Tsotsi é uma redução da palavra "Tsotsitaal", uma gíria do dialeto falado nas favelas de Soweto e que significa "marginal".
Tsotsi é também o nome do personagem principal do filme homônimo que recebeu o Oscar de melhor filme estrangeiro.
Tsotsi é o primeiro filme da África do Sul que eu assisti. Antes dele, talvez só tenha assistido co-produções ou filmes com locações ali. Este é o primeiro filme que assisto com um roteiro que aborda as relações sociais na África atual.
A história é simples e, de certa forma previsível. Lembra em alguns aspectos o brasileiro "Cidade de Deus" por mostrar a miséria dos grandes centros urbanos. Eu, particularmente, não gosto muito de filmes que fazem questão de explorar a miséria humana. Sei que ela existe, mas para mim ao se transpô-la para a tela parece haver uma tentativa de "enobrecimento", de "glamourização".
No filme sul-africano, um jovem que sobrevive de roubos e outros crimes se vê envolvido com um recém-nascido por conseqüência de um de seus crimes. O surgimento deste recém-nascido evoca sua própria infância e traz uma certa luz em sua consciência.
O recém-nascido vem como objeto que o tira de uma invisibilidade social e que também o redime. Aliás, a redenção é algo que agrada muito a Academia hollywoodiana , neste caso garantiu o Oscar.
O filme não é ruim. Mas também não traz novidades para mim.
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