domingo, outubro 30, 2005

Um dia sem mexicanos

Ontem foi um dia chuvoso, um dia perfeito para se ficar em casa ao lado de uma xícara de chá quente. Mas, bateu aquela vontade de fazer-alguma-coisa-não-importando-o-tempo, e fui para o cineminha da praia.

Lá, o filme em cartaz era "Um dia sem mexicanos". Já tinha visto o cartaz dele quando tinha ido assistir "Um filme falado" com a Zilda, a Káhtia e o Maurício. E depois li uma sinopse.

O argumento central do filme era focado nas conseqüências e desdobramentos de um repentino desaparecimento de todos os mexicanos (denominação genérica para "latinos") na Califórnia.

A idéia é engraçada e alguns dados lançados no filme são esclarecedores. O que se vê é que uma boa parte da força de trabalho, principalmente daqueles trabalhos menosprezados pelos "brancos" americanos desparece. E uma boa parte da força que move a economia californiana de repente desaparece e a economia pára.

E é só na ausência dos "mexicanos", destas pessoas que os "brancos" querem colocar na invisibilidade social, que há uma real apreciação de seu valor. É só na ausência que se sente o quanto se precisa ou se necessita de alguém. Segue-se então uma lição de tolerância e aceitação dada pelo filme.

Infelizmente, há um outro lado... o filme é arrastado e mais longo do que deveria. A idéia central acaba sendo estendida por meio de desdobramentos de pequenos dramas de algumas personagens. Perde-se aqui a força da idéia ao se fazer esta diluição.

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