segunda-feira, fevereiro 28, 2005

Que sono!!! Por que o Oscar tem que ser assim tão tarde e avançar tão adiante na madrugada? Enfim, mais um Oscar. Mais algumas surpresas. Mais um pouco do óbvio.

Nos meus palpites do post anterior, acabei acertando os Oscars para atores e atores coadjuvantes. Jamie Foxx, Hillary Swank, Morgan Freeman, Cate Blanchett.

A surpresa (pelo menos para mim) ficou com os Oscars de melhor filme, melhor diretor e melhor canção.

Para melhor filme, imaginei que os gostos fossem recair sobre O aviador mas, pelo visto prevaleceu a sensibilidade em Menina de ouro. E, o Martin Scorsese foi mais uma vez preterido. O prêmio de melhor diretor foi para Clint Eastwood, que apostou no visceral. Prêmios merecidos.

E pela primeira vez, uma canção em espanhol foi indicada. O produtor executivo do Oscar vetou a participação do autor (Jorge Drexler) para cantar. Queria colocar inicialmente o Enrique Iglesias acompanhado pelo Carlos Santana. Tudo pela audiência!!

Houve até uma carta-protesto assinada pelos artistas latinos. E o Gael-Garcia Bernal recusou-se a participar apresentando a execução de melhor canção. O impasse foi resolvido colocando-se o Antonio Banderas para cantar junto com o Carlos Santana (uma versão horrorosa, diga-se de passagem).

Mas, a surpresa maior foi quando anunciaram a melhor canção. E foi justamente para o uruguaio Jorge Drexler por El otro lado del rio. Nos agradecimentos, ele cantou a primeira parte da música... uma tapa com luvas de pelica.

Uma pergunta: será que Hollywood resolveu valorizar os atores negros? Nunca vi tantas indicações de negros. Morgan Freeman, que levou a estatueta de melhor ator coadjuvante; Sophie Okonedo, indicada para atriz coadjuvante; Jamie Foxx, duplamente indicado e que levou a de melhor ator; Don Cheadle, indicado para melhor ator.

A Beyoncé foi a responsável pela execução de quase todas as canções indicadas. Cantou com o Andrew Lloyd Weber, cantou com o Josh Groban e até em francês com um coro de meninos.

Pelo visto, black is beautiful. Again... ou será uma onda do politicamente correto?

Nenhum comentário: