Há algo de loucura em eventos como a Mostra. Uma loucura que acomete os cinéfilos... quem em sã consciência enfrentaria filas gigantescas e que ainda conseguem manter vivas as esperanças diante de tanta atribulações para conseguir UM INGRESSO DE CINEMA?
Isso é algo que só se vê mesmo no Mostra Internacional.
Não vou me excluir do meio destes loucos. Nesta Mostra consegui conferir 3 filmes... o melhor de tudo: gostei de todos os filmes que assisti.
O primeiro já foi comentado anteriormente aqui neste blog e era um filme alemão do cineasta Werner Herzog chamado Além do azul selvagem.
O segundo foi um filme do cineasta americano Todd Solonz. Para quem nunca ouviu falar nele, recomendo fortemente que assistam os filmes anteriores. Em todos, há um cuidado em contar histórias de pessoas comuns em situações medíocres, num cotidiano "perfeito" e ao mesmo tempo patético. Uma visão cáustica da mediocridade. Tudo isso temperado com neuroses e desajustamentos sociais.
O filme dele que assisti na Mostra era Palindromes. Um filme que consegue tratar de gravidez na adolescência, aborto, religião e pedofilia de forma irônica. O nome Palindromes não foi escolhido ao acaso. O nome da personagem principal (Aviva) é um palíndromo. E o nome de outros personagens também. Todos parecem viver vários sobressaltos e retornar ao ponto inicial.
O terceiro filme foi o melhor de todos. 2046 do chinês Wong Kar-Tai. Quer saber sobre o processo de superação do fim de uma paixão? Quer ver os maiores astros do cinema chinês (Gong Li, Tony Leung, Maggie Cheung, Ziyi Zhang)? Quer ver um filme que casa imagem e música de forma magistral? Então não perca 2046.
O que é 2046? 2046 é o número do quarto de hotel onde Mr. Chow encontra as mulheres que cruzaram sua vida depois da paixão terminada. 2046 é o nome do romance que Mr. Chow escreve. 2046 é um lugar no tempo-espaço onde as memórias esquecidas podem ser resgatadas.
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