Ultimamente tenho usado meus finais de semana para conciliar duas coisas: colocar-me em movimento (e assim, deixar o sedentarismo um pouco de lado) e divertir-me.
Por conta disso, meus últimos finais de semana foram dedicados a caminhadas. E devo confessar que tenho boas surpresas com esta minha decisão. Caminhadas me ajudam a conhecer um pouco mais da região em que vivo e me colocam em contato com realidades que dificilmente eu encontraria no meu meio habitual.
Neste final de semana fui caminhar na cidade vizinha: Guarujá. Santos fica em uma ilha e o Guarujá fica em outra. Separadas apenas pelo canal que leva ao porto de Santos.
Acordamos cedo e fomos para a ponte dos práticos, local em Santos onde ficam as catraias que fazem a travessia entre uma cidade e outra. Descemos na antiga Fortaleza da Barra Grande, antigo forte construído para defesa da baía de Santos dos invasores.
De lá, começamos a caminhada. Cruzamos as pedras até a praia do Góes e de lá, uma trilha que adentrava pela mata nos levaria até o destino final: a praia do Sangava.
Já tinha ido uma vez a esta praia por conta de uma aventura anterior: um passeio de caiaque cruzando o canal e seguindo pelas pedras até esta praia. Desta vez, seguimos por terra até acessá-la.
O caminho não foi dos mais fáceis, subidas íngremes e descidas escorregadias por conta do barro, alguns trechos com capim alto e sol forte, outros com mata fechada e muita sombra.
Algumas surpresas no caminho como pés de abacaxi e borboletas e, até mesmo uma pequena cobra coral cruzando nosso caminho. Depois de tanta andança, chegamos a praia.
Menos deserta do que supomos. Muita gente estava por ali, tinham chegado por barcos e ocupavam a pequena faixa de areia. Procuramos nos acomodar e fazer um lanche e dar um mergulho antes de retomar o caminho de volta.
Incrível saber que a poucos minutos de casa, é possível entrar em contato com outro mundo. Nada de prédios envidraçados nem praças de concreto. Bom saber que existe um caminho de fuga momentânea das loucuras urbanas.
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2 comentários:
Continuo crendo que as descidas difíceis também deveriam ser nominadas "íngremes"... vou fazer um dicionário só pra mim...rs
Desses 'passeios' assim eu gosto.
Olha eu, bicando teu blog!
Estava lendo as postagens antigas e deparei com o tal ritual indígena...lembrei de um livro do Veríssimo (O Polegar) que fala algo sobre o tal chá, as seitas e tals...achei que fosse totalmente fictício, mas agora nem sei...memória fraca ^^
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