Assisti "Os irmãos Grimm" de Terry Gillian. Nas primeiras cenas, fiquei pensando que veria algo semelhante a "As aventuras do Barão de Munchausen". O cenário medieval mas com toques sombrios já remetia a isso.
Confesso que fui assistir sem grandes expectativas. E saí da sala maravilhado com o filme. Posso até dizer, entusiasmado e ansioso para chegar logo em DVD para poder tê-lo na minha coleção.
Ao contrário do que se pode pensar, "Os irmãos Grimm" não é um filme para crianças. Há uma boa dose de violência implícita e explícita (torturas, corpos dilacerados) mas sem caminhar pelo sanguinolento.
O toque "conto de fada" fica por conta das referências diretas (Chapeuzinho vermelho, Lobo Mau, o espelho da madrasta da Branca de Neve, os cabelos longos e a torre de Rapunzel, o sapatinho de cristal de Cinderella...) e no cenário da floresta encantada.
De resto, o filme é uma história simples sobre dois irmãos (Matt Damon e Heath Leger) que não poderiam ser tão opostos um ao outro. Will Grimm é o toque de realidade, a pessoa preocupada em conseguir dinheiro para comer. Jacob Grimm é o sonhador, aquele que acredita na realidade onírica e sombria dos contos de fada.
Mas o que se vê no filme é que a realidade dos contos de fada pode ser mais sombria do que propriamente feliz. Nisso, Terry Gillian mostra-se um grande contador de histórias, um fabulista para adultos e nisso, assemelha-se bastante a Tim Burton (que já nos trouxe vários contos adultos: "Peixe grande" e o mais recente "A fantástica fábrica de chocolates").
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