quinta-feira, agosto 16, 2007

Eu e a cidade


A gente se acostuma com tanta coisa. Acostumamos com a violência destacada no noticiário da TV. Acostumamos com a pressa diária e com os roteiros de tédio para tédio. Acostumamos com a falta de delicadeza e com a falta de gentileza. E esquecemos que gentileza gera gentileza. Acostumamos com a mudança brusca do cenário que nos cerca.

Acostumamos com tanta coisa e não vemos muitas vezes que o mundo inteiro ao nosso redor está mudando. E quando percebemos já é tarde demais. O mundo inteiro mudou e nós apenas nos adaptamos a uma nova realidade sem lançar um olhar crítico. Muitas vezes, apenas aceitamos a mudança. Afinal, mudar é inevitável.

E quando vem o momento do confronto entre passado e futuro, neste processo de revisão (revisão = re-visão = ver novamente), percebemos muitas vezes que deixamos passar muita coisa. Deixamos passar coisas importantes, talvez até fragmentos minúsculos de nossa própria alma.

Nós somos a cidade. Somos este coletivo, esta história construída e esquecida. Somos esta confusão, reflexo do caos da modernidade e da persistência da memória. Imagem mutante nas linhas de tempo. Indivíduos querendo se destacar na multidão e ao mesmo tempo, querendo aprender a viver juntos.

3 comentários:

Mariana Alcântara disse...

Hoje no trabalho um senhor se irritou porque o medicamento dele previsto para 16h não estava pronto, detalhe que eram 15:55h. Então as 16h já estava pronto, mas a irritação já estava no ar, como eu estava cansada, não consegui superar facilmente como de costume, então sem querer descontei a minha irritação do cara irritado em outra pessoa. Essas coisas viram grandes bolas de neve, mas já passou, já me desculpei e voltei a sorrir. :)

Anônimo disse...

Se é pra ser cidade, eu quero ser um jardim!

Jak disse...

Sim, somos a cidade. E, acredite, não tem como ser diferente. Palavra de quem já tentou...