sábado, dezembro 31, 2005

Dias melhores virão

Hoje descobri um poema do Carlos Drummond de Andrade na internet. Achei bem adequado para esta época de passagem de ano e, com uma lição de esperança que quero compartilhar com você.


“Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
A que se deu o nome de ano,
Foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança,
Fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão pra qualquer ser humano
Se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação
E tudo começa outra vez,
Com outro número e nova vontade de acreditar
Que daqui pra frente, tudo vai ser diferente"

Que dias melhores venham para todos nós em 2006!

sexta-feira, dezembro 30, 2005

Manderlay

Hoje fui conferir a tão esperada segunda parte da trilogia americana de Lars von Trier. No primeiro filme, Dogville, somos apresentados a uma personagem movida por um idealismo inabalável.

Pois bem, em Manderlay, Grace se depara com uma situação bizarra: uma fazenda no Alabama continua mantendo escravos após a abolição da escravatura (70 anos antes... o filme se passa nos anos 50).

Uma ótima oportunidade para se discutir a respeito de liberdade, democracia e comunidade, sobre justiça e sobre comodismo.

Vale a pena conferir e sair com a cabeça fervilhando para um bom debate.

Tudo parece estar mais acelerado?

Hoje recebi um e-mail, contendo um texto atribuído ao frei Leonard Boff. O texto fala sobre a ressonância Schuman e a sensação de tempo "escasso".

Vale a pena dar uma lida e refletir a respeito. Quem sabe a tomada de consciência seja o primeiro passo para buscar um equilíbrio para cada um de nós.

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Não apenas as pessoas mais idosas mas também jovens fazem a experiência de que tudo está se acelerando excessivamente. Ontem foi carnaval, dentro de pouco será Páscoa, mais um pouco, Natal.

Esse sentimento é ilusório ou possui base real? Pela "ressonância Schuman" se procura dar uma explicação. O físico alemão W.O. Schuman constatou em 1952 que a Terra é cercada por uma campo eletromagnético poderoso que se forma entre o solo e a parte inferior da ionosfera que fica cerca de 100 km acima de nós. Esse campo possui uma ressonância (dai chamar-se ressonância Schuman) mais ou menos constante da ordem de 7,83 pulsações por segundo. Funciona como uma espécie de marca-passo, responsável pelo equilíbrio da biosfera, condição comum de todas as formas de vida. Verificou-se também que todos os vertebrados e o nosso cérebro são dotados da mesma frequência de 7,83 hertz.

Empiricamente fêz-se a constatação que não podemos ser saudáveis fora desta frequência biológica natural. Sempre que os astronautas, em razão das viagens espaciais, ficavam fora da ressonância Schuman, adoeciam. Mas submetidos à ação de um "simulador Schuman" recuperavam o equilíbrio e a saúde.

Por milhares de anos as batidas do coração da Terra tinham essa frequência de pulsações e a vida se desenrolava em relativo equilíbrio ecológico. Ocorre que a partir dos anos 80 e de forma mais acentuada a partir dos anos 90 a frequência passou de 7,83 para 11 e para 1 3 hertz por segundo. O coração da Terra disparou. Coincidentemente desequilíbrios ecológicos se fizeram sentir: perturbações climáticas, maior atividade dos vulcões, crescimento de tensões e conflitos no mundo e aumento geral de comportamentos desviantes nas pessoas, entre outros. Devido a aceleração geral, a jornada de 24 horas, na verdade, é somente de 16 horas. Portanto, a percepção de que tudo está passando rápido demais não é ilusória, mas teria base real neste transtorno da ressonância Schuman.

Gaia, esse superorganismo vivo que é a Mãe Terra, deverá estar buscando formas de retornar a seu equilíbrio natural. E vai consegui-lo, mas não sabemos a que preço, a ser pago pela biosfera e pelos seres humanos. Aqui abre-se o espaço para grupos esotéricos e outros futuristas projetarem cenários, ora dramáticos, com catástrofes terríveis, ora esperançosos como a irrupção da quarta dimensão pela qual todos seremos mais intuitivos, mais espirituais e mais sintonizados com o bioritmo da Terra.

Não pretendo reforçar este tipo de leitura. Apenas enfatizo a tese recorrente entre grandes cosmólogos e biólogos de que a Terra é, efetivamente, um superorganismo vivo, de que Terra e humanidade formamos uma única entidade, como os astronautas testemunham de suas naves espaciais.

Nós, seres humanos, somos Terra que sente, pensa, ama e venera. Porque somos isso, possuimos a mesma natureza bioelétrica e estamos envoltos pelas mesmas ondas ressonantes Schuman. Se queremos que a Terra reencontre seu equilíbrio devemos começar por nós mesmos: fazer tudo sem estresse, com mais serenidade. Com mais amor, que é uma energia essencialmente harmonizadora.

Para isso importa termos coragem de ser anti-cultura dominante que nos obriga a ser cada vez mais competitivos e efetivos. Precisamos respirar juntos com a Terra, para conspirar com ela pela paz.

quarta-feira, dezembro 28, 2005

3 sonhos

* No meio de um campo na ex-Iugoslávia, surge Vladimir Putin. Rola uma discussão (em português) sobre a situação dos povos e o fracasso dos programas de ajuda humanitária. Corte. Sala do apartamento. Daniel e Rálmer (que eu não conheço pessoalmente ainda) estão fazendo uma visita. A conversa gira em torno do significado da data de Natal e do que cada um andou pensando e fazendo.

* Um ônibus sequestrado. Detalhe: o ônibus não tem bancos. Os passageiros estão todos sentados em cima de bicicletas. Numa pequena distração do sequestrador, um bando de ciclistas sai pela porta da frente do ônibus em movimento e pedala normalmente para a liberdade. Momento seguinte: o ônibus explode.

* Numa ilha com toque meio selvagem (lembra até aquela ilha que vi no trailer do filme King Kong), acontecem experiências genéticas com cachorros. Uma bióloga explica para mim o processo de troca de genes entre diferentes espécies e fala sobre o caso de uma esponja que troca genes com uma medusa na presença de chocolate. (???!!!).

segunda-feira, dezembro 26, 2005

Sobre milkshake, ceia de Natal e flores partidas

Um post rápido para falar sobre 3 assuntos:

* Encontrei o Cláudio (depois de um loooongo tempo) e pudemos conversar bastante. Fazia muito tempo que a gente não conseguia achar um tempinho para jogar conversa fora e foi bem gratificante. Ele chegou de uma temporada de um mês em Buenos Aires e voltou cheio de novidades. Aliás, obrigado pela lembrança. Adorei as xícaras. O encontro foi no General Prime Burger.

Ultimamente tem acontecido uma proliferação de hamburguerias. O General Prime Burger é uma destas casas que vendem hambúrgueres com pretensões de torná-lo um prato mais sofisticado. O hambúrguer é muito bom. Uma pena que seja grande demais para o tamanho da minha mordida e, comer com garfo e faca faz com que se perca boa parte do charme de um hambúrguer.

Fique com o fantástico milkshake de nutella com castanhas. Imperdível!!!


* Adoro a ceia de Natal pelo simples motivo de que é uma das poucas ocasiões em que consigo me dedicar inteiramente a minha família. Gosto muito de estar em contato com os preparativos de uma festividade restrita para a família (também no sentido restrito... pais e filhos e só... nada de tios, tias e primos e avós). Algo tranquilo e que reforça muito dos laços que temos. Minha mãe, como sempre, fez vários pratos: lombo recheado (delicioso... vale a pena esperar um ano inteiro só para comer isso), lagarto com molho de cogumelos, arroz gome com alga e bardana, sushis... Eu fiquei encarregado da salada de maionese. Risos.


* Flores partidas é o mais novo filme de Jim Jarmusch. Trata sobre solidão e sobre deslocamento em relação a própria vida. Bill Murray faz o papel de Don Johnston (sim, há vários trocadilhos com o galã Miami Vice Don Johnson), um executivo que recebe uma carta anônima dizendo que ele é pai de um garoto de 19 anos. Por conta da insistência do amigo, vai em busca das ex-namoradas para saber quem poderia ser a mãe de seu filho.

Um filme com um sabor amargo de solidão. Um filme que gera risadas involuntárias sobre uma situação cheia de drama. E um Bill Murray com cara de tédio no filme inteiro (lembra tanto aquele personagem de Encontros e desencontros).

sexta-feira, dezembro 23, 2005

Boas festas

Neste período do ano há algo no ar... a proximidade com o final de ano sempre anuncia uma espécie de balanço daquilo que foi feito durante todo o ano.

E hoje recebi milhares de e-mails e cartões de Natal... Sim, é claro que já mandei minhas mensagens de Natal. Não fui um daqueles que resistiu... risos.

Mas para quem ainda não mandou suas mensagens de Boas festas, segue aqui uma dica. O Live-8, aquela organização criada pelo Bob Geldorf para combater a questão da miséria no mundo (mais especificamente na África), lançou um cartão virtual que vocêpode enviar para os lideres do G8 (os 7 países mais ricos do mundo + Rússia).

Quem quiser enviar este cartão cobrando as promessas feitas por estes líderes por ocasião do evento Live 8, é só clicar no link abaixo:

http://www.live8live.com/live8/campaign.do?code=x05

Ahh... e boas festas para todos.

quinta-feira, dezembro 22, 2005

Michelangelo Antonioni

Simplesmente não entendo este "endeusamento" que se faz para alguns cineastas. Quer fazer pose de "pessoa culta", basta apenas ficar citando e endeusando os filmes de Godard e Antonioni.

Eu juro que fui tentar conferir alguns filmes destes dois cineastas para formar minhas próprias opiniões. O que vejo é que ou eu simplesmente não estou tomando o mesmo àcido que muitas pessoas ou realmente os filmes são chatos.

Ontem fui assistir "Além das nuvens", filme de Antonioni com elenco estrelado (John Malkovich, Sophie Marceau, Irene Jacob e pontas especialíssimas de Marcelo Mastroianni e Jeanne Moureau).

O filme é um verdadeiro remédio para quem está com crises de insônia... chegar até o final do filme foi meio sacrificado. O que posso dizer? São alguns contos entrelaçados pela personagem de John Malkovich, um cineasta em busca de idéias para um novo filme.

Antes deste, já tinha assistido dois outros filmes de Antonioni: A noite e O eclipse. Acho que há um tema comum em todos os filmes: a incomunicabilidade, os enganos inerentes no processo de comunicação. Talvez tudo seja etéreo demais...

domingo, dezembro 18, 2005

8th Gub

Hoje foi um dia cercado de ansiedade... Sim, sei que o mal que aflige a todos é a ansiedade. Impossível se manter impassível diante de um trânsito gigantesco ou encontrar a postura zen na fila interminável para o estacionamento.

Alta ansiedade... este é o grande mal que nos aflige. A gente acaba se preocupando mais com prazos e projetos do que com a gente mesmo. E onde está este tempo que preciso para cuidar de mim mesmo? Talvez seja a pergunta dos ansiosos.

A minha dose de ansiedade deste dia foi por conta do meu exame de faixa. Para quem não sabe, eu estou praticando tae-kwon-do e depois de 4 meses seguidos de treinos, me candidatei a ser examinado para poder passar para o nível seguinte.

Ahhh esta minha mania de exigir o máximo de mim mesmo. Na hora do exame, não podia ficar parado porque minha mão começava a tremer (se bem que os outros que assistiam minha apresentação disseram não ter percebido isso).

Fiz todos os movimentos (defesa nas quatro direções, ataque nas quatro direções, base de socos, base de chutes, base de defesas e seqüência de passos de luta) e procurei responder direitinho toda a parte teórica.

A nota final acabou de sair... Eu que esperava passar para o 9th gub (Gub é a divisão no tae-kwon-do), consegui passar para o 8th Gub. Da faixa branca passei para a faixa amarela!!!! Nota 8,7. Estou muito contente com o resultado e mal vejo a hora de estrear minha nova faixa.

quinta-feira, dezembro 15, 2005

Kumbaya

E a dica para este final de semana é o evento Kumbaya, que acontece neste domingo das 12h às 23h00. O que é o projeto Kumbaya? Seria algo como misturar música com manifetações teatrais, palestras sobre temas como meditação, vegetarianismo e não-violência e idéias, muitas idéias.

Esta será a primeira vez que vou conferir a festa, que já está em sua quinta edição. Para participar, basta trocar 1 kg de alimento por um ingresso. Eu fui pegar o meu ingresso na loja Será o Benedito, na galeria Ouro Fino.

A proposta do projeto Kumbaya Global Lab parece ser interessante. Segue aí alguns highlights do dia (eu, pelo menos, quero ver):

* Projeto Arquitetura de resitência
* Palestra sobre zen-budismo com a monja Coen (15h)
* Palestra Armar-se é a solução? com Luciana Guimarães do Instituto Sou da Paz (17h)
* Live P.A. Drumagick (17h)
* Palestra Vegetarianismo e alimentação saudável (18h)
* Show HBTronics (18h)
* Exibição do documentário Carne é fraca (19h)

Para quem quiser saber mais a respeito, é só acessar o link http://cgi.braslink.com/eletronicbrasil.com.br/proximaedicao.htm

segunda-feira, dezembro 12, 2005

Cães e afeto; filmes e fantasia

Sempre gostei de cachorros. Não me pergunte o porquê. Não poderia explicar os motivos, ou melhor, talvez até enumerasse vários sem que algum pudesse ser verdadeiramente único.

Lembro de ter assistido no filme "A insustentável leveza do ser", uma cena que talvez traduza muita coisa deste afeto entre homens e animais.

A personagem de Juliette Binoche está junto com Daniel Day-Lewis e o cachorro que tinha ganhado dele. Eles descobrem que o cachorro está com um câncer na perna e está sofrendo muito. A decisão é a de aplicar uma injeção letal para aliviar o sofrimento do animal. E neste momento, ela declara que talvez tenha amado mais o cachorro que o próprio marido.

Ao contrário do marido, o cachorro nunca exigiu nada dela. Apenas a amava sem exigir nada em troca. Ela nunca teve que ceder ou fazer algo diferente, o cão a amava apenas pelo fato dela ser ela mesma.

Interessante, não é? Acho que vou buscar uma edição do romance de Milan Kundera para tentar ver mais detalhadamente este diálogo.


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Neste final de semana pude conferir alguns filmes: dois em DVD e um no cinema.

Em DVD vi "A vida e a morte de Peter Sellers", uma biografia do comediante inglês Peter Sellers, mais conhecido pelo papel de inspetor Clouseau na série "Pantera cor-de-rosa".

Elenco inspirado e competente (Geoffrey Rush, Emily Watson, John Lithgow...) e roteiro muito bom, misturando delírios e meta-linguagem. Vale a pena conferir. Infelizmente, esta é uma produção que foi direto para DVD e não passou pelos cinemas. Produção da HBO.

O outro filme foi "Machuca", filme chileno que mostra os eventos pré-instalação da ditadura Pinochet pelos olhos de uma criança da classe média. Machuca é o sobrenome do amigo favelado que por iniciativa da liberalidade e integração promovidas pelo governo Salvador Allende, vai estudar no colégio inglês de Gonzalo (este sim, a personagem principal).

Acho que não estava muito propenso a assistir filmes sérios e por isso, não curti muito. O filme é bom mas deixa um gostinho de algo inacabado.

No cinema, fui me entregar a fantasia de "As crônicas de Nárnia". Queria me desligar um pouco deste mundo e a escolha não poderia ser mais adequada. Um filme feito para divertir. Não espere enredos profundos nem personagens bem trabalhadas. O roteiro é raso, simples e se apóia mesmo nos efeitos especiais. Mas e daí? Eu só queria algo leve mesmo.

quarta-feira, dezembro 07, 2005

Classe média

A descoberta de hoje foi uma música chamada "Classe média" de autoria de Max Gonzaga. Nunca ouvi falar dele... fui pesquisar um pouquinho mais e vi que ele é natural de São José dos Campos, já foi qualificado como "cronista de sofisticada simplicidade e compositor de melodias que causam impacto" e participou do Festival de Música da TV Cultura 2005.

Na verdade, ouvi apenas uma música e por isso não acho que posso avaliá-lo por apenas uma canção. Mas considerando a letra de 'Classe média' acho que realmente ele capta bem o espírito do que acontece hoje no Brasil.

Pretem atenção na letra (que transcrevo logo abaixo)... ahhh... thanks, Káhtia por ter mandado o vídeo da apresentação de Max Gonzaga.

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Sou classe média, papagaio de todo telejornal.
Sou classe média, eu acredito na imparcialidade da revista semanal.
Sou classe média, compro roupa e gasolina no cartão.
Odeio “coletivos” e vou de carro que comprei a prestação.
Só pago impostos, estou sempre no limite do meu cheque especial.
Eu viajo pouco, no máximo um pacote CVC-trianual.

Mas eu “tô nem aí”, se o traficante é quem manda na favela.
Eu não “tô nem aqui”, se morre gente ou tem enchente em Itaquera.
Eu quero é que se exploda a periferia toda.
Mas fico indignado com o Estado quando sou incomodado pelo pedinte esfomeado, que me estende a mão.
O pára-brisa ensaboado, é camelô, biju com bala e as peripécias do artista malabarista do farol.

Mas se o assalto é em Moema, o assassinato é nos Jardins e a filha do executivo é estuprada até o fim, aí a mídia manifesta a sua opinião regressa de implantar pena de morte ou reduzir a idade penal.

E eu que sou bem informado, concordo e faço passeata enquanto aumenta a audiência e a tiragem do jornal.
Porque eu “tô nem aí”, se o traficante é quem manda na favela.
Eu não “tô nem aqui”, se morre gente ou tem enchente em Itaquera.
Eu quero é que se exploda a periferia toda.

Toda tragédia só me importa quando bate em minha porta.
Porque é mais fácil condenar quem já cumpre pena de vida.

segunda-feira, dezembro 05, 2005

Aventuras gastronômicas

Estive em Sampa novamente de quinta a sábado. E fico contente porque meus dias em Sampa sempre são bem ocupados com eventos e, principalmente, encontros com amigos.

Quinta-feira
Dia de cortar o cabelo... nada muito radical, apenas deixá-lo um pouco repicado e com menos volume. Depois, o programa foi um encontro com pessoas que não via há muito tempo.
O local do encontro foi decidido pela Luciana: pizzaria Veridiana, na rua José Maria Lisboa.
Fui junto com o Maurício e a Zilda e fomos os primeiros a chegar. O grande choque inicial foi com a imponência do local. Eu com uma simples calça jeans e camiseta e, logo na entrada um grande piano Steinway. Realmente um local para impressionar.
Fomos para o andar de baixo (por fora nem se imagina que o local seja tão espaçoso assim) e aguardamos os outros.
A Mari chegou logo em seguida. Gosto muito de encontrá-la... quando a encontro sempre rola aquela troca de boas energias. A Luluzinha e o Ricardo chegaram logo depois.
Muita conversa e pouca pizza (sim, porque uma simples pizza de mussarella chegava a exorbitantes R$36,00).

Sexta-feira
Dia de tour por Sampa. Primeiro uma reunião lá na região da Berrini, com direito a parada no shopping D&D. Lá estava rolando a exposição de todas as vacas da Cow Parade. Pelo visto era a última parada antes do leilão.

De lá, como chegar até Perdizes? Fácil, fácil... com apenas R$2,10 você pode pegar o trem na Marginal Pinheiros na estação Berrini. Desce na estação Cidade Universitária e pega a ponte Orca para a estação de metrô Vila Madalena. E, de lá pode pegar outra ponte Orca para a estação Barra Funda e já estará bem próximo de Perdizes (uma caminhada de 20 minutos).

Em Perdizes, fui encontrar a Cynthia. Ficamos conversando até a chegada da Rosana e de lá fomos para o bar A Lapinha, na rua Coriolano. O bar sempre está na lista de melhores bares do concurso Boteco Boêmia. E para quem vai lá, não pode deixar de provar um dos escondidinhos. Eu experimentei um escondidinho de carne-seca com purê de abóbora. Por que "escondidinho"? É que o refogado (no meu caso de carne-seca) fica escondido embaixo da camada de purê.

Da Lapa para Perdizes novamente. Comer um doce na Ofner da Cardoso de Almeida. Lá bebi um cha verde acompanhando uma cestinha de gianduia e creme de avelãs. Muuuuito bom. O Antônio juntou-se a nós e conversamos um pouco.

De Perdizes para os Jardins. O Antônio me convenceu a acompanhá-lo num jantar lá no Ritz. É claro que não comi nada. Apenas acompanhei-o e fiquei conversando com ele e o Jorge. O Ritz estava vazio quando chegamos mas foi lotando e lotando... até ficar muito barulhento e enfumaçado. Saímos de lá e fomos para um café. O eleito foi o Café Suplicy.

Dos Jardins para a Vila Madalena. Até tinha uma festa para ir no Canto Madalena mas optei por ficar mais sossegado e fiquei conversando com a Zilda no apartamento dela. Ficamos em conversa até às 2h00. Depois de um dia agitado assim, fui direto para casa dormir porque o dia seguinte reservava mais.


Sábado
Às 9h00 estava na Vila Madalena, para encontrar a Zilda. Fomos tomar café da manhã na Saint-Etienne. E de lá, andar pelas vizinhanças para ver casas e apartamentos.

Encontramos um casal de amigos da Zilda (a Vera e o Claus, um dinamarquês que é uma figura muito legal...). Fomos para um almoço no Galinhada do Bahia.

É um lugar meio... como posso dizer... folclõrico. Fica na região do Pari, atrás do estádio do Canindé. Uma espécie de favela-chic. Ou seria melhor dizer, uma favela que foi ficando com ares "cult"? Foi uma experiência e tanto. Provei coisas que jamais imaginaria comer algum dia: maxixe (uma espécie de pepino espinhento cozido), carne-seca com mandioca frita, farofa de milho com feijão de corda, baião de dois, carneiro cozido, galinha a cabidela e, é claro, a galinhada (com direito a algo estranho e redondo no meu prato, que depois descobri que era uma espécie de ovo da galinha que ainda não tinha se formado inteiramente). Come-se muito pagando pouco (como só bebi uma garrafa de água, paguei R$18,00).

O dia de hoje foi repleto de experiências... e curti bastante a descoberta. Aliás, vc sabe que adoro coisas novas, não é? Não sei se voltaria para lá mas pelo menos já posso dizer com conhecimento de causa que não comeria carneiro cozido novamente. Risos.

Do Pari para Santos. Sim, depois de tanta coisa, fui assentar todas as memórias no recesso do meu lar. A Zilda resolveu descer para Santos e aproveitei a carona. Acabei não indo ao cinema como queria ter feito mas tudo bem... fica para a próxima.