Há pessoas queridas partindo...
Nesta sexta-feira, minha irmã embarcou para o Japão. Vai ficar lá por dois anos. Ela sempre morou com meus pais, é mais nova que eu, nunca viajou para fora do país nem chegou a cruzar oceanos num avião.
De repente, resolveu embarcar numa viagem para o Japão. Saiu da casa dos meus pais diretamente para um país novo. Na primeira viagem para o exterior, elegeu o país como lar para os próximos anos. E na sexta-feira, embarcou num percurso de 24 horas dentro do avião.
E eu que achava que era radical nas minhas atitudes.
Ela tentou se manter sorridente (que é o normal dela), na maior parte do tempo. Na despedida no aeroporto, aquela choradeira. Primeiro com a madrinha dela, depois com a minha mãe e meu pai. Eu e ela sempre tivemos diferenças. Sempre discutimos e, ambos com temperamento nada fácil (eu, geminiano e ela, taurina), chegávamos invariavelmente a semanas sem nos falar.
Quando nos abraçamos, todas as diferenças ficaram para trás. E uma melancolia começou a me encher. Saudades... sinto saudades dela. Sinto saudades deste oposto de mim que agora está do outro lado do mundo.
Uma vez li que saudades era não saber. E saudades é isso mesmo. Mesmo eu e ela não morando mais juntos, nós nos sabíamos onde nos encontrar. Mesmo eu e ela tendo agendas discrepantes e horários conflitantes, nós nos sabíamos quando nos encontrar.
Agora fica a saudade... e reconstruir todo este conhecimento um do outro novamente é estranho. O jeito é seguir adiante e cuidar para atenuar a tristeza que abateu minha mãe.
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