quarta-feira, abril 11, 2007

O ótimo é inimigo do bom

Hoje li um post no Leoboratorio sobre uma experiência que envolveu um professor de matemática, alunos, papéis e a milenar arte do origami.

Apesar de ser descendente de japoneses, eu e a arte de dobrar papel não temos muita afinidade. Tive uma professora de japonês que tentava me ensinar a fazer estes "tsurus" (as cegonhas tradicionais como esta da imagem acima), mas nem toda a paciência zen dela foi o suficiente para me fazer aprender.

Enfim, mas voltando ao post que li... Lá, a experiência conduzida (e aqui recomendo fortemente a leitura) concluia sobre a prática que leva a perfeição. Acabei deixando o seguinte comentário:

"Uma outra lição que aprendi, faz um tempo atrás, foi que “o ótimo é inimigo do bom”. O contexto era o seguinte: elaboração de um projeto de curso. Eu já tinha pesquisado os temas e materiais, já estava com todo material de apresentação pronto e todas as dinâmicas desenhadas. Já estava com o schedule preparado e a avaliação de meio e final de curso prontas. Mas para mim, ainda faltava alguma coisa… Pressão total de prazos apertados. E minha diretora vai a minha mesa e vê todo o material produzido e diz: “mas você já está com todo o material pronto”.

E eu respondo dizendo que “o material ainda pode melhorar”. E eis que ouço “O ótimo é inimigo do bom. Temos um prazo apertado e você já tem um bom material para entregar. Com certeza, no próximo curso você já terá incrementado mais e o material irá melhorar sempre. Não se preocupe em fazer o material perfeito e definitivo para este curso. Porque ainda haverá muitos outros cursos…”.


No fundo, acho que é isso mesmo... a prática leva a perfeição. E se nos preocuparmos apenas em fazer o melhor numa única tentativa, talvez nunca cheguemos neste melhor. O melhor de nós construimos a cada novo passo, a cada nova etapa aprendida. Hoje gosto de acreditar que aprendi esta lição.

2 comentários:

Anônimo disse...

Hum... Tão bom quando amigos compartilham experiências com a gente!

Anônimo disse...

É verdade, fazer uma vez só achando que tá ótimo ou excelente, vira mediocridade...
Sentir a evolução é o que há.
Gostei desse babado.