sábado, julho 28, 2007

Na hora do rush

Sempre que possível evito sair na hora do rush. São Paulo tem as vantagens de uma metrópole: diversidade , vida cultural intensa, vida noturna idem. E também tem suas desvantagens...

Para evitar o trânsito nos horários de pico, apelava para esquemas alternativos. Quando tinha carro, acordava mais cedo para ir a uma academia pertinho do trabalho. Um bom jeito de manter a forma e ainda evitar o stress.

E depois do expediente, as benditas happy hours para evitar o trânsito pós-final de expediente eram refúgios seguros. Ou então, embarcar num curso de espanhol numa escola próxima do trabalho. Ou um cineminha nas redondezas.

Nesta semana, acabei saindo do trabalho bem no horário do rush. E resolvi arriscar pegar um ônibus para voltar para casa. Afinal, minhas experiências com o transporte coletivo estavam sendo até que surpreendentes. Com ônibus trafegando em corredores exclusivos, chego mais rápido do que se estivesse dirigindo.

Enfim, nesta semana peguei um ônibus no horário do rush e só posso dizer que é uma experiência válida para quem quiser explorar a sensação de estar numa lata de sardinhas.

No livro "Um antropólogo em Marte", o neurologista Oliver Sachs relatava o caso de uma autista que evitava o contato humano mas que mesmo assim tinha uma necessidade de ser abraçada. Para isso, acabou inventando uma máquina de abraçar.

Só digo que se ela estivesse aqui em São Paulo, seria mais fácil para ela pegar um ônibus no centro da cidade às 18h00. Teria as necessidades de contato físico supridas para um mês inteiro.

Um comentário:

Anônimo disse...

Um... Mas se ela evitava o contato humano, não pegaria um ônibus... pegaria??
rs