segunda-feira, fevereiro 28, 2005

Que sono!!! Por que o Oscar tem que ser assim tão tarde e avançar tão adiante na madrugada? Enfim, mais um Oscar. Mais algumas surpresas. Mais um pouco do óbvio.

Nos meus palpites do post anterior, acabei acertando os Oscars para atores e atores coadjuvantes. Jamie Foxx, Hillary Swank, Morgan Freeman, Cate Blanchett.

A surpresa (pelo menos para mim) ficou com os Oscars de melhor filme, melhor diretor e melhor canção.

Para melhor filme, imaginei que os gostos fossem recair sobre O aviador mas, pelo visto prevaleceu a sensibilidade em Menina de ouro. E, o Martin Scorsese foi mais uma vez preterido. O prêmio de melhor diretor foi para Clint Eastwood, que apostou no visceral. Prêmios merecidos.

E pela primeira vez, uma canção em espanhol foi indicada. O produtor executivo do Oscar vetou a participação do autor (Jorge Drexler) para cantar. Queria colocar inicialmente o Enrique Iglesias acompanhado pelo Carlos Santana. Tudo pela audiência!!

Houve até uma carta-protesto assinada pelos artistas latinos. E o Gael-Garcia Bernal recusou-se a participar apresentando a execução de melhor canção. O impasse foi resolvido colocando-se o Antonio Banderas para cantar junto com o Carlos Santana (uma versão horrorosa, diga-se de passagem).

Mas, a surpresa maior foi quando anunciaram a melhor canção. E foi justamente para o uruguaio Jorge Drexler por El otro lado del rio. Nos agradecimentos, ele cantou a primeira parte da música... uma tapa com luvas de pelica.

Uma pergunta: será que Hollywood resolveu valorizar os atores negros? Nunca vi tantas indicações de negros. Morgan Freeman, que levou a estatueta de melhor ator coadjuvante; Sophie Okonedo, indicada para atriz coadjuvante; Jamie Foxx, duplamente indicado e que levou a de melhor ator; Don Cheadle, indicado para melhor ator.

A Beyoncé foi a responsável pela execução de quase todas as canções indicadas. Cantou com o Andrew Lloyd Weber, cantou com o Josh Groban e até em francês com um coro de meninos.

Pelo visto, black is beautiful. Again... ou será uma onda do politicamente correto?

domingo, fevereiro 27, 2005

Hoje é dia de Oscar!!!

Aliás, quem quiser concorrer a 1 ano de cinema na faixa, é só entrar no site do Cinemark e dar os palpites de quem vai levar a estatueta.

Não custa nada e ao menos, a gente pode ganhar alguma coisa.

Meus palpites? Vamos lá...

Melhor filme
Acredito que vá ganhar O aviador, tem um jeitão de épico, aborda uma figura que teve contato com a indústria do cinema e é uma produção caprichada. Mas, na minha opinião deveria ganhar Menina de ouro. O filme de Clint Eastwood consegue abordar um assunto clichê e dar uma nova perspectiva. Visceral.

Melhor diretor
Acho que esta vai para o Martin Scorsese. Afinal, depois de tantas esnobadas, talvez tenha chegado a hora dele. Não assisti ao filme do Mike Leigh mas, gosto dele como diretor. Dos que assisti, eu acho que Clint Eastwood é quem deveria levar...

Melhor ator
Tudo aponta para o Jamie Foxx. Como Ray Charles ele está realmente muito bem. Eu vou torcer pelo Johnny Deep. Gostei bastante da atuação dele como o escritor J.M.Barrow.

Melhor atriz
Aqui fica difícil. De todas as candidatas, só vi duas: Hillary Swank (Menina de ouro) e Kate Winslet (Briho eterno de uma mente sem lembranças). Eu gosto da Kate Winslet. Daria o Oscar para ela. Ela se sai muito bem nest filme. Mas, tudo aponta para a Hillary Swank.

Melhor ator coadjuvante
Só não vio Jamie Foxx em Colateral. Acho que vai ganhar Morgan Freeman (outro que também nunca ganhou nada). Talvez seja a hora dele.
Gostei bastante do Clive Owen em Closer. Vou torcer por ele.

Melhor atriz coadjuvante
Das que eu vi atuando, fico realmente em dúvida. Mas, a Natalie Portman merece. Quem assistiu o filme Closer, fica com a nítida impressão de que ela é quem é a atriz principal. Eclipsou a Julia Roberts (se bem que isso não é muito difícil).
Acredito que a Cate Blanchett vá levar esta.
Ontem recebi a visita do meu amigo Cláudio. Foi uma pena que ele e o Humberto não pudessem ficar mais tempo.

O Cláudio é uma destas gratas surpresas que tive com a Internet. De um início de troca de e-mails até uma amizade bem-fundamentada. É uma daquelas pessoas com quem não canso de ficar conversando...

Vê se volta mais vezes... mas aí, com mais tempo para a gente conversar e fazer mais coisas.
O texto que coloco hoje no blog, recebi pelo e-mail e versa sobre uma interpretação do Bhagavad-gitâ, um dos textos védicos.

O texto fala muito sobre a compreensão da natureza humana, fonte de amor e de dor. Leiam e depois comentem.

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KRISHNA E O FINAL DOS TEMPOS 

Nos textos védicos do Canto do Senhor,  "Bhagavad-gitâ", é narrado a disputa pelo reino, entre dois herdeiros de uma  mesma família: Arjuna, filho dos piedosos Pândavas e o outro, usurpador, Duryodhana, do ramo dos Kurus.
 
Os Kurus contavam com um  exército mais numeroso e com generais mais competentes e experientes. Os  Pândavas, liderados por Arjuna, contavam com um exército menor, liderados por  generais novos, que ainda não haviam sido testados nas lides guerreiras.  Entretanto, o que fazia a balança pender para os Pândavas, é que do seu lado  estava Krishna, que era o condutor da quadriga de Arjuna.
 
Krishna levou Arjuna em  cima de um morro para que este observasse os exércitos no campo de batalha de  Kuruksetra. Ao ver, nos exércitos de ambos os lados, todos os seus amigos, seus  pais, avós, instrutores, tios, sogros, irmãos, filhos e netos, prontos para  lutarem entre si, tomado de compaixão, Arjuna declarou:
 
"Não vejo como pode resultar  algo de bom se mato meus próprios parentes. Porque eu deveria matá-los, ainda  que sobreviva? Ó Krishna, como poderíamos ser felizes matando nossos próprios  consangüíneos? Govinda, eu não lutarei." __ Tendo assim falado, Arjuna pôs de  lado seu arco e sua flecha e sentou-se na quadriga, com a mente tomada pela  angústia.
 
Krishna respondeu: "Não se  entregue a essa impotência degradante. Ela não condiz com você. Largue tal  fraqueza mesquinha de coração e levante-se ! Você está se lamentando pelo que  não é digno de pesar. Aquele que é sábio não se lamenta, nem pelos vivos nem  pelos mortos. Aquele que tem conhecimento sabe que o Eu não mata nem é morto." 
 
 
INTERPRETAÇÃO
  
O campo de batalha de Kuruksetra representa a consciência do homem, onde está se travando a grande  luta para sua libertação.
 
Os experientes generais Kundus são os instintos animais: do instinto de auto-preservação, deriva a  cólera, a força bruta, o orgulho, a vaidade, o egoísmo, a inveja; do instinto  gregário, deriva o orgulho de raça, o fanatismo étnico-religioso; do instinto de  preservação da espécie, deriva o sexo degradado, a luxúria, a busca do prazer a  qualquer custo. Esses generais acompanharam o homem durante milênios, algumas  vezes protegendo-o, outras vezes confundindo-se com sua própria individualidade.  Não se deixarão vencer sem muita luta, lutarão bravamente e implacavelmente até  o último guerreiro.
 
Os inexperientes generais Pândavas são, na verdade, as ainda claudicantes virtudes do homem, recém  agregadas ao seu caráter e que ainda não foram colocados à provas mais acerbas.  São a humildade, a sinceridade, a fraternidade, o perdão, a misericórdia, o  desapego, o amor.
 
A luta estaria praticamente perdida para Arjuna, se ele não contasse com a ajuda do Senhor Krishna, que lhe infunde coragem e determinação para que ele enfrente e vença seus maiores e mais ferrenhos inimigos: seus próprios defeitos. É uma luta grandiosa e extremamente  difícil, pois está sendo travada silenciosamente e dolorosamente no coração e na  mente de cada homem.
 
Arjuna representa o homem que depois de milênios de civilização, está preparado para dar o último e definitivo passo para a sua libertação. Arjuna, na verdade, somos todos nós, que  nestes momentos tão importantes das nossas jornadas evolutivas, o Final dos Tempos, não podemos falhar na derradeira e decisiva batalha da nossa salvação.
Ontem foi um dia meio letárgico. Muito calor aqui em Santos... não gosto de dias quentes demais. E não vejo a hora do outono chegar. Acho que sou uma pessoa mais afeita às estações de transição: outono e primavera. Nada muito quente, nada muito frio.

Nem caminhar pela praia ajudou. O ar estava parado, sem brisas para refrescar. O jeito é se abrigar no refúgio de um ar-condicionado. Por conta disso, fui parar na Blockbuster e, para minha surpresa, estava acontecendo uma venda de títulos de DVDs a preços bem baratinhos (R$12,90).

Comprei 3 filmes: Depois da chuva, filme do Akira Kurosawa (se eu não me engano, o último que ele fez); Central do Brasil, digam o que disser, na minha opinião um dos melhores filmes brasileiros que assisti; e Cidade dos sonhos do David Lynch, porque um pouco de estranheza é necessário para tirar a gente do marasmo.

sexta-feira, fevereiro 25, 2005

Descendo para Santos. Que chuva é essa que caiu em Sampa? Ainda bem que eu já estava no metrô e depois dentro do ônibus para Santos.

Quando chego em Santos, tudo seco e com um calorzinho gostoso no ar. Vai entender São Pedro.

Ontem escutei o cd "Ray Charles - Genius loves company". Produção premiadíssima nesta última edição do Grammy. Nunca ouvi nada do Ray Charles e, foi interessante ver esta reunião dele com artistas como a Norah Jones, o Elton John e a Gladys Knight.

Um CD tranquilo e gostoso de se ouvir numa tarde ociosa ou no meio do trânsito de Sampa.

quinta-feira, fevereiro 24, 2005

Hoje foi aniversário do meu pai!!! 56 anos. Fui para Sampa, carregando nas mãos o bolo de aniversário. Um bolo crocante, totalmente diet e com menos gordura (segundo o que a atendente da Brunella disse).

No jantar que minha mãe fez, estávamos todos lá... Foi gratificante ver a cara do meu pai, todo contente em ver a família reunida. Faltou só a minha irmã (mas ela ligou na primeira hora do dia lá do Japão).

O bolo? Hmmm... já decidi que não sou muito afeito a bolos diets. Não gostei muito do bolo.

quarta-feira, fevereiro 23, 2005

O texto abaixo recebi num e-mail. Achei a idéia interessante. Lavoisier já dizia: nada se cria, tudo se transforma.
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O COLLANT VIROU BODY. O rouge virou blush. O pó-de-arroz virou pó-compacto. O brilho virou gloss. O rímel virou máscara incolor. A Lycra virou stretch. Anabela virou plataforma. O corpete virou porta-seios, que virou sutiã, que virou lib, que virou silicone.

A peruca virou aplique, interlace, megahair, alongamento. A escova virou chapinha. "Problemas de moça" viraram TPM. Confete virou MM. A crise de nervos virou stress. A chita virou viscose.

A purpurina virou gliter. A brilhantina virou mousse. Os halteres viraram bomba. A ergométrica virou spinning. A tanga virou fio dental. E o fio dental virou anti-séptico bucal.

Ping-Pong virou Babaloo. O a-la-carte virou self-service. A tristeza, depressão. O espaguete virou Miojo pronto. A paquera virou pegação. A gafieira virou dança de salão. O que era praça virou shopping. A areia virou ringue. A caneta virou teclado. O long play virou CD. A fita de vídeo é DVD. O CD já é MP3.

O album de fotos agora é mostrado por email. O namoro agora é virtual. A cantada virou torpedo. E do "não", não se tem medo. O break virou street. O samba, pagode. O carnaval de rua virou Sapucaí. O folclore brasileiro, Halloween. O piano agora é teclado, também o forró de sanfona ficou eletrônico.

Fortificante não é mais Biotônico. Bicicleta virou Byke. Polícia e ladrão virou counter strike. Folhetins são novelas de TV. Fauna e flora a desaparecer. Lobato virou Paulo Coelho. Caetano virou um chato. Chico sumiu da FM e TV. Baby se converteu. RPM desapareceu. Elis ressuscitou em Maria Rita?

Gal virou fênix. Raul e Renato, Cássia e Cazuza, Lennon e Elvis, todos anjos, agora só tocam lira...

A AIDS virou gripe. A bala antes encontrada agora é perdida. A violência está, coisa maldita!

A maconha é calmante. O professor é agora o facilitador. As lições já não importam mais. A guerra superou a paz. E a sociedade ficou incapaz...
... De tudo; inclusive de notar essas diferenças.

terça-feira, fevereiro 22, 2005

Preciso de mais tempo... tive noção disso nesta segunda-feira. Foram duas reuniões para trabalho (uma nos Jardins e outra na Vila Olímpia), um almoço com um amigo (o Luiz Prata), uma happy hour com outro amigo (o André Linn) e acabei dormindo no apartamento de outro amigo (o André Gabriel).

Gostaria de ter mais tempo para encontrar meus amigos. Fazia um tempão que eu não encontrava o André Linn (acho que desde o meu aniversário no ano passado). Ainda não conheci o apartamento dele e sós ei que fiquei muito contente por ter enfim conseguido encontrá-lo para conversarmos depois de tanto tempo.

O encontro com o André Gabriel foi mais insólito ainda. Ele é professor universitário e dá aulas a noite. Então, o único horário para conseguir encontrá-lo é depois do trabalho dele. E isso foi às 23h30. Ficamos conversando até as 2 da manhã. Fiquei cansado mas, com uma sensação gostosa de poder ter encontrado dois amigos que não via a muito tempo.

Há tanta gente com quem não encontro há muito tempo...

segunda-feira, fevereiro 21, 2005

Enfim, pude conferir Sideways, o último filme indicado ao Oscar de melhor filme que eu ainda não tinha visto.

Fui junto com a Zilda assistir no Cineclube Vitrine. Acho que de todos os filmes indicados, este é o que permite a maior identificação do público. As personagens não sáo milionários aventureiros nem escritores consagrados nem boxeadoras aspirantes ao sucesso. São pessoas comum, classe média, muitas vezes perdida em seus planos para o futuro (ou sem planos e perspectivas).

Atores não muito conhecidos, diálogos corretos e um final aberto. Adoro filmes que deixam o final em aberto. Dá tanta oportunidade para a gente pensar e devanear em cima do que aconteceu ou do que acontecerá. Eu acabo me sentindo mais participante, ao tentar formular a continuidade. Todos nós temos um lado contador de histórias para exercitar...

domingo, fevereiro 20, 2005

Wow!! Final de semana corrido... tão corrido que nem sentei diante do computador uma únic vez.

Sábado foi um dia estranho!!! Cheio de encontros e pessoas novas. Fazia muito tempo que não conhecia tanta gente assim.

O primeiro programa do dia foi uma sessão de Sobre café e cigarros, filme mais recente do diretor Jim Jarmush. Nunca fui fã de café, aliás, a cafeína é uma droga que ainda não me pegou. Foi divertido ver críticas bem-humoradas sobre café e cigarros.

O filme é uma grande colagem de uma sequência de curtas sobre o mesmo tema, com direito a elenco estrelado e diverso. O café e os cigarros se mostram como fio condutor de todos os episódios. Gostei bastante do filme, principalmente do aspecto visual. Filmes em preto e branco são tão chiques neste aspecto visual. Parece que há uma dramaticidade suspensa no ar.

Os episódios que mais gostei foram os que contaram com a Cate Blanchett (fazendo um papel duplo) e o que tinha o Bill Murray (surreal).
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Mas é claro que o sábado não tinha terminado ainda... depois de ver tantas cenas com café, meus companheiros foram se abastecer de cafeína. Eu, antes disso, resolvi dar uma paradinha na FNAC e por coincidência, encontrei a Mariana (sobrinha do Guacymar).

Fomos todos nós - eu, Mariana, Guacymar, Káhtia, Maurício, Patrícia e Ricardo (irmão da Patrícia, que eu tinha acabado de conhecer) - para o Santo Grão. Há ali uma degustação de café e o povo se esbaldou. Eu fiquei com o meu suco Singaporean (laranja, banana e mamão) acompanhando um mix de bolinhos (o de queijo com manjericão é excepcional).

Ficamos papeando e conversando. Numa destas conversas estranhas, chegamos no assunto da urinoterapia e até mesmo de uma mulher que fez uma fórmula para ser ignerida pelos homens para que o esperma fique com um gosto melhor (????). Nem perguntem para mim como estes assuntos surgiram... devia ser o efeito da cafeína nos meus companheiros de mesa. Hahahaha.

Rimos até altas horas. Mas quando achamos que estava acabando, surgiu uma proposta de comer uma pizza feita pelo recém-chegado Nisomar (acho que é assim que se escreve). E quem disse que não toparíamos...

Acabamos chegando na Speranza, pizzaria tradicional do Bixiga, e invadindo uma singela reunião familiar. E foi aí que conhecemos de uma vez só toda a família do Nisomar (pai, mãe e irmão).

sábado, fevereiro 19, 2005

Final de semana em Sampa. Confesso que sou um dependente desta energia cosmopolita da cidade. Difícil me desintoxicar da diversidade desta metrópole. Uma vez paulistano, sempre paulistano.

O Rio? Ah sim... o Rio é lindo mas, Sampa vibra muito mais. Combina mais com o meu jeito. Mal cheguei aqui e já me vi tragado por programas mil.

Conferi a cinebiografia de Lutero. Aliás, apenas ontem me atentei para o fato de que em inglês, Martinho Lutero é Martin Luther. O que me remeteu imediatamente a Martin Luther King e o fato dele ser pastor protestante.

O filme não empolga muito mas causa um certo choque ao ver uma reconstituição da época. Uma época que só me lembro de ter lido nos livros de história. Alexandre VI, venda de indulgências, Leão X e a construção da basílica de São Pedro.

O mais chocante foi realmente a venda de indulgências e, notar que isso persiste ainda nos dias de hoje quando nos deparamos com pastores evangélicos pedindo para os fiéis erguerem os carnês de recolhimento do dízimo quitados para serem abençoados.

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Agora estou ouvindo a trilha sonora de Alfie, o sedutor. Estou na terceira faixa e curtindo bastante... Mick Jagger e Dave Stewart (ex-Eurythimics) numa parceria feliz. A música "Old habits die hard" já está bem batida. Mas, agora toca "Blind leading the blind" e estou gostando do resultado. Depois escrevo mais a respeito...

sexta-feira, fevereiro 18, 2005

Ontem fui conferir "Menina de ouro" , novo filme dirigido pelo Clint Eastwood e também indicado para várias categorias para este Oscar 2005.

Ao ler a resenha do filme, imaginei um daqueles filmes bem clichês: pobre-menina-que-se-esforça-e-com-a-ajuda-de-um-treinador-durão-vence-na-vida. Talvez por esperar algo comum, o filme tenha acabado me surpreendido.

Million-dollar baby (não sei porque mas, prefiro o nome original) é também um filme que resvala neste grande clichê mas, há boas reviravoltas. é um filme de várias nuances e, merece ser visto.

Clint Eastwood está numa sequência de direção de filmes muito boa: "Os imperdoáveis" (que lhe rendeu um Oscar pela direção), "Sobre meninos e lobos" (que deu uma indicação) e agora, "Million dollar baby" (mais uma indicação). Vai ser um páreo duro para o Martin Scorsese. Ainda não assisti "Sideways" mas, por enquanto minha torcida no Oscar vai para o Clint Eastwood.

E a Hillary Swank também está muito bem. Depois do Oscar, ela encarnou papéis não expressivos. Esta foi uma boa volta por cima... um trabalho sensível e autêntico. Por enquanto, também torço por ela no Oscar de melhor atriz.

quinta-feira, fevereiro 17, 2005

Ontem recebi uma mensagem por e-mail, outra daquelas mensagens meio inspiradoras. Não sei o quanto da estória contada é verdadeira nem sei tampouco da autoria do texto. Mas, se isso que estiver escrito for verdade, os suecos tem uma atitude ivnejáel. Em tempos de fast-food, fast-living, é sempre bom ouvir o exemplo de alguém que tem uma atitude sábia de lidar com o tempo.

Enjoy!
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Trabalho, há quase 18 anos, na Volvo, uma empresa de origem sueca. Trabalhar com eles é uma convivência, no mínimo, interessante. Qualquer projeto ali demora dois anos para se concretizar, mesmo que a idéia seja brilhante e simples. É regra, e ponto.

Os processos globais (de nível internacional) causam em nós, aflitos por resultados imediatos (brasileiros, americanos, australianos, asiáticos), uma ansiedade generalizada, porém, nosso senso de urgência não surte qualquer efeito nos prazos definidos por eles.

Os suecos discutem, discutem, fazem "n" reuniões, ponderações... E trabalham num esquema bem do tipo "slow down."

O mais interessante é constatar que, no final, acaba sempre dando certo no tempo deles com a maturidade da tecnologia e da necessidade: muito pouco se perde ali...

Vejamos alguns dados:
1. A Suécia é do tamanho de São Paulo;
2. O país tem 2 milhões de habitantes;
3. Sua maior cidade, Estocolmo, tem 500.000 habitantes (compare com Curitiba, com 2 milhões);
4. Empresas de capital sueco: Volvo, Scania, Ericsson, Electrolux, ABB, Nokia, Nobel Biocare, etc... Querem mais? Aí vai: a Volvo é responsável pela fabricação dos motores propulsores dos foguetes da NASA.

Na primeira vez que fui à Suécia a serviço, nos anos 90, um dos colegas me pegava no hotel toda manhã. Era setembro, com frio leve e nevasca. Chegávamos cedo na empresa e ele estacionava o carro bem longe da porta de entrada (são 2000 funcionários com carro).

No primeiro dia eu não disse nada, no segundo, no terceiro... Depois, com um pouco mais de intimidade, numa manhã perguntei: "Vocês tem lugar demarcado para estacionar aqui? Notei que chegamos cedo, o estacionamento está sempre vazio e você deixa o carro lá no final..." e ele me respondeu, simples assim: "É que chegamos cedo, então temos tempo de caminhar. Quem chegar mais tarde já vai estar atrasado, melhor que fique mais perto da porta, você
não acha?"

Bem, imaginem minha cara naquela hora!... Mas foi ótimo pra que eu começasse, naquela hora, a rever alguns dos meus conceitos.

Há um grande movimento na Europa hoje, chamado Slow Food. A Slow Food International Association - cujo símbolo é um caracol - tem sua base na Itália (o site é muito interessante).

O que o movimento Slow Food prega é que as pessoas devem comer e beber devagar, saboreando os alimentos, "curtindo" seu preparo, no convívio com a família, com amigos, sem pressa e com qualidade. A idéia é se contrapor ao espírito do Fast Food e o que ele representa como estilo de vida. A surpresa, porém, é que esse movimento do Slow Food está servindo de base
para um movimento mais amplo chamado Slow Europe como salientou a revista Business Week numa recente edição européia.

A base de tudo está no questionamento da "pressa" e da "loucura" gerada pela globalização, pelo apelo à "quantidade do ter" em contraposição à qualidade de vida ou à "qualidade do ser". Segundo a Business Week, os trabalhadores franceses, embora trabalhem menos horas, (35 horas/semana) são mais produtivos que seus colegas americanos ou ingleses.

E os alemães, que em muitas empresas instituíram uma semana de 28,8 horas de trabalho, viram sua produtividade crescer nada menos que 20%. Essa chamada "slow attitude" está chamando a atenção até dos americanos, apologistas e criadores do "Fast" (rápido) e do "Do it Now" (faça já).

Portanto, essa "atitude sem-pressa" não significa fazer menos, nem ter menor produtividade.
Significa, sim, fazer as coisas e trabalhar com mais "qualidade" e "produtividade" com maior perfeição, atenção aos detalhes e com menos "stress".

Significa retomar os valores da família, dos amigos, do tempo livre, do lazer e das pequenas comunidades. Significa a retomada dos valores essenciais do ser humano, dos pequenos prazeres do cotidiano, da simplicidade de viver e conviver e até da religião
e da fé. Significa um ambiente de trabalho menos coercitivo, mais alegre, mais "leve"
e, portanto, mais produtivo, onde seres humanos felizes fazem, com prazer, o que sabem fazer de melhor.

Algumas pessoas vivem correndo atrás do tempo, mas parece que só o alcançam quando enfartam, ou algo assim. Para outros, o tempo demora a passar; ficam ansiosos com o futuro e se esquecem de viver o presente, que é o único tempo que existe. Tempo todo mundo tem por igual. Ninguém tem mais nem menos que 24 horas por dia. A diferença é o que cada um faz do seu tempo. Precisamos saber aproveitar cada momento, porque, como disse John Lennon... "A vida é aquilo que acontece enquanto fazemos planos para o futuro".

quarta-feira, fevereiro 16, 2005

Quem me conhece, sabe que esta é uma época em que assisto muitos filmes. Depois do anúncio dos candidatos ao Oscar, parece que uma enxurrada de estréias acontece. Final de ano é sempre aquela época de "seca" (há mais estréias de filmes para crianças: desenhos animados e os tradicionais filmes da Xuxa ou dos Trapalhões).

Enfim, mas, pude conferir recentemente 3 filmes candidatos ao Oscar. E por acaso, os três filmes são cinebiografias: "Ray", "O aviador" e "Em busca da terra do nunca".

Ray mostra a vida de Ray Charles. É uma pena que seja tudo mostrado de uma forma burocrática demais. Afinal, o que dizer que um filme que mostra a vida do cantor e compositor ano a ano. Só sei que houve um momento em que eu e meus companheiros neste filme (a Zilda e o Guacymar), pensamos: "Ele nasceu nos anos 30 e morreu em 2004. Estamos ainda em 1959. Quanto tempo mais vai durar este filme?" O ator Jamie Foxx realmente está muito bem encarnando Ray Charles. Assim como a atriz que faz o papel de Margie (uma das amantes de Ray). A trilha sonora é bem interessante. No geral, valeu a pena ter conferido mas não é daqueles filmes que me empolgam.

O aviador tem um quê que me desagrada: Leonardo di Caprio. Não consigo vê-lo com bons olhos. Além disso, é um daqueles filmes que tem tudo para ganhar Oscars: mostra gente famosa, tem espetáculos grandiosos na tela, fala também sobre cinema e, o mais importante, é mostrado alguém que possui uma doença e que sofria por conta disso. Howard Hughes foi uma personagem e tanto. Diretor de cinema, playboy, aviador que colaborou construindo e pilotando aviões, empresário ousado e portador de transtorno obsessivo-compulsivo. Na minha opinião, Martin Scorsese estava melhor com "Gangues de Nova York" (mas acho que isso também se deve a presença luminar do Daniel Day-Lewis). O que vale a pena no filme: Cate Blanchett. Ela está bem diferente de qualquer outro papel já fez. Encarna a Katherine Hepburn e nos faz acreditar que ela realmente era daquele jeito e não poderia ser de outra forma.

Dos três filmes que vi, o que mais gostei foi este: Em busca da terra do nunca. Um elenco impecável, uma história delicada e extremamente sensível, uma direção segura. Esse foi um dos filmes que me fez sentir aquele aperto no coração. Uma sensação mista de melancolia e saudade, uma sensação parecida com aquela que senti quando assisti Peixe grande. Peixe grande falava sobre a relação entre pai e filho. Em busca da terra do nunca fala sobre o desafio de amadurecer, fala sobre a infância que se perde muitas vezes e da magia cotidiana que pode ser sufocada se não tomarmos cuidado. Johnny Deep e Kate Winslet estão muito bem. Dustin Hoffman e Julie Christie (fazia muito tempo que não a via nas telas) dão um brilho no apoio. Vale a pena assistir e re-assistir. Talvez seja um filme que acabe fazendo parte da minha coleção de DVDs.

terça-feira, fevereiro 15, 2005

Enfim conheci o Rio de Janeiro. Não que já não tivesse ido até lá... mas nas vezes que fui, sempre foi a trabalho e ficava no roteiro de escritório para hotel e vice-versa. Desta vez, aproveitei um convite da minha amiga Renata (como eu, uma paulistana convicta, mas que por adventos do mundo corporativo foi morar neste ano no Rio).

É claro que não perco a oportunidade de tocar um pouco na rivalidade Rio-SP. Mas vou deixar isso de lado e dizer que o Rio realmente vale a pena. O serviço nos bares e restaurantes são péssimos, a violência é marca registrada e já gerou traumas visíveis na população... mas esqueça um pouco isso e aproveite o que o Rio tem de melhor.

Fiquei quase uma semana lá... e acho que não há uma cidade como aquela. Onde mais eu poderia fazer programas culturais (exposições do colombiano Jesus Soto, do espanhol Antoni Tápies e do mineiro Farnese de Andrade e um monólogo da Denise Stocklos), praia (Grumari, Camboinhas, Barra da Tijuca) e trilhas em morros (Pedra Bonita e Pico do Sacopã) numa mesma cidade?

É uma pena que o medo da violência seja uma constante entre os cariocas. Pedi para uma carioca indicações de lugares para ir na Lapa e em Santa Teresa. A resposta foi surpreendente: "Eu se fosse você, não iria... Lá é muito perigoso, tem o problema de estar perto de morros e tenho uma conhecida que morreu com uma bala perdida por ali".

Deve ser estranho se sentir refém na sua própria cidade. Não que em São Paula as coisas seja mais tranquilas, mas acho que no Rio a violência parece estar tão próxima e disseminada que acaba paralisando as pessoas.

Que pena!

quarta-feira, fevereiro 02, 2005

E lá vamos nós de novo... faz um tempão que abandonei o antigo blog. Resolvi arriscar e começar de novo. Dizem que a vida é feita sempre de novos começos, não é? Então vamos começar o ano ressuscitando o meu antigo blog. Juro que vou tentar mantê-lo durante mais tempo... por quanto tempo? Não sei, não sei... nunca sei qua vai ser meu humor amanhã.
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Por que eu lembrei do blog agora? Saudosismo? Talvez. Mas acho que foi um fato recente que tenha me lembrado disso. Neste último final de semana, fui curtir uma caminhada na praia sob o sol das 13h e sem protetor solar. Só sei que estou agora vermelho e com os ombros e pescoço ardendo. Filtro solar... wear sunscreen. E voilà... cá estou de volta com o blog.
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Ontem fui para Sampa e como estava próximo do shopping Ibirapuera, fui experimentar o lanche do Burger King. Meu primeiro contato com o Burger King foi quando fiz meu curso em San Francisco, há 7 anos atrás. Fui tentar recordar o sabor que tinha ficado na minha memória de anos atrás. Naquela época para mim era novidade, um gostinho de carne grelhada... Diferente. Ontem, pedi um Whooper com queijo. Sanduíche gigantesco e, na minha opinião com maionese demais. Quem quiser ver uma crítica mais profissa deste sanduíche, recomendo uma visita ao blog http://x-salada.blogspot.com