A idade nunca foi algo em que eu pensasse seriamente. Talvez seja por isso que muita gente acredite que eu seja mais novo do que eu realmente sou.
O grande choque nesta baliza do meu tempo pessoal veio com o meu irmão caçula. Para quem não sabe, tenho uma irmã e um irmão. Ambos mais novos.
Minha irmã é 4 anos mais nova. A diferença de idade entre mim e meu irmão é bem maior: 11 anos de diferença. Nunca senti a diferença de idade entre mim e minha irmã. Dizem que as mulheres amadurecem mais cedo do que os homens, talvez seja isso...
E talvez seja também por conta disso que todo mundo acha que minha irmã aparenta ser mais velha do que eu. rsrs.
Já, a diferença entre mim e meu irmão sempre me marcou bastante. Antes dele, eu não sentia realmente o tempo passando.
E de repente, aos 11 anos, estava ali trocando fraldas, esquentando mamadeiras e brincando de ser babá. Tentando identificar o significado de cada choro daquele ser que não emitia palavras inteligíveis para mim. Vibrando com o fato dele engatinhar e depois ficar em pé e dar os primeiros passos.
E vê-lo dizer o meu nome (tudo bem que o meu nome e o dele são iguais em certo grau... rsrs) e ensinar a escrever o nome dele na lousa que ficava pendurada na sala de jantar.
Com o meu irmão, sinto que passei por muita coisa que todos dizem que vão sentir apenas quando se tornarem pais. Então, acho que acabei me tornando um "pai" muito cedo. rsrs. Tudo bem que eu ficava apenas com as partes boas: a descoberta em conjunto.
Dos primeiros passos para as primeiras palavras. Depois, quando ia todos os dias para o trabalho, tinha que dar uma carona para ele até a escola. Eventualmente, buscá-lo depois do expediente na escola de inglês. Ir torcer nos campeonatos de natação. Levá-lo para assistir o filme dos "Cavaleiros do Zodíaco".
Aos 21 anos, curtia o fato de enriquecer minha vida participando da infância do meu irmão. Lembro de uma grande crise interna minha que foi quando eu descobri no meio das coisas do meu irmão uma camisinha (sim, eu dividia o mesmo quarto com ele).
Para mim, aquilo soou como um sinal dantesco de que o tempo estava realmente passando. Aquele ser que, para mim, até pouco tempo atrás usava fraldas, já estava usando estes outros acessórios? Bem, eu estava com 26, ele 15.
Ontem foi aniversário dele. 21 anos. E vejo nele uma grande fonte de alegria e orgulho (quase como se eu fosse o pai dele, mesmo sabendo que nosso pai é um pai excelente). E vejo também uma grande "régua" que marca que o tempo inexoravelmente também passa para mim...
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Um comentário:
Já disse lá no Giga que acho lindo todo esse carinho, né?
Amei essa imagem. Lindaaaaa!
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