Aquele olhar denunciava tanto desejo. Eu, meio sem graça, fiquei ali parado, encarando aquele olhar. Sabe aquele olhar que prenunciava algo mais? Era este o olhar... mas acabávamos por seguir para um abraço.
Depois, na hora da despedida, quando algo incompreensível parece arrebentar dentro de você, também foi o momento perfeito para aquele beijo que não aconteceu.
Lá no teatro, depois da peça, quando fomos bisbilhotar o cenário e a gente se perdia no meio daquela magia desvendada no meio de clima de traquinagem quase infantil, também era o momento para o primeiro beijo que não aconteceu.
E nós conversando. Você comeu um pão-de-mel e ficou com o lábio inferior manchado de chocolate. Segurei seu queixo e com o dedo indicador, tirei a mancha. Uma inclinação adiante e aquele bem poderia ser o primeiro beijo.
Caminhando e delirando com as luzes noturnas da cidade, você apontava para um prédio antigo. E eu olhava atentamente para a direção apontada. Seu rosto chegava mais perto e mais perto e mais perto. E ficou perfilado ao meu. Se eu virasse o rosto para te olhar mais atentamente, o encontro dos lábios seria inevitável.
E diante de tantos primeiros beijos possíveis e não concretizados, apenas me pergunto: Será que isso é para acontecer realmente?
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4 comentários:
pois e não é que existem momentos tantos e perfeitos, e é quase raro percebe-los?!
beijos tantos moço que admiram e eu quis também admirar!
Ou ata ou desata...rs
Com ou sem primeiro beijo, admita: Isso é bom DEMAIS, não é não? ^^
Engraçado como o quase-beijo é tão mágico quanto o beijo concretizado.
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