na Ofner da Cardoso de Almeida. Lá bebi um cha verde acompanhando uma cestinha de gianduia e creme de avelãs. Muuuuito bom. O Antônio juntou-se a nós e conversamos um pouco.
De Perdizes para os Jardins. O Antônio me convenceu a acompanhá-lo num jantar lá no Ritz. É claro que não comi nada. Apenas acompanhei-o e fiquei conversando com ele e o Jorge. O Ritz estava vazio quando chegamos mas foi lotando e lotando... até ficar muito barulhento e enfumaçado. Saímos de lá e fomos para um café. O eleito foi o Café Suplicy.
Dos Jardins para a Vila Madalena. Até tinha uma festa para ir no Canto Madalena mas optei por ficar mais sossegado e fiquei conversando com a Zilda no apartamento dela. Ficamos em conversa até às 2h00. Depois de um dia agitado assim, fui direto para casa dormir porque o dia seguinte reservava mais.
Sábado
Às 9h00 estava na Vila Madalena, para encontrar a Zilda. Fomos tomar café da manhã na Saint-Etienne. E de lá, andar pelas vizinhanças para ver casas e apartamentos.
Encontramos um casal de amigos da Zilda (a Vera e o Claus, um dinamarquês que é uma figura muito legal...). Fomos para um almoço no Galinhada do Bahia.
É um lugar meio... como posso dizer... folclõrico. Fica na região do Pari, atrás do estádio do Canindé. Uma espécie de favela-chic. Ou seria melhor dizer, uma favela que foi ficando com ares "cult"? Foi uma experiência e tanto. Provei coisas que jamais imaginaria comer algum dia: maxixe (uma espécie de pepino espinhento cozido), carne-seca com mandioca frita, farofa de milho com feijão de corda, baião de dois, carneiro cozido, galinha a cabidela e, é claro, a galinhada (com direito a algo estranho e redondo no meu prato, que depois descobri que era uma espécie de ovo da galinha que ainda não tinha se formado inteiramente). Come-se muito pagando pouco (como só bebi uma garrafa de água, paguei R$18,00).
O dia de hoje foi repleto de experiências... e curti bastante a descoberta. Aliás, vc sabe que adoro coisas novas, não é? Não sei se voltaria para lá mas pelo menos já posso dizer com conhecimento de causa que não comeria carneiro cozido novamente. Risos.
Do Pari para Santos. Sim, depois de tanta coisa, fui assentar todas as memórias no recesso do meu lar. A Zilda resolveu descer para Santos e aproveitei a carona. Acabei não indo ao cinema como queria ter feito mas tudo bem... fica para a próxima.
terça-feira, novembro 29, 2005
Animações de protesto
Recebi de uma amiga os links para estas duas animações em flash. Pelo o que eu entendi, cada uma destas animações foi feita para campanhas específicas.
A primeira, "Themeatrix", faz uma sátira com toda o mundo descrito na trilogia de filmes Matrix. Uma sátira com uma campanha de conscietização: aqui seria algo na linha "os pequemos produtores" contra o "grande vilão do agrobusiness", tudo isso com um porco, uma vaca e uma galinha.
Ficou curioso? Clique aqui e veja:
http://www.themeatrix.com/
O segundo vídeo é "Storewars", uma outra sátira e desta vez com a mitologia de StarWars. Desta vez, a Força está com os alimentos orgânicos. Divertido!
http://www.storewars.org/flash/index.html
A primeira, "Themeatrix", faz uma sátira com toda o mundo descrito na trilogia de filmes Matrix. Uma sátira com uma campanha de conscietização: aqui seria algo na linha "os pequemos produtores" contra o "grande vilão do agrobusiness", tudo isso com um porco, uma vaca e uma galinha.
Ficou curioso? Clique aqui e veja:
http://www.themeatrix.com/
O segundo vídeo é "Storewars", uma outra sátira e desta vez com a mitologia de StarWars. Desta vez, a Força está com os alimentos orgânicos. Divertido!
http://www.storewars.org/flash/index.html
domingo, novembro 27, 2005
Eu confesso...
Sim, eu confesso... fui assistir a "Harry Potter e o cálice de fogo" ontem no cinema. Ok, ok, ok. Podem dizer: "Mas você curte filmes europeus e asiáticos, como pôde ir assistir um filme de Harry Potter?".
E confesso mais... assisti a todos os filmes da série Harry Potter. E gostei de todos.
Quer saber o porquê? Por que eu adoro (e sempre gostei) de fantasia. Vibrava com aqueles filmes que envolviam personagens fantásticos e aventuras. Lembro das viagens de Simbad e das aventuras de Hércules. Curtia cada elemento mitológico colocado ali.
Torci muito e vibrei bastante quando enfim, um filme de fantasia foi premiado pelo Oscar (para quem não se lembra, foi "O senhor dos anéis: o retorno do rei").
E estou ansiosamente esperando por "As crônicas de Nárnia".
Sempre curti as possibilidades de se ver uma outra realidade, de se ver um mundo paralelo, um mundo mais fantástico. E com estes filmes, simplesmente dou asas à minha imaginação.
Ah... se eu gostei deste Harry Potter? Gostei sim. Achei um filme bem feito, divertido em vários momentos e com um toque meio amargo. Os personagens estão crescendo e provando um pouco mais de alguns momentos confusos e amargos.
Acho que estou devaneando demais...
E confesso mais... assisti a todos os filmes da série Harry Potter. E gostei de todos.
Quer saber o porquê? Por que eu adoro (e sempre gostei) de fantasia. Vibrava com aqueles filmes que envolviam personagens fantásticos e aventuras. Lembro das viagens de Simbad e das aventuras de Hércules. Curtia cada elemento mitológico colocado ali.
Torci muito e vibrei bastante quando enfim, um filme de fantasia foi premiado pelo Oscar (para quem não se lembra, foi "O senhor dos anéis: o retorno do rei").
E estou ansiosamente esperando por "As crônicas de Nárnia".
Sempre curti as possibilidades de se ver uma outra realidade, de se ver um mundo paralelo, um mundo mais fantástico. E com estes filmes, simplesmente dou asas à minha imaginação.
Ah... se eu gostei deste Harry Potter? Gostei sim. Achei um filme bem feito, divertido em vários momentos e com um toque meio amargo. Os personagens estão crescendo e provando um pouco mais de alguns momentos confusos e amargos.
Acho que estou devaneando demais...
quarta-feira, novembro 23, 2005
Páginas amarelas
Sim, eu leio as páginas amarelas da Veja. Volta e meia sempre surgem algumas entrevistas bem interessantes. Resolvi comprar a Veja desta semana, apesar de não estar gostando muito desta fase da revista... Cadê o jornalismo imparcial?
Enfim, comprei a revista e fui direto ver o entrevistado nas páginas amarelas. Desta vez, o entrevistado é o inglês John Gray, pensador inglês e professor da London School of Economics.
A entrevista destila um certo ar de desesperança na espécie humana e no futuro do planeta. Algo como uma luz lançada para trazer a tona muitas reflexões. Vale a pena dar uma lida na íntegra da entrevista.
Mas, só pra dar um gostinho, vou colocar aqui alguns trechos:
* Se o homem é uym animal como outro qualquer, como nossa espécie chegou a dominar o mundo?
O homem é um sucesso evolutivo: desenvolveu uma linguagem sofisticada, uma incrível capacidade de construir ferramentas e de registrar e transmitir uma memória cultural. Alguns grandes primatas também detêm algumas dessas habilidades. A diferença é que nenhum deles atingiu o nível alcançado pelos humanos. Some-se a essa habilidade uma extrema ferocidade - que também não é característica única de nossa espécie - e temos aí as condições que permitiram ao homem tornar-se a espécie dominante do planeta. Mas é um engano pensar que o homem tenha conquistado a Terra. Somos a espécie dominante simplesmente porque eliminamos grande parte da biosfera. E, ao fazermos isso, geramos condições pouco promissoras para nossa própria sobrevivência. O poder que temos sobre o meio ambiente não nos dá o controle sobre ele. O homem tem muito poder, a ponto de destruir a Amazônia, mas não o poder de recompor a mata rapidamente. Ora, se você não tem o poder de redesenhar a biosfera, então não tem o controle sobre o planeta. Assim, acho praticamente impossível que se concretize a previsão de que a população humana chegue aos 8 ou 9 bilhões de pessoas daqui a cinquenta ou sessenta anos, vivendo em certo nível de prosperidade, sem que se desestabilize a ecologia do planeta. Calculo que, daqui a um século, a população mundial terá encolhido bastante. E essa queda poderá se dar de duas maneiras: uma seria pelo declínio da taxa de fertilidade, como já acontece em países como Japão e Itália. Outra, por meio de guerras, doenças e pelos efeitos deletérios das mudanças climáticas. Se eu tivesse de apostar, apostaria na segunda opção. Seja como for, o sucesso do homem no planeta é real, mas extremamente precário e muito mais curto que o de outras espécies, como os dinossauros, que dominaram o planeta por milhões e milhões de anos. Pode acabar muito em breve.
* Qual é o papel da religião hoje?
Quem gosta de religião se aproxima mais da poesia do que da ciência. A religião ocidental tem se intimidado por rivalizar com a ciência. mas a ciência diz respeito ao poder, não dá um sentido à vida - isso é função da religião.
* O senhor diria que existem religiões que conflitam menos com a ciência?
Religiões não-antropocêntricas, como o taoísmo, parecem mais próximas do mundo que nos é apresentado pelo que há de mais avançado na ciência contemporânea. E, porque pregam uma certa modéstia sobre o lugar dos seres humanos no esquema das coisas, essas religiões são mais capazes de promover a felicidade. No entanto, recomendo também algumas filosofias ocidentais, como o epicurismo. O grande poema A natureza das coisas, de Lucrécio, é um antigo guia para viver feliz num mundo em que o homem não é a figura central.
* Para o leitor, seu livro pode deixar um certo sabor de desesperança. Qual é a saída? Ou não há saída?
Leve sua vida da maneira mais bela e inteligente possível, pois o destino da Terra não está sobre seus ombros. A necessidade de acreditar que o futuro será melhor é uma ilusão. A felicidade não vem daí, mas de aceitar a nossa natureza animal, que, ao contrário das crenças, é imutável.
Enfim, comprei a revista e fui direto ver o entrevistado nas páginas amarelas. Desta vez, o entrevistado é o inglês John Gray, pensador inglês e professor da London School of Economics.
A entrevista destila um certo ar de desesperança na espécie humana e no futuro do planeta. Algo como uma luz lançada para trazer a tona muitas reflexões. Vale a pena dar uma lida na íntegra da entrevista.
Mas, só pra dar um gostinho, vou colocar aqui alguns trechos:
* Se o homem é uym animal como outro qualquer, como nossa espécie chegou a dominar o mundo?
O homem é um sucesso evolutivo: desenvolveu uma linguagem sofisticada, uma incrível capacidade de construir ferramentas e de registrar e transmitir uma memória cultural. Alguns grandes primatas também detêm algumas dessas habilidades. A diferença é que nenhum deles atingiu o nível alcançado pelos humanos. Some-se a essa habilidade uma extrema ferocidade - que também não é característica única de nossa espécie - e temos aí as condições que permitiram ao homem tornar-se a espécie dominante do planeta. Mas é um engano pensar que o homem tenha conquistado a Terra. Somos a espécie dominante simplesmente porque eliminamos grande parte da biosfera. E, ao fazermos isso, geramos condições pouco promissoras para nossa própria sobrevivência. O poder que temos sobre o meio ambiente não nos dá o controle sobre ele. O homem tem muito poder, a ponto de destruir a Amazônia, mas não o poder de recompor a mata rapidamente. Ora, se você não tem o poder de redesenhar a biosfera, então não tem o controle sobre o planeta. Assim, acho praticamente impossível que se concretize a previsão de que a população humana chegue aos 8 ou 9 bilhões de pessoas daqui a cinquenta ou sessenta anos, vivendo em certo nível de prosperidade, sem que se desestabilize a ecologia do planeta. Calculo que, daqui a um século, a população mundial terá encolhido bastante. E essa queda poderá se dar de duas maneiras: uma seria pelo declínio da taxa de fertilidade, como já acontece em países como Japão e Itália. Outra, por meio de guerras, doenças e pelos efeitos deletérios das mudanças climáticas. Se eu tivesse de apostar, apostaria na segunda opção. Seja como for, o sucesso do homem no planeta é real, mas extremamente precário e muito mais curto que o de outras espécies, como os dinossauros, que dominaram o planeta por milhões e milhões de anos. Pode acabar muito em breve.
* Qual é o papel da religião hoje?
Quem gosta de religião se aproxima mais da poesia do que da ciência. A religião ocidental tem se intimidado por rivalizar com a ciência. mas a ciência diz respeito ao poder, não dá um sentido à vida - isso é função da religião.
* O senhor diria que existem religiões que conflitam menos com a ciência?
Religiões não-antropocêntricas, como o taoísmo, parecem mais próximas do mundo que nos é apresentado pelo que há de mais avançado na ciência contemporânea. E, porque pregam uma certa modéstia sobre o lugar dos seres humanos no esquema das coisas, essas religiões são mais capazes de promover a felicidade. No entanto, recomendo também algumas filosofias ocidentais, como o epicurismo. O grande poema A natureza das coisas, de Lucrécio, é um antigo guia para viver feliz num mundo em que o homem não é a figura central.
* Para o leitor, seu livro pode deixar um certo sabor de desesperança. Qual é a saída? Ou não há saída?
Leve sua vida da maneira mais bela e inteligente possível, pois o destino da Terra não está sobre seus ombros. A necessidade de acreditar que o futuro será melhor é uma ilusão. A felicidade não vem daí, mas de aceitar a nossa natureza animal, que, ao contrário das crenças, é imutável.
terça-feira, novembro 22, 2005
Pedra Grande - Atibaia
Neste final de semana fui conferir as paisagens da Pedra Grande em Atibaia. Dizem que a Pedra Grande é o melhor local para a prática de vôo livre. Não duvido... Depois de uma longa estrada de terra, chega-se num platô enorme na rocha.
A placa indicava uma altura de 1.450m. Wow!!! E olha que eu morro de medo de altura... sei lá sinto uma vertigem quando chego perto de locais distantes do chão firme.
Pudemos subir em várias pedras espalhadas aqui e ali... uma formação bem curiosa, parecendo até meio montado. Corredores entre paredões de rochas, fendas e árvores nascendo solitárias nestas mesmas fendas. Musgos e líquens espalhados na rocha e pequenas poças escavadas que originaram jardins na rocha.
Sobre tudo isso um céu meio nublado e o vento fustigando meus cabelos e o sol que de repente saía de trás das nuvens para lançar alguns momentos daquele calor dourado sobre a pele. Sensações gostosas. Um lugar para se descobrir.
quarta-feira, novembro 16, 2005
Coisas úteis que deveriam ensinar para a gente em algum momento
Eu aprendi muitas coisas na escola. Aprendi sobre sujeito, predicado e objetos diretos. Aprendi sobre matriz e derivadas, sobre números irracionais e raiz quadrada, sobre logaritmos e potenciação. Aprendi sobre mitocôndrias e a converter Celsius em Fahrenheit, sobre a tabela periódica e "liberdade, igualdade e fraternidade".
Gostaria de ter aprendido coisas mais úteis. Gostaria de saber o que se diz para um grande amigo que acabou de ter o coração partido por uma grande decepção. Gostaria de saber o que fazer quando a impotência te atinge quando sabe que alguém muito querido precisa de sua ajuda e você está a meio mundo de distância.
Gostaria que me explicassem como fazer para superar uma frase inadvertidamente arremessada por seu grande amor e que te faz sangrar na mente. Uma frase boba como "Acho que não estamos mais em sintonia" ou "Ainda gosto de você mas há coisas que me desagradam".
Gostaria que tivessem dito para mim o que falar para alguém que acabou de perder um ente querido. Nunca soube o que dizer para alguém que estivesse doente ou num velório. Sempre preferi o silêncio que mascarava minha ignorância.
Gostaria que tivessem explicado para mim que nem sempre os outros vão entender suas intenções nem que por mais que você faça e deseje, nem sempre será querido pelas pessoas. Por que? Ainda não descobri.
Estou ainda aprendendo muita coisa neste mundo...
Gostaria de ter aprendido coisas mais úteis. Gostaria de saber o que se diz para um grande amigo que acabou de ter o coração partido por uma grande decepção. Gostaria de saber o que fazer quando a impotência te atinge quando sabe que alguém muito querido precisa de sua ajuda e você está a meio mundo de distância.
Gostaria que me explicassem como fazer para superar uma frase inadvertidamente arremessada por seu grande amor e que te faz sangrar na mente. Uma frase boba como "Acho que não estamos mais em sintonia" ou "Ainda gosto de você mas há coisas que me desagradam".
Gostaria que tivessem dito para mim o que falar para alguém que acabou de perder um ente querido. Nunca soube o que dizer para alguém que estivesse doente ou num velório. Sempre preferi o silêncio que mascarava minha ignorância.
Gostaria que tivessem explicado para mim que nem sempre os outros vão entender suas intenções nem que por mais que você faça e deseje, nem sempre será querido pelas pessoas. Por que? Ainda não descobri.
Estou ainda aprendendo muita coisa neste mundo...
domingo, novembro 13, 2005
Por que eu gosto de cinema?
Dei uma olhadinha nos meus últimos posts e eles praticamente falam das minhas impressões sobre os filmes que assisti. E me questionei de uma coisa: por que será que eu gosto tanto de cinema?
Talvez curta pela magia da sala escura e do processo catártico que ocorre lá dentro. É algo muito maior do que assistir filmes. Filmes podem ser vistos na TV ou numa fita de vídeo ou num DVD. Na sala de cinema, há toda uma entrega. A sua atenção fica focada no filme. A tela grande revela cores e nuances que a telinha não mostra. A sala escura cria um ambiente de imersão nas imagens. O som te envolve por todos os lados e há uma viagem para dentro da história, para dentro do filme.
Li no blog Spoiler, um blog dedicado a cinema, uma frase que me impressionou por revelar algo que é realmente verdadeiro para mim:
"Cada filme que assisto me renova e me atiça a ver mais e mais, unindo sonho e realidade em duas horas e pouco de projeção. Às vezes saio dançando, outras enxugando lágrimas, outras p. da vida com o mundo. Às vezes gosto mais, às vezes menos. Às vezes volto para assistir de novo, outras preferia não tê-lo visto (mas foi necessário ver para dizê-lo). Sim, admiro fotografia, interpretação, cenários, mas a viagem na qual o filme te carrega é o mais importante, seja ele de que tipo, gênero ou diretor for" - Marcelo Batalha
Talvez curta pela magia da sala escura e do processo catártico que ocorre lá dentro. É algo muito maior do que assistir filmes. Filmes podem ser vistos na TV ou numa fita de vídeo ou num DVD. Na sala de cinema, há toda uma entrega. A sua atenção fica focada no filme. A tela grande revela cores e nuances que a telinha não mostra. A sala escura cria um ambiente de imersão nas imagens. O som te envolve por todos os lados e há uma viagem para dentro da história, para dentro do filme.
Li no blog Spoiler, um blog dedicado a cinema, uma frase que me impressionou por revelar algo que é realmente verdadeiro para mim:
"Cada filme que assisto me renova e me atiça a ver mais e mais, unindo sonho e realidade em duas horas e pouco de projeção. Às vezes saio dançando, outras enxugando lágrimas, outras p. da vida com o mundo. Às vezes gosto mais, às vezes menos. Às vezes volto para assistir de novo, outras preferia não tê-lo visto (mas foi necessário ver para dizê-lo). Sim, admiro fotografia, interpretação, cenários, mas a viagem na qual o filme te carrega é o mais importante, seja ele de que tipo, gênero ou diretor for" - Marcelo Batalha
quinta-feira, novembro 10, 2005
"Tudo acontece em Elizabethtown" & "A noiva-cadáver"
Elizabethtown - Acho que nunca tinha visto um filme tão positivo quanto este. Uma verdadeira lição de otimismo e de como a vida pode realmente ser mais leve e mais gostosa. E nunca vi uma personagem que refletisse tanto meus pontos de vista e minhas atitudes quanto a Claire (construída brilhantemente pela Kirsten Durst). Ficam algumas frases do filme, que deveriam sempre ser fixados em local sempre visível:
"A tristeza é o caminho mais fácil pois basta nos resignarmos".
"A tristeza virá. Então, aceite-a, abrace-a e depois descarte-a".
Quer lições mais importantes do que esta?
O filme poderia passar por uma espécie de Jerry Maguire, onde o fracasso mostra outros aspectos da vida. O fracasso aqui é protagonizado por Drew (Orlando Bloom) ao desenvolver um grande fracasso de vendas que rende a empresa na qual trabalha um prejuízo de quase US$1 bilhão.
Ao mesmo tempo, perde a namorada e recebe a notícia de que o pai morreu. Muita tragédia ao mesmo tempo. O elemento catalisador da mudança vem na figura da comissária de bordo Claire.
Uma comédia romântica que tem a rara capacidade de não ser totalmente piegas nem cair no drama fácil. Um filme para se assistir e sair bem da sala, querendo nos fazer "reservar um tempo para dançar sozinho e acenando com uma das mãos".
O outro filme que assisti foi The corpse bride de Tim Burton. Eu já tinha gostado bastante de O estranho mundo de Jack. E gostei bastante desta nova incursão do Tim Burton na animação.
Um filme com personagens sombrios mas com tintas coloridas. O mundo dos mortos parece ser tão mais descomplicado e livre que o dos vivos. O mundo dos vivos é cinzento em contraposição ao mundo dos mortos que fervilha em chamas vermelhas e peles azuis dos mortos.
Historinha simples, no qual muitas das conclusões podem ser descobertas de antemão. Eu pelo menos, já imaginava que o final seria aquele... Mas competente para uma tarde de diversão.
quinta-feira, novembro 03, 2005
Mostra Internacional de Cinema
Há algo de loucura em eventos como a Mostra. Uma loucura que acomete os cinéfilos... quem em sã consciência enfrentaria filas gigantescas e que ainda conseguem manter vivas as esperanças diante de tanta atribulações para conseguir UM INGRESSO DE CINEMA?
Isso é algo que só se vê mesmo no Mostra Internacional.
Não vou me excluir do meio destes loucos. Nesta Mostra consegui conferir 3 filmes... o melhor de tudo: gostei de todos os filmes que assisti.
O primeiro já foi comentado anteriormente aqui neste blog e era um filme alemão do cineasta Werner Herzog chamado Além do azul selvagem.
O segundo foi um filme do cineasta americano Todd Solonz. Para quem nunca ouviu falar nele, recomendo fortemente que assistam os filmes anteriores. Em todos, há um cuidado em contar histórias de pessoas comuns em situações medíocres, num cotidiano "perfeito" e ao mesmo tempo patético. Uma visão cáustica da mediocridade. Tudo isso temperado com neuroses e desajustamentos sociais.
O filme dele que assisti na Mostra era Palindromes. Um filme que consegue tratar de gravidez na adolescência, aborto, religião e pedofilia de forma irônica. O nome Palindromes não foi escolhido ao acaso. O nome da personagem principal (Aviva) é um palíndromo. E o nome de outros personagens também. Todos parecem viver vários sobressaltos e retornar ao ponto inicial.
O terceiro filme foi o melhor de todos. 2046 do chinês Wong Kar-Tai. Quer saber sobre o processo de superação do fim de uma paixão? Quer ver os maiores astros do cinema chinês (Gong Li, Tony Leung, Maggie Cheung, Ziyi Zhang)? Quer ver um filme que casa imagem e música de forma magistral? Então não perca 2046.
O que é 2046? 2046 é o número do quarto de hotel onde Mr. Chow encontra as mulheres que cruzaram sua vida depois da paixão terminada. 2046 é o nome do romance que Mr. Chow escreve. 2046 é um lugar no tempo-espaço onde as memórias esquecidas podem ser resgatadas.
Isso é algo que só se vê mesmo no Mostra Internacional.
Não vou me excluir do meio destes loucos. Nesta Mostra consegui conferir 3 filmes... o melhor de tudo: gostei de todos os filmes que assisti.
O primeiro já foi comentado anteriormente aqui neste blog e era um filme alemão do cineasta Werner Herzog chamado Além do azul selvagem.
O segundo foi um filme do cineasta americano Todd Solonz. Para quem nunca ouviu falar nele, recomendo fortemente que assistam os filmes anteriores. Em todos, há um cuidado em contar histórias de pessoas comuns em situações medíocres, num cotidiano "perfeito" e ao mesmo tempo patético. Uma visão cáustica da mediocridade. Tudo isso temperado com neuroses e desajustamentos sociais.
O filme dele que assisti na Mostra era Palindromes. Um filme que consegue tratar de gravidez na adolescência, aborto, religião e pedofilia de forma irônica. O nome Palindromes não foi escolhido ao acaso. O nome da personagem principal (Aviva) é um palíndromo. E o nome de outros personagens também. Todos parecem viver vários sobressaltos e retornar ao ponto inicial.
O terceiro filme foi o melhor de todos. 2046 do chinês Wong Kar-Tai. Quer saber sobre o processo de superação do fim de uma paixão? Quer ver os maiores astros do cinema chinês (Gong Li, Tony Leung, Maggie Cheung, Ziyi Zhang)? Quer ver um filme que casa imagem e música de forma magistral? Então não perca 2046.
O que é 2046? 2046 é o número do quarto de hotel onde Mr. Chow encontra as mulheres que cruzaram sua vida depois da paixão terminada. 2046 é o nome do romance que Mr. Chow escreve. 2046 é um lugar no tempo-espaço onde as memórias esquecidas podem ser resgatadas.
domingo, outubro 30, 2005
Um dia sem mexicanos
Ontem foi um dia chuvoso, um dia perfeito para se ficar em casa ao lado de uma xícara de chá quente. Mas, bateu aquela vontade de fazer-alguma-coisa-não-importando-o-tempo, e fui para o cineminha da praia.
Lá, o filme em cartaz era "Um dia sem mexicanos". Já tinha visto o cartaz dele quando tinha ido assistir "Um filme falado" com a Zilda, a Káhtia e o Maurício. E depois li uma sinopse.
O argumento central do filme era focado nas conseqüências e desdobramentos de um repentino desaparecimento de todos os mexicanos (denominação genérica para "latinos") na Califórnia.
A idéia é engraçada e alguns dados lançados no filme são esclarecedores. O que se vê é que uma boa parte da força de trabalho, principalmente daqueles trabalhos menosprezados pelos "brancos" americanos desparece. E uma boa parte da força que move a economia californiana de repente desaparece e a economia pára.
E é só na ausência dos "mexicanos", destas pessoas que os "brancos" querem colocar na invisibilidade social, que há uma real apreciação de seu valor. É só na ausência que se sente o quanto se precisa ou se necessita de alguém. Segue-se então uma lição de tolerância e aceitação dada pelo filme.
Infelizmente, há um outro lado... o filme é arrastado e mais longo do que deveria. A idéia central acaba sendo estendida por meio de desdobramentos de pequenos dramas de algumas personagens. Perde-se aqui a força da idéia ao se fazer esta diluição.
Lá, o filme em cartaz era "Um dia sem mexicanos". Já tinha visto o cartaz dele quando tinha ido assistir "Um filme falado" com a Zilda, a Káhtia e o Maurício. E depois li uma sinopse.
O argumento central do filme era focado nas conseqüências e desdobramentos de um repentino desaparecimento de todos os mexicanos (denominação genérica para "latinos") na Califórnia.
A idéia é engraçada e alguns dados lançados no filme são esclarecedores. O que se vê é que uma boa parte da força de trabalho, principalmente daqueles trabalhos menosprezados pelos "brancos" americanos desparece. E uma boa parte da força que move a economia californiana de repente desaparece e a economia pára.
E é só na ausência dos "mexicanos", destas pessoas que os "brancos" querem colocar na invisibilidade social, que há uma real apreciação de seu valor. É só na ausência que se sente o quanto se precisa ou se necessita de alguém. Segue-se então uma lição de tolerância e aceitação dada pelo filme.
Infelizmente, há um outro lado... o filme é arrastado e mais longo do que deveria. A idéia central acaba sendo estendida por meio de desdobramentos de pequenos dramas de algumas personagens. Perde-se aqui a força da idéia ao se fazer esta diluição.
sábado, outubro 29, 2005
Ilha das Flores
Pude conferir recentemente, o curta-metragem Ilha das Flores. Já tinha ouvido falar bastante mas nunca tive a oportunidade para vê-lo.
Graças ao milagre da internet (e informações amplamente democratizadas) e também a Cláudia Chaves, pude ver o curta na telinha do meu computador.
Para quem quiser conferir, o link é:
http://www.portacurtas.com.br/pop_160.asp?cod=647&Exib=2769
Aproveitem!!! O curta é uma lição primorosa de como vários assuntos podem ser abordados de forma inteligente e divertida. Uma lição de como bom-humor e petardos contra a sociedade de consumo, a desigualdade social e a falta de consciência ecológica.
Graças ao milagre da internet (e informações amplamente democratizadas) e também a Cláudia Chaves, pude ver o curta na telinha do meu computador.
Para quem quiser conferir, o link é:
http://www.portacurtas.com.br/pop_160.asp?cod=647&Exib=2769
Aproveitem!!! O curta é uma lição primorosa de como vários assuntos podem ser abordados de forma inteligente e divertida. Uma lição de como bom-humor e petardos contra a sociedade de consumo, a desigualdade social e a falta de consciência ecológica.
quinta-feira, outubro 27, 2005
A verdade sobre os contos de fada - Parte II
Agora me empolguei e vou contar tudo.Muitos contos de fadas disseminam o preconceito e a submissão.
O Patinho feio - esse é um clássico conto, em que mostra claramente que o diferente não pode conviver com o dito "normal". O coitadinho do cisne é discriminado pelos seus irmãos e só encontra paz, quando percebe que é um cisne e procura os seus. A sociedade não aceita pessoas "diferentes", com idéias, atitudes, comportamentos e posicionamentos "não usuais". Não há neste conto uma integração e sim a segragação. Só é aceito quem faz parte da "massa".
Joãozinho e Mariazinha - um típico conto em que os valores se invertem. A bruxa, coitada, estava lá na floresta em sua casinha de doces, quando os dois pestinhas chegam e quase põe a baixo seu lar. É para querer ou não comer essas criancinhas no jantar?
Branca de Neve, Bela Adormecida e Cinderella - estes contos mostram claramente que só pode haver uma mudança de situação com a presença masculina. Se não, duram para sempre, fiquem fazendo faxina para sempre. E a submissão é tal que as mulheres precisam "esperar" seus príncipes, se não nada de Happy End. Sou fã da Cinderella, apesar da submissão, ela em algum momento toma uma atitude e resolve ir ao baile e danem-se madrastra e irmãzinhas. Falando nisso, é tão meiga a versão dos Irmãos Grimm nesse conto. Para punir as irmãs malvadas, pássaros picam seus olhos e as cegam.
Festa no Céu - este é de uma particularidade muito interessante. a filha de meu primo adorava que lessem essa história para ela. Sempre que eu ia ler eu mudava toda a história, a criança ficava tão feliz que nem te conto. Mas, vamos lá, o conto só mostra que não pode haver uma socialização de extremos. Como pode um sapo querer ir a festa no céu? Pela ousadia, ele se estatela no chão. Não pode um ser inferior almejar estar entre as alturas. Precisa dizer mais alguma coisa?
O Patinho feio - esse é um clássico conto, em que mostra claramente que o diferente não pode conviver com o dito "normal". O coitadinho do cisne é discriminado pelos seus irmãos e só encontra paz, quando percebe que é um cisne e procura os seus. A sociedade não aceita pessoas "diferentes", com idéias, atitudes, comportamentos e posicionamentos "não usuais". Não há neste conto uma integração e sim a segragação. Só é aceito quem faz parte da "massa".
Joãozinho e Mariazinha - um típico conto em que os valores se invertem. A bruxa, coitada, estava lá na floresta em sua casinha de doces, quando os dois pestinhas chegam e quase põe a baixo seu lar. É para querer ou não comer essas criancinhas no jantar?
Branca de Neve, Bela Adormecida e Cinderella - estes contos mostram claramente que só pode haver uma mudança de situação com a presença masculina. Se não, duram para sempre, fiquem fazendo faxina para sempre. E a submissão é tal que as mulheres precisam "esperar" seus príncipes, se não nada de Happy End. Sou fã da Cinderella, apesar da submissão, ela em algum momento toma uma atitude e resolve ir ao baile e danem-se madrastra e irmãzinhas. Falando nisso, é tão meiga a versão dos Irmãos Grimm nesse conto. Para punir as irmãs malvadas, pássaros picam seus olhos e as cegam.
Festa no Céu - este é de uma particularidade muito interessante. a filha de meu primo adorava que lessem essa história para ela. Sempre que eu ia ler eu mudava toda a história, a criança ficava tão feliz que nem te conto. Mas, vamos lá, o conto só mostra que não pode haver uma socialização de extremos. Como pode um sapo querer ir a festa no céu? Pela ousadia, ele se estatela no chão. Não pode um ser inferior almejar estar entre as alturas. Precisa dizer mais alguma coisa?
quarta-feira, outubro 26, 2005
Como lidar com os erros
Como lidar com os erros - Por Roberto Shinyashiki
Errar faz parte da vida. Por mais que sejamos competentes e queiramos acertar sempre, errar é uma característica de quem está no jogo.
Muita gente tem a ilusão de querer sempre acertar. Mas isso é impossível. Veja os discos dos Beatles e dos Rolling Stones. Sou fã deles, mas tenho de reconhecer que algumas músicas são sofríveis. Nem eles têm uma obra perfeita. Os escultores que admiro, todos eles eram insuportáveis na intimidade. Os médicos que me ensinaram, tiveram seus dias de fraqueza. Paciência! Errar faz parte de quem toca, compõe, opera, constrói, advoga, enfim, de quem está cumprindo a sua missão.
Entenda que você é uma pessoa sensacional, mas é um ser humano. Quando temos a humildade de perceber que somos aprendizes lutando para fazer o melhor, podemos unir uma garra insuperável com uma boa dose de compreensão de nossas fraquezas.
Sempre devemos ter em mente que amanhã vamos estar melhores porque estamos aprendendo. E, apesar de estar sempre procurando a perfeição, nunca seremos perfeitos.
Apesar de lutar como um leão para alcançar a minha meta, quando as coisas não dão certo como eu gostaria, procuro sempre ter a tranqüilidade de dizer: "Paciência, Roberto, você fez o máximo, mas o seu máximo desta vez foi pouco. Tenho certeza de que na próxima vez vai ser melhor. Agora tome um sorvete, descanse bastante e se prepare que amanhã tem mais".
Você é uma pessoa honesta e digna. Quando tiver feito uma bobagem, em vez de se culpar tome um chá, telefone para um amigo alto astral, desabafe, olhe o sol e deixe a tensão ir embora. Aconteça o que acontecer, tenha em mente que você procurou fazer o melhor e que na próxima vez vai acertar. Quando você se tortura, somente piora a sua capacidade de analisar o que está acontecendo e joga fora a energia tão necessária para consertar a situação. Aconteça o que acontecer, você tem de ser o seu amigo mais importante.
Errar faz parte da vida. Por mais que sejamos competentes e queiramos acertar sempre, errar é uma característica de quem está no jogo.
Muita gente tem a ilusão de querer sempre acertar. Mas isso é impossível. Veja os discos dos Beatles e dos Rolling Stones. Sou fã deles, mas tenho de reconhecer que algumas músicas são sofríveis. Nem eles têm uma obra perfeita. Os escultores que admiro, todos eles eram insuportáveis na intimidade. Os médicos que me ensinaram, tiveram seus dias de fraqueza. Paciência! Errar faz parte de quem toca, compõe, opera, constrói, advoga, enfim, de quem está cumprindo a sua missão.
Entenda que você é uma pessoa sensacional, mas é um ser humano. Quando temos a humildade de perceber que somos aprendizes lutando para fazer o melhor, podemos unir uma garra insuperável com uma boa dose de compreensão de nossas fraquezas.
Sempre devemos ter em mente que amanhã vamos estar melhores porque estamos aprendendo. E, apesar de estar sempre procurando a perfeição, nunca seremos perfeitos.
Apesar de lutar como um leão para alcançar a minha meta, quando as coisas não dão certo como eu gostaria, procuro sempre ter a tranqüilidade de dizer: "Paciência, Roberto, você fez o máximo, mas o seu máximo desta vez foi pouco. Tenho certeza de que na próxima vez vai ser melhor. Agora tome um sorvete, descanse bastante e se prepare que amanhã tem mais".
Você é uma pessoa honesta e digna. Quando tiver feito uma bobagem, em vez de se culpar tome um chá, telefone para um amigo alto astral, desabafe, olhe o sol e deixe a tensão ir embora. Aconteça o que acontecer, tenha em mente que você procurou fazer o melhor e que na próxima vez vai acertar. Quando você se tortura, somente piora a sua capacidade de analisar o que está acontecendo e joga fora a energia tão necessária para consertar a situação. Aconteça o que acontecer, você tem de ser o seu amigo mais importante.
A verdade sobre os contos de fada
Quando foram criados, os contos de fadas não eram destinados às crianças. Tinham o objetivo de solucionar, resolver problemas adultos. Os Irmãos Grimm tinham os contos mais edificantes no final, mas de toda a forma suas histórias pregam o conformismo. Para se ter uma idéia, havima várias versões de Chapeuzinho Vermelho. Na maioria delas, a menina e a vovózinha eram comidas pelo lobo. Enfim, uma questão de visão de ponto de vista.
O significado dos Contos:
Chapeuzinho Vermelho - na verdade representa a passagem da infância para a adolescência. O fato de a mãe pedir para que a filha fosse levar a cesta para a vovó, nada mais significava que ela estava pronta para enfrentar as responsabilidades. A Floresta sempre foi um elemento envolto de mistério. (vide o filme A Vila).
A Bela Adormecida - como na Idade Média, os homens saiam para lutar, as mulheres ficavam nos castelos esperando a volta de seus esposos. E elas deveriam ficar como que adormecidadas até que eles vencessem todos os perigos e retornassem ao lar. O beijo é muito simbólico, porque na verdade como eles passavam anos longe de casa, chegavam sedentos, verdadeiramente "apavorando", e não era com beijos que acordavam as suas princesas.
A Bela e a Fera - como muitas jovenzinhas tinham que casar obrigadas com homjens mis velhos esta história foi criada para que elas aceitassem o fardo e para que refletissem que a beleza não era tudo, mas que deveriam ver o "interior" dos seus conjujes.
Histórias edificantes. Agora, falando sobre o filme Os Irmãos Grimm, eu também gostei bastante. Há alguns furos no roteiro, mas na média o roteirista conseguiu criar uma história interessante partindo de várias histórias dos irmãos alemães.
O significado dos Contos:
Chapeuzinho Vermelho - na verdade representa a passagem da infância para a adolescência. O fato de a mãe pedir para que a filha fosse levar a cesta para a vovó, nada mais significava que ela estava pronta para enfrentar as responsabilidades. A Floresta sempre foi um elemento envolto de mistério. (vide o filme A Vila).
A Bela Adormecida - como na Idade Média, os homens saiam para lutar, as mulheres ficavam nos castelos esperando a volta de seus esposos. E elas deveriam ficar como que adormecidadas até que eles vencessem todos os perigos e retornassem ao lar. O beijo é muito simbólico, porque na verdade como eles passavam anos longe de casa, chegavam sedentos, verdadeiramente "apavorando", e não era com beijos que acordavam as suas princesas.
A Bela e a Fera - como muitas jovenzinhas tinham que casar obrigadas com homjens mis velhos esta história foi criada para que elas aceitassem o fardo e para que refletissem que a beleza não era tudo, mas que deveriam ver o "interior" dos seus conjujes.
Histórias edificantes. Agora, falando sobre o filme Os Irmãos Grimm, eu também gostei bastante. Há alguns furos no roteiro, mas na média o roteirista conseguiu criar uma história interessante partindo de várias histórias dos irmãos alemães.
Contos de fada
Assisti "Os irmãos Grimm" de Terry Gillian. Nas primeiras cenas, fiquei pensando que veria algo semelhante a "As aventuras do Barão de Munchausen". O cenário medieval mas com toques sombrios já remetia a isso.
Confesso que fui assistir sem grandes expectativas. E saí da sala maravilhado com o filme. Posso até dizer, entusiasmado e ansioso para chegar logo em DVD para poder tê-lo na minha coleção.
Ao contrário do que se pode pensar, "Os irmãos Grimm" não é um filme para crianças. Há uma boa dose de violência implícita e explícita (torturas, corpos dilacerados) mas sem caminhar pelo sanguinolento.
O toque "conto de fada" fica por conta das referências diretas (Chapeuzinho vermelho, Lobo Mau, o espelho da madrasta da Branca de Neve, os cabelos longos e a torre de Rapunzel, o sapatinho de cristal de Cinderella...) e no cenário da floresta encantada.
De resto, o filme é uma história simples sobre dois irmãos (Matt Damon e Heath Leger) que não poderiam ser tão opostos um ao outro. Will Grimm é o toque de realidade, a pessoa preocupada em conseguir dinheiro para comer. Jacob Grimm é o sonhador, aquele que acredita na realidade onírica e sombria dos contos de fada.
Mas o que se vê no filme é que a realidade dos contos de fada pode ser mais sombria do que propriamente feliz. Nisso, Terry Gillian mostra-se um grande contador de histórias, um fabulista para adultos e nisso, assemelha-se bastante a Tim Burton (que já nos trouxe vários contos adultos: "Peixe grande" e o mais recente "A fantástica fábrica de chocolates").
Confesso que fui assistir sem grandes expectativas. E saí da sala maravilhado com o filme. Posso até dizer, entusiasmado e ansioso para chegar logo em DVD para poder tê-lo na minha coleção.
Ao contrário do que se pode pensar, "Os irmãos Grimm" não é um filme para crianças. Há uma boa dose de violência implícita e explícita (torturas, corpos dilacerados) mas sem caminhar pelo sanguinolento.
O toque "conto de fada" fica por conta das referências diretas (Chapeuzinho vermelho, Lobo Mau, o espelho da madrasta da Branca de Neve, os cabelos longos e a torre de Rapunzel, o sapatinho de cristal de Cinderella...) e no cenário da floresta encantada.
De resto, o filme é uma história simples sobre dois irmãos (Matt Damon e Heath Leger) que não poderiam ser tão opostos um ao outro. Will Grimm é o toque de realidade, a pessoa preocupada em conseguir dinheiro para comer. Jacob Grimm é o sonhador, aquele que acredita na realidade onírica e sombria dos contos de fada.
Mas o que se vê no filme é que a realidade dos contos de fada pode ser mais sombria do que propriamente feliz. Nisso, Terry Gillian mostra-se um grande contador de histórias, um fabulista para adultos e nisso, assemelha-se bastante a Tim Burton (que já nos trouxe vários contos adultos: "Peixe grande" e o mais recente "A fantástica fábrica de chocolates").
segunda-feira, outubro 24, 2005
Vc é Hands on???
Cada vez mais vemos o mercado de trabalho enlouquecido... São tantas exigências, tantas solicitações, tão pouca remuneração. Outro dia, uma amiga minha foi contratada como consultora de marketing. Pasmem. Ela não pode receber nem fazer ligações, nem do seu próprio celular. Seu horário de almoço é controlado por um guarda, que anota sua entrada e saída. Eu imagino como não deverão ser as exigências para a copeira. Enfim, eis um texto que fala um pouco sobre isso.
(Max Gehringer-Colunista Revista EXAME)
Vi um anúncio de emprego. A vaga era de gestor de atendimento interno,
nome que agora se dá à seção de serviços gerais. E a empresa contratante
exigia que os eventuais interessados possuíssem - sem contar a formação
superior - liderança, criatividade, energia, ambição, conhecimentos de
informática, fluência em inglês e não bastasse tudo isso, ainda fossem hands
on.
Para o felizardo que conseguisse convencer o entrevistador de que possuía
mesmo essa variada gama de habilidades, o salário era um assombro: 800
reais. Ou seja, um pitico.
Não que esse fosse algum exemplo absolutamente fora da realidade. Pelo
contrário, ele é quase o paradigma dos anúncios de emprego atuais... A
abundância de candidatos está permitindo que as empresas levantem, cada vez
mais, a altura da barra que o postulante terá de saltar para ser admitido.
E muitos, de fato, saltam. E se empolgam.
E aí vêm as agruras da superqualificação, que é uma espécie do lado avesso
do efeito pitico...
Vamos supor que, após uma duríssima competição com outros candidatos tão
bem preparados quanto ela, a Fabiana conseguisse ser admitida como gestora
de atendimento interno.
E um de seus primeiros clientes fosse o seu Borges, gerente da
contabilidade.
- Fabiana, eu quero três cópias deste relatório.
- In a hurry!
- Saúde.
- Não, isso quer dizer "bem rapidinho". É que eu tenho fluência em inglês.
Aliás, desculpe perguntar, mas por que a empresa exige fluência em inglês se
aqui só se fala português?
- E eu sei lá? Dá para você tirar logo as cópias?
- O senhor não prefere que eu digitalize o relatório? Porque eu tenho
profundos conhecimentos de informática.
- Não, não. Cópias normais mesmo.
- Certo. Mas eu não poderia deixar de mencionar minha criatividade. Eu já
comecei a desenvolver um projeto pessoal visando eliminar 30% das
cópias que tiramos.
- Fabiana, desse jeito não vai dar!
- E eu não sei? Preciso urgentemente de uma auxiliar.
- Como assim?
- É que eu sou líder, e não tenho ninguém para liderar. E considero isso
um desperdício do meu potencial energético.
- Olha, neste momento, eu só preciso das três có...
- Com certeza. Mas antes vamos discutir meu futuro...
- Futuro? Que futuro?
- É que eu sou ambiciosa. Já faz dois dias que eu estou aqui e ainda não
aconteceu nada.
- Fabiana, eu estou aqui há 18 anos e também não me aconteceu nada!
- Sei. Mas o senhor é hands on?
- Hã?
- Hands on. Mão na massa.
- Claro que sou!
- Então o senhor mesmo tira as cópias. E agora com licença que eu vou sair
por aí explorando minhas potencialidades. Foi o que me prometeram quando eu
fui contratada.
Então, o mercado de trabalho está ficando dividido em duas facções:
1 - Uma, cada vez maior, é a dos que não conseguem boas vagas porque não
têm as qualificações requeridas.
2 - E o outro grupo, pequeno, mas crescente, é o dos que são admitidos
porque possuem todas as competências exigidas nos anúncios, mas não
poderão usar nem metade delas, porque, no fundo, a função não precisava
delas.
Alguém ponderará - com justa razão - que a empresa está de olho no longo
prazo: sendo portador de tantos talentos, o funcionário poderá ir sendo
preparado para assumir responsabilidades cada vez maiores.
Em uma empresa em que trabalhei, nós caímos nessa armadilha. Admitimos um
montão de gente superqualificada. E as conversas ficaram de tão alto nível
que um visitante desavisado que chegasse de repente confundiria nossa
salinha do café com o auditório da Fundação Alfred Nobel.
Pessoas superqualificadas não resolvem simples problemas!
Um dia um grupo de marketing e finanças foi visitar uma de nossas fábricas
e no meio da estrada, a van da empresa pifou. Como isso foi antes do advento
do milagre do celular, o jeito era confiar no especialista, o Cleto,
motorista da van.
E aí todos descobriram que o Cleto falava inglês, tinha noções de
informática e possuía energia e criatividade. Sem mencionar que estava
fazendo pós-graduação.
Só que não sabia nem abrir o capô.
Duas horas depois, quando o pessoal ainda estava tentando destrinchar o
manual do proprietário, passou um sujeito de bicicleta.
Para horror de todos, ele falava "nóis vai" e coisas do gênero.
Mas, em 2 minutos, para espanto geral, botou a van para funcionar.
Deram-lhe uns trocados, e ele foi embora feliz da vida.
Aquele ciclista anônimo era o protótipo do funcionário para quem as
empresas modernas torcem o nariz: o que é capaz de resolver, mas não de
impressionar!!!!
(Max Gehringer-Colunista Revista EXAME)
Vi um anúncio de emprego. A vaga era de gestor de atendimento interno,
nome que agora se dá à seção de serviços gerais. E a empresa contratante
exigia que os eventuais interessados possuíssem - sem contar a formação
superior - liderança, criatividade, energia, ambição, conhecimentos de
informática, fluência em inglês e não bastasse tudo isso, ainda fossem hands
on.
Para o felizardo que conseguisse convencer o entrevistador de que possuía
mesmo essa variada gama de habilidades, o salário era um assombro: 800
reais. Ou seja, um pitico.
Não que esse fosse algum exemplo absolutamente fora da realidade. Pelo
contrário, ele é quase o paradigma dos anúncios de emprego atuais... A
abundância de candidatos está permitindo que as empresas levantem, cada vez
mais, a altura da barra que o postulante terá de saltar para ser admitido.
E muitos, de fato, saltam. E se empolgam.
E aí vêm as agruras da superqualificação, que é uma espécie do lado avesso
do efeito pitico...
Vamos supor que, após uma duríssima competição com outros candidatos tão
bem preparados quanto ela, a Fabiana conseguisse ser admitida como gestora
de atendimento interno.
E um de seus primeiros clientes fosse o seu Borges, gerente da
contabilidade.
- Fabiana, eu quero três cópias deste relatório.
- In a hurry!
- Saúde.
- Não, isso quer dizer "bem rapidinho". É que eu tenho fluência em inglês.
Aliás, desculpe perguntar, mas por que a empresa exige fluência em inglês se
aqui só se fala português?
- E eu sei lá? Dá para você tirar logo as cópias?
- O senhor não prefere que eu digitalize o relatório? Porque eu tenho
profundos conhecimentos de informática.
- Não, não. Cópias normais mesmo.
- Certo. Mas eu não poderia deixar de mencionar minha criatividade. Eu já
comecei a desenvolver um projeto pessoal visando eliminar 30% das
cópias que tiramos.
- Fabiana, desse jeito não vai dar!
- E eu não sei? Preciso urgentemente de uma auxiliar.
- Como assim?
- É que eu sou líder, e não tenho ninguém para liderar. E considero isso
um desperdício do meu potencial energético.
- Olha, neste momento, eu só preciso das três có...
- Com certeza. Mas antes vamos discutir meu futuro...
- Futuro? Que futuro?
- É que eu sou ambiciosa. Já faz dois dias que eu estou aqui e ainda não
aconteceu nada.
- Fabiana, eu estou aqui há 18 anos e também não me aconteceu nada!
- Sei. Mas o senhor é hands on?
- Hã?
- Hands on. Mão na massa.
- Claro que sou!
- Então o senhor mesmo tira as cópias. E agora com licença que eu vou sair
por aí explorando minhas potencialidades. Foi o que me prometeram quando eu
fui contratada.
Então, o mercado de trabalho está ficando dividido em duas facções:
1 - Uma, cada vez maior, é a dos que não conseguem boas vagas porque não
têm as qualificações requeridas.
2 - E o outro grupo, pequeno, mas crescente, é o dos que são admitidos
porque possuem todas as competências exigidas nos anúncios, mas não
poderão usar nem metade delas, porque, no fundo, a função não precisava
delas.
Alguém ponderará - com justa razão - que a empresa está de olho no longo
prazo: sendo portador de tantos talentos, o funcionário poderá ir sendo
preparado para assumir responsabilidades cada vez maiores.
Em uma empresa em que trabalhei, nós caímos nessa armadilha. Admitimos um
montão de gente superqualificada. E as conversas ficaram de tão alto nível
que um visitante desavisado que chegasse de repente confundiria nossa
salinha do café com o auditório da Fundação Alfred Nobel.
Pessoas superqualificadas não resolvem simples problemas!
Um dia um grupo de marketing e finanças foi visitar uma de nossas fábricas
e no meio da estrada, a van da empresa pifou. Como isso foi antes do advento
do milagre do celular, o jeito era confiar no especialista, o Cleto,
motorista da van.
E aí todos descobriram que o Cleto falava inglês, tinha noções de
informática e possuía energia e criatividade. Sem mencionar que estava
fazendo pós-graduação.
Só que não sabia nem abrir o capô.
Duas horas depois, quando o pessoal ainda estava tentando destrinchar o
manual do proprietário, passou um sujeito de bicicleta.
Para horror de todos, ele falava "nóis vai" e coisas do gênero.
Mas, em 2 minutos, para espanto geral, botou a van para funcionar.
Deram-lhe uns trocados, e ele foi embora feliz da vida.
Aquele ciclista anônimo era o protótipo do funcionário para quem as
empresas modernas torcem o nariz: o que é capaz de resolver, mas não de
impressionar!!!!
Validação
Recebi de um amigo e achei barbaro. Quero validar todos vcs...
O Poder da Validacao (Stephen Kanitz)
Todo mundo e inseguro, sem excecao. Os super confiantes simplesmente disfarcam melhor. Nao escapam pais, professores, chefes, nem colegas de trabalho. Afinal, ninguem e de ferro.
Paulo Autran treme nas bases nos primeiros minutos de cada apresentacao, mesmo que a peca ja tenha sido encenada 500 vezes. So depois da primeira risada, da primeira reacao do publico, e que o ator relaxa e parte tranquilo para o resto do espetaculo.
Eu, para ser absolutamente sincero, fico inseguro a cada artigo que escrevo e corro desesperado para ver os primeiros e-mails que chegam. Inseguranca e o problema humano numero 1.
O mundo seria muito menos neurotico, louco e agitado se fossemos todos um pouco menos inseguros.Trabalhariamos menos, curtiriamos mais a vida, levariamos a vida mais na esportiva. Mas como reduzir essa inseguranca?
Alguns acreditam que estudando mais (meu caso), ganhando mais (meu caso), trabalhando mais (será que é o meu caso?) resolveriam o problema. Ledo engano, por uma simples razao: seguranca nao depende da gente, depende dos outros. Esta totalmente fora do nosso controle. Por isso seguranca nunca e conquistada definitivamente, ela e sempre temporaria, efemera.
Seguranca depende de um processo que chamo de "validacao", embora para os
estatisticos o significado seja outro.
Validacao estatistica significa certificar-se de que um dado ou informacao e verdadeiro, mas eu uso esse termo para seres humanos. Validar alguem seria confirmar que essa pessoa existe, que ela e real, verdadeira, que ela tem valor. Todos nos precisamos ser validados pelos
outros, constantemente.
Alguem tem de dizer que voce e bonito ou bonita, por mais bonito ou bonita que voce seja. O autoconhecimento, tao decantado por filosofos, nao resolve o problema. Ninguem pode auto-validar-se, por definicao. Voce sempre sera um "ninguem", a nao ser que outros o validem como "alguem".
Validar o outro significa confirma-lo, como dizer: Voce tem significado para mim".
Validar e o que um namorado ou namorada faz quando lhe diz: "Gosto de voce pelo que voce e".
Quem cunhou a frase "Por tras de um grande homem existe uma grande mulher" (e vice-versa) provavelmente estava pensando nesse poder devalidacao que so uma companheira amorosa e presente no dia-a-dia podera dar.
Um simples olhar, um sorriso, um singelo elogio sao suficientes para voce validar todo mundo.
Estamos tao preocupados com a propria inseguranca que nao temos tempo para sair validando os outros.
ESTAMOS TAO PREOCUPADOS EM MOSTRAR QUE SOMOS O "MAXIMO" que esquecemos de dizer aos nossos amigos, filhos e conjuges que o "MAXIMO" sao ELES. Adulamos a quem nao gostamos e esquecemos de validar aqueles que admiramos.
Por falta de validacao, criamos um mundo consumista, onde se valoriza o "ter" e nao o "ser". Por falta de validacao, criamos um mundo onde todos querem mostrar-se ou dominar os outros em busca de poder.
Validacao permite que pessoas sejam aceitas pelo que realmente sao e nao pelo que gostariamos que fossem. Mas, justamente gracas a validacao, elas comecarao a acreditar em si mesmas
e crescerao para ser o que queremos.
Se quisermos tornar o mundo menos inseguro e melhor, precisaremos treinar e exercitar uma nova competencia: validar alguem todo dia.
Um elogio certo, um sorriso, os parabens na hora certa, uma salva de palmas, um beijo, um dedao polegar para cima, um "valeu cara, valeu".
Por isso, ESTOU VALIDANDO VOCE AGORA.
Voce ja validou alguem hoje?
"Palavra quando acesa, nao queima em vao".
O Poder da Validacao (Stephen Kanitz)
Todo mundo e inseguro, sem excecao. Os super confiantes simplesmente disfarcam melhor. Nao escapam pais, professores, chefes, nem colegas de trabalho. Afinal, ninguem e de ferro.
Paulo Autran treme nas bases nos primeiros minutos de cada apresentacao, mesmo que a peca ja tenha sido encenada 500 vezes. So depois da primeira risada, da primeira reacao do publico, e que o ator relaxa e parte tranquilo para o resto do espetaculo.
Eu, para ser absolutamente sincero, fico inseguro a cada artigo que escrevo e corro desesperado para ver os primeiros e-mails que chegam. Inseguranca e o problema humano numero 1.
O mundo seria muito menos neurotico, louco e agitado se fossemos todos um pouco menos inseguros.Trabalhariamos menos, curtiriamos mais a vida, levariamos a vida mais na esportiva. Mas como reduzir essa inseguranca?
Alguns acreditam que estudando mais (meu caso), ganhando mais (meu caso), trabalhando mais (será que é o meu caso?) resolveriam o problema. Ledo engano, por uma simples razao: seguranca nao depende da gente, depende dos outros. Esta totalmente fora do nosso controle. Por isso seguranca nunca e conquistada definitivamente, ela e sempre temporaria, efemera.
Seguranca depende de um processo que chamo de "validacao", embora para os
estatisticos o significado seja outro.
Validacao estatistica significa certificar-se de que um dado ou informacao e verdadeiro, mas eu uso esse termo para seres humanos. Validar alguem seria confirmar que essa pessoa existe, que ela e real, verdadeira, que ela tem valor. Todos nos precisamos ser validados pelos
outros, constantemente.
Alguem tem de dizer que voce e bonito ou bonita, por mais bonito ou bonita que voce seja. O autoconhecimento, tao decantado por filosofos, nao resolve o problema. Ninguem pode auto-validar-se, por definicao. Voce sempre sera um "ninguem", a nao ser que outros o validem como "alguem".
Validar o outro significa confirma-lo, como dizer: Voce tem significado para mim".
Validar e o que um namorado ou namorada faz quando lhe diz: "Gosto de voce pelo que voce e".
Quem cunhou a frase "Por tras de um grande homem existe uma grande mulher" (e vice-versa) provavelmente estava pensando nesse poder devalidacao que so uma companheira amorosa e presente no dia-a-dia podera dar.
Um simples olhar, um sorriso, um singelo elogio sao suficientes para voce validar todo mundo.
Estamos tao preocupados com a propria inseguranca que nao temos tempo para sair validando os outros.
ESTAMOS TAO PREOCUPADOS EM MOSTRAR QUE SOMOS O "MAXIMO" que esquecemos de dizer aos nossos amigos, filhos e conjuges que o "MAXIMO" sao ELES. Adulamos a quem nao gostamos e esquecemos de validar aqueles que admiramos.
Por falta de validacao, criamos um mundo consumista, onde se valoriza o "ter" e nao o "ser". Por falta de validacao, criamos um mundo onde todos querem mostrar-se ou dominar os outros em busca de poder.
Validacao permite que pessoas sejam aceitas pelo que realmente sao e nao pelo que gostariamos que fossem. Mas, justamente gracas a validacao, elas comecarao a acreditar em si mesmas
e crescerao para ser o que queremos.
Se quisermos tornar o mundo menos inseguro e melhor, precisaremos treinar e exercitar uma nova competencia: validar alguem todo dia.
Um elogio certo, um sorriso, os parabens na hora certa, uma salva de palmas, um beijo, um dedao polegar para cima, um "valeu cara, valeu".
Por isso, ESTOU VALIDANDO VOCE AGORA.
Voce ja validou alguem hoje?
"Palavra quando acesa, nao queima em vao".
Olha eu aqui
Estou super emociada em ser a nova colaboradora do Blog do Luiz. Aguardem notícias, delírios, dados, informações e muito mais. bjs
Rituais
Nunca tinha percebido mas neste final de semana percebi o quanto nossa vida é marcada por alguns rituais. Nem são rituais tão combinados mas ao se ver situações se repetindo a cada ano, não posso deixar de pensar que há algo regendo a vida em torno destes rituais.
Fui conferir uma sessão da Mostra Internacional. E foi muito interessante ver coisas que se repetem todo o ano. Filas imensas, salas lotadas. Pessoas que parecem se reencontrar apenas nestas situações. Como se tivessem num ciclo. Ansiedade e um certo stress com os bilheteiros. Sessões que são anunciadas como esgotadas enquanto há pessoas na fila tentando comprar algum ingresso.
Várias pessoas com o Guia da Folha consultando os filmes da programação. E mudando de idéia conforme são anunciados aquelas sessões que estão esgotadas.
E na sala, no meio da sessão, pessoas se levantando e saindo naturalmente. Esta é outra parte interessante!!!
Depois das sessões, segue-se discussões sobre a nota que será atribuída para o filme. E fichas sendo preenchidas. E pessoas pedindo canetas emprestadas (se bem que agora as fichas podem apenas serem rasgadas na nota).
Agora falando mais sobre o filme que fui assistir. Tive a sorte de conseguir comprar os ingressos pela internet (ainda bem que existem estes serviços) e vi um filme do Werner Herzog. O cineasta alemão famoso por uma parceria de vários filmes com Klaus Kinski. Confesso que só assisti um filme dele antes ("Aguirre, a cólera dos deuses") e estava meio apreensivo para ver este.
Mas a sinopse me chamou a atenção. Sobre o que fala o filme? O filme é uma reflexão sobre a ocupação do planeta Terra, tendo como fio condutor, as memórias de um extraterrestre desiludido que já tentou fazer o caminho oposto que os terráqueos estão fazendo.
A música é hipnótica. E as imagens, enchem os olhos. O diretor usa imagens da NASA e constrói uma história. Colhe declarações de matemáticos sobre teorias de aumentar a velocidade das naves espaciais com a força gravitacional dos planetas e outra sobre a existência dos túneis de matéria caótica.
Eu achei um filme diferente e bom. O Guacymar gostou também. Mas o Cláudio e o Humberto não pareceram ter curtido muito o filme.
Fui conferir uma sessão da Mostra Internacional. E foi muito interessante ver coisas que se repetem todo o ano. Filas imensas, salas lotadas. Pessoas que parecem se reencontrar apenas nestas situações. Como se tivessem num ciclo. Ansiedade e um certo stress com os bilheteiros. Sessões que são anunciadas como esgotadas enquanto há pessoas na fila tentando comprar algum ingresso.
Várias pessoas com o Guia da Folha consultando os filmes da programação. E mudando de idéia conforme são anunciados aquelas sessões que estão esgotadas.
E na sala, no meio da sessão, pessoas se levantando e saindo naturalmente. Esta é outra parte interessante!!!
Depois das sessões, segue-se discussões sobre a nota que será atribuída para o filme. E fichas sendo preenchidas. E pessoas pedindo canetas emprestadas (se bem que agora as fichas podem apenas serem rasgadas na nota).
Agora falando mais sobre o filme que fui assistir. Tive a sorte de conseguir comprar os ingressos pela internet (ainda bem que existem estes serviços) e vi um filme do Werner Herzog. O cineasta alemão famoso por uma parceria de vários filmes com Klaus Kinski. Confesso que só assisti um filme dele antes ("Aguirre, a cólera dos deuses") e estava meio apreensivo para ver este.
Mas a sinopse me chamou a atenção. Sobre o que fala o filme? O filme é uma reflexão sobre a ocupação do planeta Terra, tendo como fio condutor, as memórias de um extraterrestre desiludido que já tentou fazer o caminho oposto que os terráqueos estão fazendo.
A música é hipnótica. E as imagens, enchem os olhos. O diretor usa imagens da NASA e constrói uma história. Colhe declarações de matemáticos sobre teorias de aumentar a velocidade das naves espaciais com a força gravitacional dos planetas e outra sobre a existência dos túneis de matéria caótica.
Eu achei um filme diferente e bom. O Guacymar gostou também. Mas o Cláudio e o Humberto não pareceram ter curtido muito o filme.
domingo, outubro 23, 2005
Sobre referendos
No último post fiquei questionando sobre referendos e até pensei em algumas outras questões que poderiam ser tratadas da mesma forma.
Nas aulas de história, aprendi que na Grécia se utilizava muito este instrumento. Os cidadãos votavam para qualquer coisa. O único problema é que poucos eram os que eram considerados como cidadãos.
Acabei de receber um e-mail falando sobre isso. Talvez valha pena ler e refletir sobre isso.
Eu só queria saber pq não perguntaram pro povo sim ou não para os seguintes temas:
>da CPMF,
>sobre o preso ter que trabalhar para sustentar-se no sistema,
>se vc concorda em pagar para o preso ficar na cadeia,
>sobre tirar benefícios de criminosos em geral,
>sobre a redução da maioridade penal,
>sobre acabar com indultos,
>sobre prisão perpétua,
>sobre o fim das visitas intimas a criminosos,
>sobre as penas alternativas,
>da carga tributária em cima da classe média,
>do orçamento da União,
>das agências reguladoras,
>do teto para os benefícios do aposentado,
>da taxação dos inativos,
>da proteção ao meio ambiente,
>do perdão aos devedores de IPVA e ICMS
>a opção pelo aborto ou não
>o casamento de pessoas do mesmo sexo
Perguntar não ofende: Referendo não é consulta popular sobre assuntos relevantes? Por que nunca perguntaram pro povo o que pensamos sobre o voto obrigatório?
Nas aulas de história, aprendi que na Grécia se utilizava muito este instrumento. Os cidadãos votavam para qualquer coisa. O único problema é que poucos eram os que eram considerados como cidadãos.
Acabei de receber um e-mail falando sobre isso. Talvez valha pena ler e refletir sobre isso.
Eu só queria saber pq não perguntaram pro povo sim ou não para os seguintes temas:
>da CPMF,
>sobre o preso ter que trabalhar para sustentar-se no sistema,
>se vc concorda em pagar para o preso ficar na cadeia,
>sobre tirar benefícios de criminosos em geral,
>sobre a redução da maioridade penal,
>sobre acabar com indultos,
>sobre prisão perpétua,
>sobre o fim das visitas intimas a criminosos,
>sobre as penas alternativas,
>da carga tributária em cima da classe média,
>do orçamento da União,
>das agências reguladoras,
>do teto para os benefícios do aposentado,
>da taxação dos inativos,
>da proteção ao meio ambiente,
>do perdão aos devedores de IPVA e ICMS
>a opção pelo aborto ou não
>o casamento de pessoas do mesmo sexo
Perguntar não ofende: Referendo não é consulta popular sobre assuntos relevantes? Por que nunca perguntaram pro povo o que pensamos sobre o voto obrigatório?
quinta-feira, outubro 20, 2005
Sim ou não
Neste próximo domingo acontecerá um referendo. Acho que deve ser o primeiro que há aqui no Brasil moderno... antes só me lembro de ter acontecido um plebiscito onde se tinha que escolher o regime e forma de governo.
Isso na verdade levantou algumas perguntas... por que este instrumento não é utilizado mais vezes? Há tantas questões que deveriam ser colocadas em discussão. Por exemplo: união civil de pessoas do mesmo sexo, descriminalização do uso de drogas e até mesmo uma avaliação sobre o governante e os representantes eleitos a cada 2 anos.
Enfim, mas a questão de agora é sobre a proibição ou não do comércio de armas.
Sinceramente acho que esta é uma discussão mais complexa do que se parece. Não sei se se caberia um simples sim ou não. Nunca gostei de colocar as coisas de forma tão maniqueísta.
Sim, as armas tem como finalidade última, matar. Matar homens, matar animais... enfim, matar. Pensando nisso, acho que num país em que índices de violência são altos e políticas de cabresto ainda existem, num país em que muita coisa ainda é resolvida na ponta da faca ou a bala, a proibição do comércio de armas de fogo seria um ponto positivo.
Mas será eficiente? Será que a aprovação da lei não seria uma "letra morta", uma "lei para inglês ver"? As drogas hoje são proibidas e não há uma fiscalização efetiva que combata o tráfico. O jogo do bicho também é proibido mas vejo várias bancas espalhadas pela cidade.
Fico me questionando sobre várias coisas. E só posso dizer que ainda não cheguei numa decisão (tendo a acreditar no sim mas tenho dúvidas). E como disse o meu amigo Fabrício, "Eu não sou "da paz". Mas também não sou bobo".
Isso na verdade levantou algumas perguntas... por que este instrumento não é utilizado mais vezes? Há tantas questões que deveriam ser colocadas em discussão. Por exemplo: união civil de pessoas do mesmo sexo, descriminalização do uso de drogas e até mesmo uma avaliação sobre o governante e os representantes eleitos a cada 2 anos.
Enfim, mas a questão de agora é sobre a proibição ou não do comércio de armas.
Sinceramente acho que esta é uma discussão mais complexa do que se parece. Não sei se se caberia um simples sim ou não. Nunca gostei de colocar as coisas de forma tão maniqueísta.
Sim, as armas tem como finalidade última, matar. Matar homens, matar animais... enfim, matar. Pensando nisso, acho que num país em que índices de violência são altos e políticas de cabresto ainda existem, num país em que muita coisa ainda é resolvida na ponta da faca ou a bala, a proibição do comércio de armas de fogo seria um ponto positivo.
Mas será eficiente? Será que a aprovação da lei não seria uma "letra morta", uma "lei para inglês ver"? As drogas hoje são proibidas e não há uma fiscalização efetiva que combata o tráfico. O jogo do bicho também é proibido mas vejo várias bancas espalhadas pela cidade.
Fico me questionando sobre várias coisas. E só posso dizer que ainda não cheguei numa decisão (tendo a acreditar no sim mas tenho dúvidas). E como disse o meu amigo Fabrício, "Eu não sou "da paz". Mas também não sou bobo".
quinta-feira, outubro 13, 2005
The end
Resolvi encerrar a dieta. Apesar de acreditar que poderia aguentar mais 3 dias (e completar os 10 previstos), resolvi sair.
O retorno a uma dieta normal está sendo gradual: nada de carnes nem frituras nem fast-food. Muito iogurte, leite de soja, frutas e legumes. E arroz integral, é claro.
Neste retorno gradual resolvi experimentar uma fatia de pão alemão. Um pão de grãos de centeio, de fermentação natural e bem integral. Achei meio ácido mas bem saboroso... não consegui comer mais de uma fatia. O pão sustenta bem.
De resto, nada de excepcional. Um feriado no meio da semana tranqüilo e com sol. Caminhei um pouco pela praia e apreciei os novos sabores. Aliás, estou adorando a redescoberta dos sabores.
No supermercado, os odores dos vegetais estava inebriante. Mangas, goiabas, pimentões, pêras... Tudo estava extremamente atraente.
Foi uma experiência bem válida. Gostei de ter feito e me senti bem. Acho que na rotina apressada que temos, deixamos de prestar atenção no sabor das coisas. Comemos e engolimos a comida, sem degustar. Depois desta experiência, vejo o quanto tinha esquecido o quanto é gostoso descobrir os sabores e texturas dos alimentos.
Comer é algo que realmente dá prazer. E, ao me privar dele, pude perceber o quanto é importante.
O retorno a uma dieta normal está sendo gradual: nada de carnes nem frituras nem fast-food. Muito iogurte, leite de soja, frutas e legumes. E arroz integral, é claro.
Neste retorno gradual resolvi experimentar uma fatia de pão alemão. Um pão de grãos de centeio, de fermentação natural e bem integral. Achei meio ácido mas bem saboroso... não consegui comer mais de uma fatia. O pão sustenta bem.
De resto, nada de excepcional. Um feriado no meio da semana tranqüilo e com sol. Caminhei um pouco pela praia e apreciei os novos sabores. Aliás, estou adorando a redescoberta dos sabores.
No supermercado, os odores dos vegetais estava inebriante. Mangas, goiabas, pimentões, pêras... Tudo estava extremamente atraente.
Foi uma experiência bem válida. Gostei de ter feito e me senti bem. Acho que na rotina apressada que temos, deixamos de prestar atenção no sabor das coisas. Comemos e engolimos a comida, sem degustar. Depois desta experiência, vejo o quanto tinha esquecido o quanto é gostoso descobrir os sabores e texturas dos alimentos.
Comer é algo que realmente dá prazer. E, ao me privar dele, pude perceber o quanto é importante.
quarta-feira, outubro 12, 2005
10 dias de arroz: dia 7
Nem acredito... uma semana nesta dieta. Sabe que já nem sinto mais vontade de comer. Nem sei se o que sinto às vezes no estômago é fome. Sinto uma coisinha que não sei identificar... será fome? Será um mal-estar? Bem, de qualquer forma, melhor não esquentar com isso porque não me incomoda.
Tenho preferido tomar mais missoshiro do que comer arroz sozinho. Ou melhor, faço um mix e tenho uma espécie de minestrone macrobiótico. Risos.
Sinto-me bem. E o saldo até agora foram algumas horas a mais de atividade (sim, tenho sentido bem menos sono), uma clareza de idéias surpreendente (sim, porque apesar de pensar em comida algumas vezes, tenho conseguido me focar muito mais no que preciso fazer) e alguns quilos a menos (sei lá... deve ser efeito direto da falta de gulodice).
Tenho preferido tomar mais missoshiro do que comer arroz sozinho. Ou melhor, faço um mix e tenho uma espécie de minestrone macrobiótico. Risos.
Sinto-me bem. E o saldo até agora foram algumas horas a mais de atividade (sim, tenho sentido bem menos sono), uma clareza de idéias surpreendente (sim, porque apesar de pensar em comida algumas vezes, tenho conseguido me focar muito mais no que preciso fazer) e alguns quilos a menos (sei lá... deve ser efeito direto da falta de gulodice).
terça-feira, outubro 11, 2005
10 dias de arroz: dia 6
Sexto dia... enfim passei da metade de todo este período de desintoxicação. Devo dizer que estou contente comigo mesmo por conseguir resistir a tantas vontades. Sinal de que meu auto-controle está em boa forma.
Fico imaginando se alguma coisa vai mudar por conta de todo este processo. Será que realmente estarei numa condição de saúde melhor? Será que algo vai realmente mudar na minha forma de lidar com minha alimentação depois desta experiência?
É incrível sentir que sinto vontade de comer coisas inusitadas e que nunca tinha pensado antes. Muitos legumes, muitas frutas... mas acho que ainda não abriria mão dos pães.
Açúcar refinado já não estava quase consumindo. Se for pensar, até que meus hábitos alimentares não são tão ruins. Não fico me empanturrando de junk-food, vou muito raramente a um McDonalds e quase prefiro não beber refrigerantes.
Hmmm... e acho que continuaria comendo embutidos. Talvez reduza um pouco a quantidade e coma mais verduras. Sei lá... penso nisso agora mas há uma distância grande entre dizer e fazer.
Ontem, depois do treino de tae-kwon-do fui comprar um pouco de missô. O mestre disse que é permitido incluir o missoshiro na dieta. Então, mais do depressa fui comprar e preparei um pouco.
Ao comer, percebi que foi muito estimulante esta descoberta do sabor. Parecia uma refeição elaboradíssima. E era apenas um pouco de água quente com missô dissolvido.
Não comi nada doce ainda e acredito que vá ser uma grande redescoberta dos sabores doces.
Fico imaginando se alguma coisa vai mudar por conta de todo este processo. Será que realmente estarei numa condição de saúde melhor? Será que algo vai realmente mudar na minha forma de lidar com minha alimentação depois desta experiência?
É incrível sentir que sinto vontade de comer coisas inusitadas e que nunca tinha pensado antes. Muitos legumes, muitas frutas... mas acho que ainda não abriria mão dos pães.
Açúcar refinado já não estava quase consumindo. Se for pensar, até que meus hábitos alimentares não são tão ruins. Não fico me empanturrando de junk-food, vou muito raramente a um McDonalds e quase prefiro não beber refrigerantes.
Hmmm... e acho que continuaria comendo embutidos. Talvez reduza um pouco a quantidade e coma mais verduras. Sei lá... penso nisso agora mas há uma distância grande entre dizer e fazer.
Ontem, depois do treino de tae-kwon-do fui comprar um pouco de missô. O mestre disse que é permitido incluir o missoshiro na dieta. Então, mais do depressa fui comprar e preparei um pouco.
Ao comer, percebi que foi muito estimulante esta descoberta do sabor. Parecia uma refeição elaboradíssima. E era apenas um pouco de água quente com missô dissolvido.
Não comi nada doce ainda e acredito que vá ser uma grande redescoberta dos sabores doces.
segunda-feira, outubro 10, 2005
10 dias de arroz: dia 5
Ando sentindo cada vez menos fome... o que significa que tudo o que eu comia antes da dieta era realmente por pura gula. Não é a toa que se engorda deste jeito. O bom de se restringir tanto os alimentos permitidos é que você começa a valorizar mais o sabor dos outros.
Deve ser algo que a gente esquece com o tempo. O sentimento de saciedade... tenho comido apenas quando tenho fome e não quando tenho vontade de comer. Fome e vontade de comer são coisas bem distintas.
E não tenho me sentido mais fraco ou mais lerdo ou mais debilitado por conta disso. Ou seja, muita coisa que eu comia era mesmo por conta de vontade de comer (ou doce ou carne ou chocolate ou qualquer coisa que fosse).
A vontade de comer outras coisas me persegue, não vou negar. Mas tenho seguido adiante com a dieta. Já estou na metade do período de desintoxicação...
Deve ser algo que a gente esquece com o tempo. O sentimento de saciedade... tenho comido apenas quando tenho fome e não quando tenho vontade de comer. Fome e vontade de comer são coisas bem distintas.
E não tenho me sentido mais fraco ou mais lerdo ou mais debilitado por conta disso. Ou seja, muita coisa que eu comia era mesmo por conta de vontade de comer (ou doce ou carne ou chocolate ou qualquer coisa que fosse).
A vontade de comer outras coisas me persegue, não vou negar. Mas tenho seguido adiante com a dieta. Já estou na metade do período de desintoxicação...
domingo, outubro 09, 2005
10 dias de arroz: dia 4
Hoje vai ser uma prova de fogo... a irmã do Guacymar resolveu fazer uma comemoração de aniversário e vamos ver como reagiremos a todas aquelas comidinhas de festa.
Este foi o pensamento que me assaltou durante um bom tempo. Mas chegando na hora tudo foi muuuuito tranquilo. Tinha um delicioso bolo-mousse de chocolate ali, mas tanto eu quanto o Guacymar nos mantivemos firmes e não comemos nem um pedacinho.
Quanto ao grupo, mais uma baixa. Desta vez foi a Melissa. Ela disse que não resistiu quando a sobrinha dela veio oferecer uma banana.
Dia tranquilo... nada de excepcional. O engraçado é ver a reação das pessoas quando digo que estou comendo arroz integral orgânico e bebendo chá verde todos estes dias. Acho que não acreditam muito quando digo que não sinto fome.
Aliás, tenho sentido menos vontade de comer... se continuar assim, acho que vou acabar emagrecendo. Um side effect da dieta. Na verdade, a dieta é para desintoxicar.
Ontem experimentei fazer o chá verde que comprei no restaurante Take (o mesmo lugar onde comprei o arroz integral orgânico). O chá é bem diferente do que eu bebia... bem mais perfumado. Gostei bastante. Acho que vou comprar mais porque só comprei 2 sacos de 100 g.
Este foi o pensamento que me assaltou durante um bom tempo. Mas chegando na hora tudo foi muuuuito tranquilo. Tinha um delicioso bolo-mousse de chocolate ali, mas tanto eu quanto o Guacymar nos mantivemos firmes e não comemos nem um pedacinho.
Quanto ao grupo, mais uma baixa. Desta vez foi a Melissa. Ela disse que não resistiu quando a sobrinha dela veio oferecer uma banana.
Dia tranquilo... nada de excepcional. O engraçado é ver a reação das pessoas quando digo que estou comendo arroz integral orgânico e bebendo chá verde todos estes dias. Acho que não acreditam muito quando digo que não sinto fome.
Aliás, tenho sentido menos vontade de comer... se continuar assim, acho que vou acabar emagrecendo. Um side effect da dieta. Na verdade, a dieta é para desintoxicar.
Ontem experimentei fazer o chá verde que comprei no restaurante Take (o mesmo lugar onde comprei o arroz integral orgânico). O chá é bem diferente do que eu bebia... bem mais perfumado. Gostei bastante. Acho que vou comprar mais porque só comprei 2 sacos de 100 g.
10 dias de arroz: dia 3
A vida segue normalmente... hoje fui inclusive treinar tae-kwon-do e tudo OK. Parece até que os movimentos ficaram mais claros. Consegui mais acertar do que errar... o que é ótimo, afinal o exame de faixa está já chegando.
Não sinto fome, não estou com dores de cabeça e sim, tenho vontade de comer outras coisas mas estou me controlando bem.
Do grupo de 7 pessoas que começaram a dieta, uma já quebrou... o Élder estava num cocktail e ao ver todos comendo, não resistiu e comeu um pedaço de melão. Vai ter que recomeçar... ainda bem que foi no terceiro dia. Já pensou se ele estivesse no nono dia e tivesse que recomeçar?
Tenho dormido bem e acordado bem disposto. Sinto que meu dia foi bem produtivo hoje.
Não sinto fome, não estou com dores de cabeça e sim, tenho vontade de comer outras coisas mas estou me controlando bem.
Do grupo de 7 pessoas que começaram a dieta, uma já quebrou... o Élder estava num cocktail e ao ver todos comendo, não resistiu e comeu um pedaço de melão. Vai ter que recomeçar... ainda bem que foi no terceiro dia. Já pensou se ele estivesse no nono dia e tivesse que recomeçar?
Tenho dormido bem e acordado bem disposto. Sinto que meu dia foi bem produtivo hoje.
sexta-feira, outubro 07, 2005
10 dias de arroz: dia 2
Fazer uma dieta destas é um verdadeiro teste para a força de vontade de qualquer um. Ontem tive que ir buscar minha calculadora HP12C que estava na assistência técnica. No caminho, milhares de coisas me tentando: desde a barraca de frutas até um carrinho de churros.
E olha que nem gosto de churros...
Continuo sentindo pouco sono. Tenho dormido menos horas e estou bem assim. O mais estranho é que tenho sentido uma calma, uma tranquilidade mental surpreendente. Para quem me conhece, sabe que estou sempre pensando e lembrando de coisas a todo momento. Qualquer estímulo externo sempre ativa uma avalanche de memórias.
Pois bem, ontem a noite, consegui ficar com a mente em branco. Estranho, não é? Fechei os olhos e simplesmente cosnegui manter a mente em branco. Não fiquei pensando no que teria que fazer amanhã nem na fala da personagem do filme que estava assistindo.
Apenas fechei os olhos e não pensei em nada.
E olha que nem gosto de churros...
Continuo sentindo pouco sono. Tenho dormido menos horas e estou bem assim. O mais estranho é que tenho sentido uma calma, uma tranquilidade mental surpreendente. Para quem me conhece, sabe que estou sempre pensando e lembrando de coisas a todo momento. Qualquer estímulo externo sempre ativa uma avalanche de memórias.
Pois bem, ontem a noite, consegui ficar com a mente em branco. Estranho, não é? Fechei os olhos e simplesmente cosnegui manter a mente em branco. Não fiquei pensando no que teria que fazer amanhã nem na fala da personagem do filme que estava assistindo.
Apenas fechei os olhos e não pensei em nada.
quinta-feira, outubro 06, 2005
10 dias de arroz: dia 1
Quem já leu aqui os posts passados, vai lembrar de um em que eu perguntava o quanto o que comemos influencia no que somos. E vai lembrar também que eu iria começar uma dieta de desintoxicação a base de arroz integral orgânico e chá verde.
A dieta começou ontem e resolvi registrar aqui o evoluir de cada dia.
Arroz integral demora bem mais tempo para cozinhar do que arroz normal. A vantagem é que tem uma "textura" diferente e isso estimula bastante a mastigação. Na parte da manhã geralmente não como muita coisa, sinto enjôos só de pensar em comer. Bebo normalmente um copo de leite de soja. Ontem substitui o leite de soja por ban-chá.
Bebi vários copos de ban-chá e, o efeito diurético se mostrou rápido. Incrivelmente, não senti fome comendo só arroz. Tive um princípio de dor de cabeça, mas foi só comer mais uma tigela de arroz temperado com gersal e passou rapidinho.
Tenho comido mais porções, porém bem menores. Comer pouco e sempre. Dizem que é assim que deveria ser normalmente... acho que a cada 4 horas estou comendo um pouquinho.
O que aconteceu ontem é que percebo o quanto a gula está ligada com o psicológico. Ao ficar parado, sem prestar atenção em nada, começava a pensar em comidas simples. Um sanduíche de queijo quente, um pedaço de chocolate, um tomate-cereja com azeite...
Engraçado o quanto a gente pensa na lembrança do sabor das coisas quando elas estão restritas. Penso já com uma certa curiosidade como será depois destes 10 dias e poder redescobrir o sabor dos outros alimentos.
As mudanças que senti até agora? Hmmm... fui mais vezes ao banheiro (talvez seja parte do processo de desintoxicação) e demorei muito mais a dormir. Geralmente, acordo às 8h30 e durmo por volta da meia-noite. Ontem acordei no mesmo horário mas o sono só chegou depois das 3 da manhã e hoje, às 6h00 já estava pronto para acordar.
E ontem, enquanto buscava o sono, comecei a pensar em muita coisa. E de repente, me vi agradecendo a tudo o que estava podendo viver. Como se algo dentro de mim estivesse chamando a atenção para aquilo tudo de bom que vivo e que quase não presto atenção. O mais estranho é que de repente, no meio de todas estas reflexões, comecei a chorar. Mas não eram lágrimas de tristeza... eram lágrimas de felicidade.
A dieta começou ontem e resolvi registrar aqui o evoluir de cada dia.
Arroz integral demora bem mais tempo para cozinhar do que arroz normal. A vantagem é que tem uma "textura" diferente e isso estimula bastante a mastigação. Na parte da manhã geralmente não como muita coisa, sinto enjôos só de pensar em comer. Bebo normalmente um copo de leite de soja. Ontem substitui o leite de soja por ban-chá.
Bebi vários copos de ban-chá e, o efeito diurético se mostrou rápido. Incrivelmente, não senti fome comendo só arroz. Tive um princípio de dor de cabeça, mas foi só comer mais uma tigela de arroz temperado com gersal e passou rapidinho.
Tenho comido mais porções, porém bem menores. Comer pouco e sempre. Dizem que é assim que deveria ser normalmente... acho que a cada 4 horas estou comendo um pouquinho.
O que aconteceu ontem é que percebo o quanto a gula está ligada com o psicológico. Ao ficar parado, sem prestar atenção em nada, começava a pensar em comidas simples. Um sanduíche de queijo quente, um pedaço de chocolate, um tomate-cereja com azeite...
Engraçado o quanto a gente pensa na lembrança do sabor das coisas quando elas estão restritas. Penso já com uma certa curiosidade como será depois destes 10 dias e poder redescobrir o sabor dos outros alimentos.
As mudanças que senti até agora? Hmmm... fui mais vezes ao banheiro (talvez seja parte do processo de desintoxicação) e demorei muito mais a dormir. Geralmente, acordo às 8h30 e durmo por volta da meia-noite. Ontem acordei no mesmo horário mas o sono só chegou depois das 3 da manhã e hoje, às 6h00 já estava pronto para acordar.
E ontem, enquanto buscava o sono, comecei a pensar em muita coisa. E de repente, me vi agradecendo a tudo o que estava podendo viver. Como se algo dentro de mim estivesse chamando a atenção para aquilo tudo de bom que vivo e que quase não presto atenção. O mais estranho é que de repente, no meio de todas estas reflexões, comecei a chorar. Mas não eram lágrimas de tristeza... eram lágrimas de felicidade.
quarta-feira, setembro 28, 2005
A esperança é a última que morre?
Hoje, visitando um dos blogs de amigos que visito diariamente, me deparei com um texto do Marcelo Barros (saudades de vc, Marcelo). Ao invés de ficar direcionando para o blog dele (ou melhor dele e do Fabrício), vou trascrever aqui o que li.
Espero que gostem tanto quanto eu gostei. Ahhh... eu li também "A revolução dos bichos" (acho que foi um dos poucos livros que li e que ficaram na minha memória). Nunca li "1984", outro livro do George Orwell, mas quem sabe um dia.
..........................................
Sobre porcos e homens
Era o começo dos anos 80. Eu tinha uns onze ou doze anos e li pela primeira vez A Revolução dos Bichos, do George Orwell. Era um livrinho pequeno e fininho com uma capa divertida, então simplesmente o peguei para ler. Só alguns anos depois fui saber que a história dos animais que se rebelam contra a dominação do homem era uma alegoria da Revolução Russa de 1917 e suas decorrências.
Corte para 1984. Eu tomando chuva no comício das Diretas Já na minha cidade, como já relatei brevemente aqui. Com a derrota da Lei Dante de Oliveira, as primeiras eleições após a ditadura militar foram por colégio eleitoral. Os candidatos eram Tancredo Neves (da "oposição"), que foi eleito e morreu em abril de 1985, antes da posse; e Paulo Salim Maluf, "filhote" dos militares e encarnação de tudo o que considerávamos mais nefasto.
Corte para 1989. Primeiras eleições diretas neste país em quase três décadas. Eu tinha tirado título de eleitor no ano anterior, aos 18, que naquela época era a idade mínima. Vários candidatos no primeiro turno, e no segundo Fernando Collor e Lula. Sem a menor dúvida, escolhi o torneiro mecânico, pois nunca votaria em um produto da oligarquia alagoana. Meu voto foi derrotado, como o de pouco mais de 31 milhões de pessoas.
Corte para 2002. Depois de ter votado no meu colega de profissão Fernando Henrique Cardoso (mesmo com a aliança com o PFL de Toninho Malvadeza) e ter me decepcionado, coloquei a estrelinha do PT na lapela e fiz campanha aberta pelo "representante das camadas inferiores da sociedade". Lula eleito, me emocionei. Na posse, brindamos com champanhe. E chorei. Ouvi os nomes de ex-"subversivos" sendo nomeados ministros e agradeci internamente por, inclusive tendo tido pai preso e torturado por militares, poder vivenciar e ter contribuído de alguma forma para a dita "transição democrática".
Corte final para 2005. Lula é presidente e Maluf está na cadeia (como bem sintetizou Sérgio Dávila em inspirada coluna na Revista da Folha de S. Paulo). E o sonho "foi para o saco": Os corruptos fazem a festa e chegam a nos chamar de estúpidos descaradamente -- até no futebol, como eclodiu no fim da semana passada.
Como sou treinado, ou me treinei, para buscar o "tesouro da sombra", ainda acho que isso tudo está contribuindo para que mais pessoas se envolvam e se interessem por política. Acho legal que isso tenha se tornado assunto de mesa de boteco e ponto de ônibus e que as pessoas comecem a ter um pouco mais de percepção do que é feito com o nosso dinheiro de contribuintes. O risco? O de sempre: ficar na ingenuidade do discurso e cair no "é assim mesmo e não vai mudar nunca".
O fato é que até ontem vários de nós tínhamos a esperança -- aquela que teria vencido o medo -- no futuro político desse país, encarnada e simbolizada pelo PT e agremiações próximas. A idéia de que quando fosse o PT, as coisas seriam diferentes. A certeza de que pessoas que vieram da "base da pirâmide social" teriam um olhar diferente do das "elites" de sempre.
E hoje, se me perguntarem em quem vou votar nas eleições do ano que vem, não tenho o menor vislumbre de uma resposta. Ficou um oco onde antes existia a tal esperança. E aí me lembrei daquele livrinho lido há mais de vinte anos, que termina assim: "As criaturas de fora olhavam de um porco para um homem, de um homem para um porco e de um porco para um homem outra vez; mas já se tornara impossível distinguir quem era homem, quem era porco"...
Espero que gostem tanto quanto eu gostei. Ahhh... eu li também "A revolução dos bichos" (acho que foi um dos poucos livros que li e que ficaram na minha memória). Nunca li "1984", outro livro do George Orwell, mas quem sabe um dia.
..........................................
Sobre porcos e homens
Era o começo dos anos 80. Eu tinha uns onze ou doze anos e li pela primeira vez A Revolução dos Bichos, do George Orwell. Era um livrinho pequeno e fininho com uma capa divertida, então simplesmente o peguei para ler. Só alguns anos depois fui saber que a história dos animais que se rebelam contra a dominação do homem era uma alegoria da Revolução Russa de 1917 e suas decorrências.
Corte para 1984. Eu tomando chuva no comício das Diretas Já na minha cidade, como já relatei brevemente aqui. Com a derrota da Lei Dante de Oliveira, as primeiras eleições após a ditadura militar foram por colégio eleitoral. Os candidatos eram Tancredo Neves (da "oposição"), que foi eleito e morreu em abril de 1985, antes da posse; e Paulo Salim Maluf, "filhote" dos militares e encarnação de tudo o que considerávamos mais nefasto.
Corte para 1989. Primeiras eleições diretas neste país em quase três décadas. Eu tinha tirado título de eleitor no ano anterior, aos 18, que naquela época era a idade mínima. Vários candidatos no primeiro turno, e no segundo Fernando Collor e Lula. Sem a menor dúvida, escolhi o torneiro mecânico, pois nunca votaria em um produto da oligarquia alagoana. Meu voto foi derrotado, como o de pouco mais de 31 milhões de pessoas.
Corte para 2002. Depois de ter votado no meu colega de profissão Fernando Henrique Cardoso (mesmo com a aliança com o PFL de Toninho Malvadeza) e ter me decepcionado, coloquei a estrelinha do PT na lapela e fiz campanha aberta pelo "representante das camadas inferiores da sociedade". Lula eleito, me emocionei. Na posse, brindamos com champanhe. E chorei. Ouvi os nomes de ex-"subversivos" sendo nomeados ministros e agradeci internamente por, inclusive tendo tido pai preso e torturado por militares, poder vivenciar e ter contribuído de alguma forma para a dita "transição democrática".
Corte final para 2005. Lula é presidente e Maluf está na cadeia (como bem sintetizou Sérgio Dávila em inspirada coluna na Revista da Folha de S. Paulo). E o sonho "foi para o saco": Os corruptos fazem a festa e chegam a nos chamar de estúpidos descaradamente -- até no futebol, como eclodiu no fim da semana passada.
Como sou treinado, ou me treinei, para buscar o "tesouro da sombra", ainda acho que isso tudo está contribuindo para que mais pessoas se envolvam e se interessem por política. Acho legal que isso tenha se tornado assunto de mesa de boteco e ponto de ônibus e que as pessoas comecem a ter um pouco mais de percepção do que é feito com o nosso dinheiro de contribuintes. O risco? O de sempre: ficar na ingenuidade do discurso e cair no "é assim mesmo e não vai mudar nunca".
O fato é que até ontem vários de nós tínhamos a esperança -- aquela que teria vencido o medo -- no futuro político desse país, encarnada e simbolizada pelo PT e agremiações próximas. A idéia de que quando fosse o PT, as coisas seriam diferentes. A certeza de que pessoas que vieram da "base da pirâmide social" teriam um olhar diferente do das "elites" de sempre.
E hoje, se me perguntarem em quem vou votar nas eleições do ano que vem, não tenho o menor vislumbre de uma resposta. Ficou um oco onde antes existia a tal esperança. E aí me lembrei daquele livrinho lido há mais de vinte anos, que termina assim: "As criaturas de fora olhavam de um porco para um homem, de um homem para um porco e de um porco para um homem outra vez; mas já se tornara impossível distinguir quem era homem, quem era porco"...
quinta-feira, setembro 22, 2005
A gente é o que come?
Sempre falaram que a gente é o que come (ouvi esta frase principalmente de alguns vegetarianos). Ultimamente, tenho acompanhado uma série de programas feito pelo chef inglês Jamie Oliver sobre a qualidade nutricional das merendas escolares inglesas.
Muita pizza, batata-frita e gordura saturada. Crianças que desde cedo aprendem a não provar novos sabores e que chamam de cebola um maço de aspargos. Pais relapsos que para poupar tempo, usam e abusam de comidas industrializadas e pré-prontas (diga-se macarrão instantâneo e pizza).
No programa, o chef inglês recebe como desafio mudar o cardápio da merenda de uma escola tendo um parco orçamento. O engraçado é ver que legumes e verduras custam muita mais do que um pacote de biscoitos recheados. Acho que por isso que os mais obesos são os mais pobres.
Num outro exercício, ele pede para crianças identificarem frutas e legumes. Os resultados são desanimadores. Ninguém sabe o que é um morango ou uma cebola (se ainda fosse para diferenciar uma chicória de uma rúcula, tudo bem... nem eu sei diferenciar muito bem as duas). Mas ao mostrar o logotipo de redes de fast-food, as crianças respondem corretamente em uníssono. Lembra muito o que foi explorado por Morgan Spurlock em Supersize me (documentário fantástico).
Tendo visto esta e outras, resolvi fazer uma pequena experiência... vou adotar uma dieta restrita. Se somos aquilo que comemos, será que se eu mudar minha alimentação vou sentir alguma diferença?
Vamos ver...
segunda-feira, setembro 12, 2005
"Algumas pessoas tem problemas. Outras tem dez dedos, duas mãos e um taco de basebol. Algumas pessoas são vitimas, outras tem alvos. A maioria tem vontade, mas não tem disposição. Algumas pessoas querem prazer mas não sabem em que posição. Ando me sentindo fora do mundo.As vezes eu acho que não me encaixo. Não tenho muita coisa. Mas tenho vontade, disposição, alguns problemas, um taco de basebol, um alvo, acho que estou na posição correta e acredito que estourar sua cabeça vai me dar um prazer da porra."
Interessante como este texto chegou a mim... o original está publicado num outro blog chamado Pirata Curupira mas achei-o no blog do meu amigo Fabrício (Quando isso virar um blog).
Gosto desta coisa meio niilista que é destilada em alguns textos. Gosto de ver o inconformismo e a vontade de reagir contra uma rotina esmagadora. Às vezes, estes roteiros cotidianos de tédio para tédio me incomodam profundamente.
Talvez seja por isso que eu tente buscar, quase sempre desesperadamente, alguma coisa nova. Viver a vida num modo de descobertas diárias. Procuro fazer isso... seja conhecendo pessoas novas, seja aprendendo algo que jamais imaginei fazer, seja conhecendo lugares novos (mesmo que depois se mostrem um lixo mas pelo menos, experimentei e posso dizer que não gostei ao invés de confiar no que as críticas dizem).
Interessante como este texto chegou a mim... o original está publicado num outro blog chamado Pirata Curupira mas achei-o no blog do meu amigo Fabrício (Quando isso virar um blog).
Gosto desta coisa meio niilista que é destilada em alguns textos. Gosto de ver o inconformismo e a vontade de reagir contra uma rotina esmagadora. Às vezes, estes roteiros cotidianos de tédio para tédio me incomodam profundamente.
Talvez seja por isso que eu tente buscar, quase sempre desesperadamente, alguma coisa nova. Viver a vida num modo de descobertas diárias. Procuro fazer isso... seja conhecendo pessoas novas, seja aprendendo algo que jamais imaginei fazer, seja conhecendo lugares novos (mesmo que depois se mostrem um lixo mas pelo menos, experimentei e posso dizer que não gostei ao invés de confiar no que as críticas dizem).
quarta-feira, setembro 07, 2005
As únicas respostas interessantes são aquelas que destroem as perguntas.
A frase acima é da ensaísta Susan Sontag. Quem mandou para mim foi a minha amiga Káhtia num e-mail pré-feriado... como se desejasse a todos que pegassem este feriado no meio da semana para pensar um pouquinho mais.
Ultimamente tenho me arriscado a fazer várias coisas novas e inusitadas. Novas porque nunca tinha feito antes. Inusitadas porque jamais pensei que as faria.
Comecei a praticar tae-kwon-do. Sim, isso é surpreendente. Para quem me conhece, sabe que nunca fui adepto de esportes de luta. Mas fui atraído pelo Guacymar (que também está fazendo) que disse que iríamos apenas aprender as formas.
Comecei e estou adorando. Ok, ok. Não devo ser um dos melhores alunos nem devo fazer tudo corretamente. Mas quer saber? Estou adorando descobrir este meu lado meio descoordenado. Tae-kwon-do tem muito a ver com sincronização de movimentos. E no dia-a-dia a gente não pensa muito neles. O momento de inspirar associado com um movimento de braço e de perna. O momento de expirar associado com outros movimentos.
Vejo os outros faixas-brancas (são todos adolescentes) e vejo o como está sendo difícil coordenar meus movimentos. Sei que aos poucos vou melhorar...
No sábado, fui almoçar no Café Y Cia. Aliás, quem estiver em Santos, não deve perder o almoço lá... provei um prato de camarôes em cama de alho-poró acompanhado de arroz branco com pimenta-rosa divino. O Guacymar pediu um atum vermelho com crosta de gergelim e arroz de açafrão.
Depois de todo este deleite gastronômico, voltamos para casa. No caminho, vimos uma faixa oferecendo curso de hebraico. Arriscamos a entrar e, quando vi já estava matriculado no curso.
Sim, comecei um curso de hebraico... ou melhor, começamos... porque o Guacymar também se matriculou. Na primeira aula, já tivemos o alfabeto. Achei interessante. Não é difícil. Basta memorizar as letras e voilà, já estava até conseguindo ler as palavras. Entender o que eu estava lendo é que está mais complicado.
Estou curtindo esta minha fase de descobertas. Espero que dure mais... para quem me conhece, sabe que não consigo ficar muito tempo sem buscar o novo. Seja um restaurante, seja um local...
Ultimamente tenho me arriscado a fazer várias coisas novas e inusitadas. Novas porque nunca tinha feito antes. Inusitadas porque jamais pensei que as faria.
Comecei a praticar tae-kwon-do. Sim, isso é surpreendente. Para quem me conhece, sabe que nunca fui adepto de esportes de luta. Mas fui atraído pelo Guacymar (que também está fazendo) que disse que iríamos apenas aprender as formas.
Comecei e estou adorando. Ok, ok. Não devo ser um dos melhores alunos nem devo fazer tudo corretamente. Mas quer saber? Estou adorando descobrir este meu lado meio descoordenado. Tae-kwon-do tem muito a ver com sincronização de movimentos. E no dia-a-dia a gente não pensa muito neles. O momento de inspirar associado com um movimento de braço e de perna. O momento de expirar associado com outros movimentos.
Vejo os outros faixas-brancas (são todos adolescentes) e vejo o como está sendo difícil coordenar meus movimentos. Sei que aos poucos vou melhorar...
No sábado, fui almoçar no Café Y Cia. Aliás, quem estiver em Santos, não deve perder o almoço lá... provei um prato de camarôes em cama de alho-poró acompanhado de arroz branco com pimenta-rosa divino. O Guacymar pediu um atum vermelho com crosta de gergelim e arroz de açafrão.
Depois de todo este deleite gastronômico, voltamos para casa. No caminho, vimos uma faixa oferecendo curso de hebraico. Arriscamos a entrar e, quando vi já estava matriculado no curso.
Sim, comecei um curso de hebraico... ou melhor, começamos... porque o Guacymar também se matriculou. Na primeira aula, já tivemos o alfabeto. Achei interessante. Não é difícil. Basta memorizar as letras e voilà, já estava até conseguindo ler as palavras. Entender o que eu estava lendo é que está mais complicado.
Estou curtindo esta minha fase de descobertas. Espero que dure mais... para quem me conhece, sabe que não consigo ficar muito tempo sem buscar o novo. Seja um restaurante, seja um local...
quinta-feira, setembro 01, 2005
Ser e ter & Flying spaghetti monsterism
Anteontem assisti o documentário Ser e ter aqui no cineminha da praia, em Santos. O documentário tratava sobre o cotidiano de crianças entre 4 e 12 anos numa escola francesa. Foi engraçado ver situações vividas pelas crianças nos papéis de alunos e relembrar muita coisa.
Ver cenas como a do menino aprendendo a ler e da discussão do professor com um outro aluno sobre compromisso e responsabilidade são interessantes. Ativadores de memória.
Como crianças são seres permeáveis... às vezes esqueço disso. E ver o professor lidando com as crianças e moldando não apenas uma formação escolar mas também um caráter dá uma sensação de como devemos valorizar a importância do educador.
E já que começamos falando em escola e valores ensinados, lembrei de uma discussão recente que acontece nos EUA.
Recentemente, o Estado do Kansas (sim, aquele lugar de onde veio o atual presidente americano George W. Bush) aprovou que as escolas destinassem tempo igual para o ensino da teoria da evolução (Charles Darwin, Lamarck e correlatos) e do design inteligente (confesso que nunca tinha ouvido falar deste termo... e acho que houve uma criatividade inacreditável para dar um novo nome para criacionismo).
Por conta disso, foi lançado um manifesto irônico por Bobby Henderson, criando uma religião-paródia: o Flying spaghetti monsterism.
Numa carta aberta, o pastor Bobby Henderson pede também que seja dedicado tempo igual para se tratar do flying spaghetti monsterism nas salas de aula. Fantástico, não é?
Estou quase para me tornar um pastafári (denominação para os seguidores da nova religião). Veja só algumas das crenças:
* O unvierso foi criado por um invisível e indetectável Monstro Spaghetti Voador. E todas as evidências sobre uma possível evolução foram intencionalmente feitas por este ser.
* O aquecimento global, terremotos, furacões e outros desastres naturais são consequências diretas do declínio do número de pirates desde 1800. Foi elaborado inclusive um gráfico que mostra a correlação inversa entre os números de piratas e as temperaturas globais.
É claro que tudo é uma grande brincadeira para satirizar com as posturas destes defensores do "design inteligente" e, principalmente esta crença relacionando os piratas com o aquecimento global ressalta uma grande falácia lógica.
Para saber mais sobre o FSM (Flying Spaghetti Monsterism) é só acessar o site http://www.venganza.org/index.htm
terça-feira, agosto 30, 2005
Laços de família
Depois de 2 anos e meio no Japão, minha irmã resolveu voltar para terra Brasilis. Nem preciso dizer que a mais ansiosa neste retorno era minha mãe. No aeroporto, ela não conseguia ficar calma, a cada pessoa que aparecia na saída com uma mal um pouco maior, ela já conferia.
Sim, minha irmã voltou e, fica agora aquela sensação da família estar completa novamente. A proximidade, queira ou não, afeta muita coisa nestas sensações. Ela voltou com uma cara cansada (muito provável por conta do jetlag) e abraçou a todos com lágrimas nos olhos. Lágrimas de felicidade. Tão raras ultimamente...
Em casa, uma grande feijoada e muita couve. Minha irmã disse que estava morrendo de vontade de comer uma feijoada caseira porque só comia aquelas enlatadas e, verduras também... porque lá no Japão frutas e verduras são caríssimos. E é claro que minha mãe (mãe tem sempre este espírito solidário com os filhos) fez uma feijoada.
Muitas novidades, muitos vídeos e fotografias, muitas histórias. Mas o melhor de tudo foi poder olhar para o lado e ver que ela estava de volta, que estava mais acessível ao nosso olhar e aos nossos abraços.
Sim, minha irmã voltou e, fica agora aquela sensação da família estar completa novamente. A proximidade, queira ou não, afeta muita coisa nestas sensações. Ela voltou com uma cara cansada (muito provável por conta do jetlag) e abraçou a todos com lágrimas nos olhos. Lágrimas de felicidade. Tão raras ultimamente...
Em casa, uma grande feijoada e muita couve. Minha irmã disse que estava morrendo de vontade de comer uma feijoada caseira porque só comia aquelas enlatadas e, verduras também... porque lá no Japão frutas e verduras são caríssimos. E é claro que minha mãe (mãe tem sempre este espírito solidário com os filhos) fez uma feijoada.
Muitas novidades, muitos vídeos e fotografias, muitas histórias. Mas o melhor de tudo foi poder olhar para o lado e ver que ela estava de volta, que estava mais acessível ao nosso olhar e aos nossos abraços.
terça-feira, agosto 23, 2005
Get confused
O título é referência a uma música do Fischerspooner que estou ouvindo agora...
Mais filmes
Assisti "Inconscientes", filme espanhol que tem uma trama meio policial-detetivesca e toques cômicos e a psiquiatria (e as recém-lançadas idéias de Freud) como pano de fundo. Gostei bastante... dei boas risadas ao lado da Káhtia e do Maurício.
Neste último sábado, conferi finalmente o filme "Caiu do céu". O título original é mais conciso (Millions) e revela muito do filme. Adorei o filme. Uma verdadeira fábula sobre honestidade e necessidade. Danny Boyle trouxe uma mágica quase infantil para mim e para o Guacymar. Acho que ao lado de "A fantástica fábrica de chocolates" do Tim Burton, é um ótimo filme para se entrar neste clima de fábulas.
Mais lugares novos
Ainda no sábado fui conhecer a Douce France. Quer uma amostra do paraíso na terra em forma de doces? Vá então a Douce France. Eu pedi um doce divino: uma mousse de chocolate recheada com uma camada finíssima de pão-de-ló e umedecido por polpa de framboesa. E tudo isso numa leveza indecentemente convidativa.
Pena que seja meio caro... mas vale a pena aproveitar cada colherada levada a boca.
Na sexta tive um dia de tour de bar em bar... coisa que não fazia há muito tempo. Acho que só em Barcelona e em San Francisco tinha feito isso. Começamos (eu, Maurício, Yara, Cláudia) no Pequi. É uma pena que o local esteja tão decadente... dá até pena de ver como aquele lugar tão descolado tenha chegado neste ponto.
Depois para o Papparazzi em Perdizes. Um barzinho próximo da PUC, sem nada de especial... mas, um lugar para a gente parar e conversar. De lá para um botecão, daqueles bem sujões, para encontrar o pessoal da Geografia/PUC, colegas da Cláudia.
E de lá para a Vila Madalena no Carambar. Também nada de especial... só mesmo um ambiente para se sentar e conversar.
Bem-vindos aos novos conhecidos
Sim, nestas últimas semanas pude conhecer muita gente nova... gosto muito disso. Conhecer outras pessoas acrescenta sempre algo mais.
Conheci a Yara, figura fabulosa e divertida. Muito alto astral e ótimo papo. Uma daquelas pessoas que agradam qualquer conversa num bar. Companhia ótima para qualquer momento.
Cláudia, amiga da Yara, que agora já me agradou bastante. Um espírito livre e uma cabeça aberta para tudo. É uma daquelas pessoas que parece que conhece todo mundo e que todo mundo a conhece. Quem sabe talvez vc tenha cruzado com ela em algum lugar.
Fernando e Patrícia, amigos da Cláudia, figurinhas muito simpáticas mas que infelizmente não continuaram conosco naquela peregrinação de bar em bar. Tem uma festa de despedida do Fernando para acontecer... quem sabe aí a gente consegue conversar mais.
Mais filmes
Assisti "Inconscientes", filme espanhol que tem uma trama meio policial-detetivesca e toques cômicos e a psiquiatria (e as recém-lançadas idéias de Freud) como pano de fundo. Gostei bastante... dei boas risadas ao lado da Káhtia e do Maurício.
Neste último sábado, conferi finalmente o filme "Caiu do céu". O título original é mais conciso (Millions) e revela muito do filme. Adorei o filme. Uma verdadeira fábula sobre honestidade e necessidade. Danny Boyle trouxe uma mágica quase infantil para mim e para o Guacymar. Acho que ao lado de "A fantástica fábrica de chocolates" do Tim Burton, é um ótimo filme para se entrar neste clima de fábulas.
Mais lugares novos
Ainda no sábado fui conhecer a Douce France. Quer uma amostra do paraíso na terra em forma de doces? Vá então a Douce France. Eu pedi um doce divino: uma mousse de chocolate recheada com uma camada finíssima de pão-de-ló e umedecido por polpa de framboesa. E tudo isso numa leveza indecentemente convidativa.
Pena que seja meio caro... mas vale a pena aproveitar cada colherada levada a boca.
Na sexta tive um dia de tour de bar em bar... coisa que não fazia há muito tempo. Acho que só em Barcelona e em San Francisco tinha feito isso. Começamos (eu, Maurício, Yara, Cláudia) no Pequi. É uma pena que o local esteja tão decadente... dá até pena de ver como aquele lugar tão descolado tenha chegado neste ponto.
Depois para o Papparazzi em Perdizes. Um barzinho próximo da PUC, sem nada de especial... mas, um lugar para a gente parar e conversar. De lá para um botecão, daqueles bem sujões, para encontrar o pessoal da Geografia/PUC, colegas da Cláudia.
E de lá para a Vila Madalena no Carambar. Também nada de especial... só mesmo um ambiente para se sentar e conversar.
Bem-vindos aos novos conhecidos
Sim, nestas últimas semanas pude conhecer muita gente nova... gosto muito disso. Conhecer outras pessoas acrescenta sempre algo mais.
Conheci a Yara, figura fabulosa e divertida. Muito alto astral e ótimo papo. Uma daquelas pessoas que agradam qualquer conversa num bar. Companhia ótima para qualquer momento.
Cláudia, amiga da Yara, que agora já me agradou bastante. Um espírito livre e uma cabeça aberta para tudo. É uma daquelas pessoas que parece que conhece todo mundo e que todo mundo a conhece. Quem sabe talvez vc tenha cruzado com ela em algum lugar.
Fernando e Patrícia, amigos da Cláudia, figurinhas muito simpáticas mas que infelizmente não continuaram conosco naquela peregrinação de bar em bar. Tem uma festa de despedida do Fernando para acontecer... quem sabe aí a gente consegue conversar mais.
quarta-feira, agosto 17, 2005
Eu quero sempre mais...
Sei lá o porquê mas estou com uma música na cabeça... aquela música do Ira! que diz "eu quero sempre mais de ti".
Há muita coisa para se contar... lugares novos que conheci, pessoas que conheci, filmes que assisti, coisas novas que comecei.
* Filmes
Assisti "Viagem do coração" no cineminha da praia em Santos. Na verdade, estava meio receoso de assistir este filme porque já não aguento mais ver filmes que tem a II Guerra como um dos temas. Já cansei de ver os judeus sofrerem nas telas (e fazerem uma verdadeira política de apartheid com os palestinos no estado de Israel). Já cansei de ver soldados americanos ou britânicos ou franceses ou alemães ou russos marchando e se metralhando. Mas... graças a insistência do Guacymar, fui assistir este filme e tive uma grata surpresa. A II Guerra é apenas pano de fundo. A trama se concentra muito nos encontros e desencontros de um aspirante a escritor francês entre toda a confusão que toma Paris no pré-invasão pelos nazistas. A Isabelle Adjani continua com aquela cara de eterna pasmada. O Gerárd Depardieu está muito bem. Um filme leve para se assistir numa tarde tediosa.
Vi também Água negra. Neste contei com a companhia do Guacymar e da Zilda. Eu achei que o filme no geral, é bom. Não chega a ser empolgante nem excepcional. Apenas bom. Os atores estão bem (e que elenco... Jennifer Connely, Pete Postleweight, John C. Reilly) e a história lembra muito das temáticas de filmes de terror japonês (espíritos dos mortos que ficam assombrando os vivos). O início do filme é muito bom. O final fica apressado demais, e cai numa conclusão risível. Vá apenas se não tiver nada melhor para assistir ou espere sair no DVD.
* Lugares novos
Em Santos conheci uma pizzaria com ar muito família, lembrava muito o clima daquela pizzaria Margherita em São Paulo. Mas, melhor não se deixar levar por esta impressão e experimentar. A pizza vale muuuuito a pena! Na pizzaria Van Gogh, pode-se comer uma pizza muito boa. E não dispense os couverts...
Subindo a serra, pude contar com a companhia ilustre de Maurício, Káhtia e Yara para conhecer o bar Exquisito! Um bar na região da Consolação que conta com comidinhas variadas, algumas típicas do interior (como o bolinho de milho com recheio de carne) e outras de origem latina (tacos, ceviches). Um bar com cara de Vila Madalena mas muito próximo dos Jardins.
Ainda na mesma noite, fui para o La Villete na praça Villaboim. Sempre passei em frente deste lugar mas nunca tinha entrado. Desta vez, agora em companhia somente da Yara e do Maurício, fui conferir. Um local simpático para se jogar conversa fora num finzinho de madrugada de domingo.
Domingo, agora, já em companhia do Cláudio, fui conhecer o café Pop's Bagel & Coffee. Os donos do lugar são os mesmos donos do B&B Burger e Bistrot (que fica em frente ao prédio em que eu morava na Bela Cintra). Um lugar muuuito legal. Com ar meio kitsch, meio Vila Madalena. Pequeno, com poucas mesas... deve encher muito. Lá pedi um milk-shake de goiaba que estava simplesmente divino. E uma régua para comer bagels. O que é uma régua? Régua é o nome que eles dão para uma bandeja que comporta potinhos de acompanhamento para o bagel (mel, cream-cheese, foie-gras, chutney, manteiga).
Depois continuo falando sobre pessoas novas que conheci e sobre as exposições que vi em Sampa.
Há muita coisa para se contar... lugares novos que conheci, pessoas que conheci, filmes que assisti, coisas novas que comecei.
* Filmes
Assisti "Viagem do coração" no cineminha da praia em Santos. Na verdade, estava meio receoso de assistir este filme porque já não aguento mais ver filmes que tem a II Guerra como um dos temas. Já cansei de ver os judeus sofrerem nas telas (e fazerem uma verdadeira política de apartheid com os palestinos no estado de Israel). Já cansei de ver soldados americanos ou britânicos ou franceses ou alemães ou russos marchando e se metralhando. Mas... graças a insistência do Guacymar, fui assistir este filme e tive uma grata surpresa. A II Guerra é apenas pano de fundo. A trama se concentra muito nos encontros e desencontros de um aspirante a escritor francês entre toda a confusão que toma Paris no pré-invasão pelos nazistas. A Isabelle Adjani continua com aquela cara de eterna pasmada. O Gerárd Depardieu está muito bem. Um filme leve para se assistir numa tarde tediosa.
Vi também Água negra. Neste contei com a companhia do Guacymar e da Zilda. Eu achei que o filme no geral, é bom. Não chega a ser empolgante nem excepcional. Apenas bom. Os atores estão bem (e que elenco... Jennifer Connely, Pete Postleweight, John C. Reilly) e a história lembra muito das temáticas de filmes de terror japonês (espíritos dos mortos que ficam assombrando os vivos). O início do filme é muito bom. O final fica apressado demais, e cai numa conclusão risível. Vá apenas se não tiver nada melhor para assistir ou espere sair no DVD.
* Lugares novos
Em Santos conheci uma pizzaria com ar muito família, lembrava muito o clima daquela pizzaria Margherita em São Paulo. Mas, melhor não se deixar levar por esta impressão e experimentar. A pizza vale muuuuito a pena! Na pizzaria Van Gogh, pode-se comer uma pizza muito boa. E não dispense os couverts...
Subindo a serra, pude contar com a companhia ilustre de Maurício, Káhtia e Yara para conhecer o bar Exquisito! Um bar na região da Consolação que conta com comidinhas variadas, algumas típicas do interior (como o bolinho de milho com recheio de carne) e outras de origem latina (tacos, ceviches). Um bar com cara de Vila Madalena mas muito próximo dos Jardins.
Ainda na mesma noite, fui para o La Villete na praça Villaboim. Sempre passei em frente deste lugar mas nunca tinha entrado. Desta vez, agora em companhia somente da Yara e do Maurício, fui conferir. Um local simpático para se jogar conversa fora num finzinho de madrugada de domingo.
Domingo, agora, já em companhia do Cláudio, fui conhecer o café Pop's Bagel & Coffee. Os donos do lugar são os mesmos donos do B&B Burger e Bistrot (que fica em frente ao prédio em que eu morava na Bela Cintra). Um lugar muuuito legal. Com ar meio kitsch, meio Vila Madalena. Pequeno, com poucas mesas... deve encher muito. Lá pedi um milk-shake de goiaba que estava simplesmente divino. E uma régua para comer bagels. O que é uma régua? Régua é o nome que eles dão para uma bandeja que comporta potinhos de acompanhamento para o bagel (mel, cream-cheese, foie-gras, chutney, manteiga).
Depois continuo falando sobre pessoas novas que conheci e sobre as exposições que vi em Sampa.
quarta-feira, agosto 10, 2005
Partido alto
Ontem fui assistir a uma apresentação do Ballet Stagium: Stagium dança Chico Buarque. Só posso dizer que não entendo nada de dança moderna (talvez por também nunca ter visto muitas apresentações de balé clássico).
Sou meio neófito nesta questão de dança. Na verdade, comecei influenciado pelo meu amigo André Gabriel. E vi pouca coisa: Balé da Cidade de São Paulo, Cisne Negro, Grupo Quasar, Din a 13 Tanzcompany e agora, Ballet Stagium.
Dança é algo estranho para mim. Parece ser uma forma de expressão que transita e se comunica com várias outras. Nunca sei o que é dança e o que é teatro. Até onde vai a dança e onde começa o teatro? Talvez seja uma questão tola mas é o que ficou de dúvida para mim.
A seleção musical foi ótima. Chico Buarque é um letrista insuperável... melhor que Caetano e que Gil e que qualquer outro. Opinião minha, é claro.
O espetáculo foi o melhor videoclipe que uma música pode ter. Partido alto, uma versão em espanhol de Valsinha, um pas-de-deux ao som de Beatriz, uma ciranda em Roda-viva... Curti bastante.
.......................
Ah... e agora algumas dicas:
* Para quem quiser ficar na moda e mostrar a indignação a respeito de todo o lamaçal exposto diarimente em Brasília, a rede Yázigi está lançando uma campanha intitulada NO CORRUPTION. Uma pulseirinha branca de silicone com os dizeres gravados está a venda nas escolas da rede.
* E para quem quer participar de algum jeito, surgiu uma proposta bem interessante. Uma caminhada virtual anti-corrupção de São Paulo até Brasília. São 1.012 km e cada pessoa que se registra garante 2 m na caminhada. Interessante, não é? Basta um clique. O endereço é www.e-indignacao.com.br
Sou meio neófito nesta questão de dança. Na verdade, comecei influenciado pelo meu amigo André Gabriel. E vi pouca coisa: Balé da Cidade de São Paulo, Cisne Negro, Grupo Quasar, Din a 13 Tanzcompany e agora, Ballet Stagium.
Dança é algo estranho para mim. Parece ser uma forma de expressão que transita e se comunica com várias outras. Nunca sei o que é dança e o que é teatro. Até onde vai a dança e onde começa o teatro? Talvez seja uma questão tola mas é o que ficou de dúvida para mim.
A seleção musical foi ótima. Chico Buarque é um letrista insuperável... melhor que Caetano e que Gil e que qualquer outro. Opinião minha, é claro.
O espetáculo foi o melhor videoclipe que uma música pode ter. Partido alto, uma versão em espanhol de Valsinha, um pas-de-deux ao som de Beatriz, uma ciranda em Roda-viva... Curti bastante.
.......................
Ah... e agora algumas dicas:
* Para quem quiser ficar na moda e mostrar a indignação a respeito de todo o lamaçal exposto diarimente em Brasília, a rede Yázigi está lançando uma campanha intitulada NO CORRUPTION. Uma pulseirinha branca de silicone com os dizeres gravados está a venda nas escolas da rede.
* E para quem quer participar de algum jeito, surgiu uma proposta bem interessante. Uma caminhada virtual anti-corrupção de São Paulo até Brasília. São 1.012 km e cada pessoa que se registra garante 2 m na caminhada. Interessante, não é? Basta um clique. O endereço é www.e-indignacao.com.br
quinta-feira, agosto 04, 2005
Oompa-loompas
Estou aproveitando bem meu tempo livre... já finalizei a leitura de Freaknomics, livro com conclusões polêmicas e saborosas do economista Steven Levitt. Estou bem adiantado na leitura (já foi mais da metade) de Deuses americanos, do incensado Neil Gaiman.
E ontem fui conferir A fantástica fábrica de chocolate de Tim Burton. Confesso: nunca assisti a primeira versão (sim, sim... podem falar que passava o tempo todo na Sessão da Tarde ou que é um clássico da infância de todos nós).
Eu não assisti a primeira Fábrica de chocolates. Talvez possa até criar uma comunidade no Orkut sobre isso. Risos.
Lembro da Patrícia falando dos Oompa-loompas e, juro, fiquei muito incentivado pelo discurso dela a assistir o filme. Pelos comentários parecia ser algo lisérgico.
E realmente é... O filme é uma verdadeira fábula, beirando um pouco o bizarro, que fala sobre a importância da humildade e da família.
Uma fábula bem ao estilo Tim Burton (que já nos brindou com várias outras: Peixe grande e Edward mãos-de-tesoura, por exemplo), cheio de cores e com uma certa perversidade escondida sob todos os sorrisos.
Vá, confira e divirta-se.
E ontem fui conferir A fantástica fábrica de chocolate de Tim Burton. Confesso: nunca assisti a primeira versão (sim, sim... podem falar que passava o tempo todo na Sessão da Tarde ou que é um clássico da infância de todos nós).
Eu não assisti a primeira Fábrica de chocolates. Talvez possa até criar uma comunidade no Orkut sobre isso. Risos.
Lembro da Patrícia falando dos Oompa-loompas e, juro, fiquei muito incentivado pelo discurso dela a assistir o filme. Pelos comentários parecia ser algo lisérgico.
E realmente é... O filme é uma verdadeira fábula, beirando um pouco o bizarro, que fala sobre a importância da humildade e da família.
Uma fábula bem ao estilo Tim Burton (que já nos brindou com várias outras: Peixe grande e Edward mãos-de-tesoura, por exemplo), cheio de cores e com uma certa perversidade escondida sob todos os sorrisos.
Vá, confira e divirta-se.
domingo, julho 31, 2005
Sin City
Estou simplesmente deslumbrado com a experiência visual que tive hoje. Sin City, o tão aguardado filme baseado nos quadrinhos de Frank Miller, vale cada centavo gasto.
Acho que a última vez que um filme me deslumbrou visualmente foi quando assisti Herói do Zhang Yimou. Sin City superou minhas expectativas e traz para o cinema referências estéticas dos quadrinhos de forma quase experimental e primorosa.
Um filme rodado em preto e branco com pinceladas coloridas para destacar alguns atributos. No elenco, além das beldades com curvas generosas, homens soturnos e com um quê de filmes noir.
Mickey Rourke encarna um matador solitário, Bruce Willis é um policial honesto no meio de uma cidade envolvida em corrupção, Clive Owen é um anti-herói protegendo pessoas que parecem não precisar da sua proteção.
O elenco de personagens bizarras (um pedófilo, um bispo e seu pupilo que aderem ao canibalismo) e da violência esteticamente coreografada remete muito a Tarantino (mais ainda depois de se ver uma prostituta de origem japonesa usando espadas a la Kill Bill).
Violência chocando as retinas do expectador (não espere tanta profundidade psicológica na exploração de dramas pessoais... a linguagem aqui é de videoclipe).
Sente na cadeira e curta o espetáculo.
Acho que a última vez que um filme me deslumbrou visualmente foi quando assisti Herói do Zhang Yimou. Sin City superou minhas expectativas e traz para o cinema referências estéticas dos quadrinhos de forma quase experimental e primorosa.
Um filme rodado em preto e branco com pinceladas coloridas para destacar alguns atributos. No elenco, além das beldades com curvas generosas, homens soturnos e com um quê de filmes noir.
Mickey Rourke encarna um matador solitário, Bruce Willis é um policial honesto no meio de uma cidade envolvida em corrupção, Clive Owen é um anti-herói protegendo pessoas que parecem não precisar da sua proteção.
O elenco de personagens bizarras (um pedófilo, um bispo e seu pupilo que aderem ao canibalismo) e da violência esteticamente coreografada remete muito a Tarantino (mais ainda depois de se ver uma prostituta de origem japonesa usando espadas a la Kill Bill).
Violência chocando as retinas do expectador (não espere tanta profundidade psicológica na exploração de dramas pessoais... a linguagem aqui é de videoclipe).
Sente na cadeira e curta o espetáculo.
sexta-feira, julho 29, 2005
Egolatria na internet
Navegando pela internet, sempre visito alguns sites: Os malvados, A língua, Patuca, Kibeloco e Quando isso virar um blog.
E visitando o quandoisso, vi um post muito interessante do Fabrício mostrando um site que facilita todo o processo de egolatria. Quer entender o que é que estou querendo dizer? Talvez seja mais fácil clicar e ver...
Vá no Logogle e veja o seu nome (ou aquilo que você digitar) virar a logomarca no estilo Google.
Engraçado, não é? Agora o seu nome pode virar referência em buscador... risos.
Mudando um pouco de assunto. Comecei a ler recentemente o livro Freaknomics e já pude ver muita coisa interessante.
A proposta do Steven Levitt, um dos autores do livro, é mostrar como o mundo realmente age. Não sabia que a economia se ocupava dos assuntos que ele trata no livro (trapaças, por exemplo) mas pela conceituação dele "a moralidade diz como a sociedade deveria ser, a economia mostra como a sociedade realmente age".
Vale a pena... Dizem que os números não mentem. Tudo depende mesmo de uma interpretação. Acho que o último exercício em torno de números e sociedade que me lembro foi feito naquele livro "A curva do sino", que procurava mostrar que negros são menos inteligentes que brancos.
Uma conclusão errônea baseada em números. Ou seja, nem sempre os números falam a verdade. Os números por si só podem ser usados para apoiar uma ou outra hipótese. Números são corretos e são imparciais. As conclusões é que podem ser erradas.
Em Freaknomics, Steve Levitt mostra através de dados coletados como age a sociedade. Ele mostra sobre as trapaças feitas por professores de Chicago por conta do "provão" e dá uma aula sobre incentivos. Detalha o caso da importância da informação na concretização de vários negócios e faz um paralelo com o desmantelamento da Ku Klux Klan na região norte dos EUA. E desmistifica a idéia de que o tráfico de drogas traz muito dinheiro para os traficantes.
Uma leitura empolgante, fácil e perfeita para um eterno curioso como eu.
E visitando o quandoisso, vi um post muito interessante do Fabrício mostrando um site que facilita todo o processo de egolatria. Quer entender o que é que estou querendo dizer? Talvez seja mais fácil clicar e ver...
Vá no Logogle e veja o seu nome (ou aquilo que você digitar) virar a logomarca no estilo Google.
Engraçado, não é? Agora o seu nome pode virar referência em buscador... risos.
Mudando um pouco de assunto. Comecei a ler recentemente o livro Freaknomics e já pude ver muita coisa interessante.
A proposta do Steven Levitt, um dos autores do livro, é mostrar como o mundo realmente age. Não sabia que a economia se ocupava dos assuntos que ele trata no livro (trapaças, por exemplo) mas pela conceituação dele "a moralidade diz como a sociedade deveria ser, a economia mostra como a sociedade realmente age".
Vale a pena... Dizem que os números não mentem. Tudo depende mesmo de uma interpretação. Acho que o último exercício em torno de números e sociedade que me lembro foi feito naquele livro "A curva do sino", que procurava mostrar que negros são menos inteligentes que brancos.
Uma conclusão errônea baseada em números. Ou seja, nem sempre os números falam a verdade. Os números por si só podem ser usados para apoiar uma ou outra hipótese. Números são corretos e são imparciais. As conclusões é que podem ser erradas.
Em Freaknomics, Steve Levitt mostra através de dados coletados como age a sociedade. Ele mostra sobre as trapaças feitas por professores de Chicago por conta do "provão" e dá uma aula sobre incentivos. Detalha o caso da importância da informação na concretização de vários negócios e faz um paralelo com o desmantelamento da Ku Klux Klan na região norte dos EUA. E desmistifica a idéia de que o tráfico de drogas traz muito dinheiro para os traficantes.
Uma leitura empolgante, fácil e perfeita para um eterno curioso como eu.
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