domingo, abril 29, 2007
Itaú Contemporâneo
Fui conferir a exposição Itaú Contemporâneo - Arte no Brasil 1981-2006. Sempre gostei do espaço expositivo do Itaú Cultural, há um desafio grande ali para os curadores.
Espaços distribuídos em diferentes andares. Um espaço de exposição sem pretensão de ser espaço de exposição. A intenção desta exposição era mostrar um panorama da arte brasileira contemporânea.
Confesso que procuro não entender a arte. Vejo obras do Nuno Ramos e muitas vezes me pergunto porquê de ver aquilo tudo cristalizado num estado de arte. Acho que a obra que mais me tocou em toda a exposição foi justamente algo criado sem a pretensão de ser arte. Idéias colocadas em papel-barato e distribuídas gratuitamente.
Uma espécie de "não-arte" (ou seria uma arte-não-arte)? E acho que uma destas obras de arte-não-arte é que melhor sintetiza o que é a arte brasileira contemporânea.
Com vocês, o pudim arte brasileira (por Regina Silveira):
* 2 xícaras de olhar retrospectivo
* 3 xícaras de ideologia
* 1 colher, de sopa, de École de Paris
* 1 lata de definição temática, gelada e sem soro
* 1 pitada de exacerbação da cor
* 1 índio, pequeno, ralado
Com o olhar retrospectivo e a ideologia prepare uma calda e quando grossa junte-lhe a École de Paris, sem mexer. Deixe amornar, bata um pouco a definição temática, junte os demais ingredientes e leve ao fogo em banho-maria em forma acaramelada.
Cobertura para Pudim Arte Brasileira
Misture 1 1/2 xícara de função social com 5 colheres, de sopa, de vitalidade formal e leve ao fogo até dourar; retiro do fogo, junte mais duas colheres, de sopa, de jogada mercadológica e sacuda um pouco a frigideira para misturar tudo bem; não se deve mexer com a colher. Deixe esfriar, cubra o pudim e sirva gelado.
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Um comentário:
Eu já gosto de "entender" a arte. Coisa de gente "inculta" me falaram...rs
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