terça-feira, setembro 05, 2006

Sobre hambúrgueres e deuses gregos

Neste final de semana, aproveitei que estava em Sampa e me lancei a novas descobertas. Aliás, é isso que mais curto em São Paulo: a diversidade de lugares para se descobrir. Lugares que existem há muito tempo mas que nunca tinha ouvido falar, lugares novos que surgem e tem duração efêmera. Pessoas novas que depois descobrimos que sempre cruzaram nosso caminho, pessoas velhas que já cruzaram constantemente nosso caminho e que se perderam para serem reencontradas depois.

E, pelo visto, esta veia de "descobridor" é algo genético. risos. Neste final de semana, fui acompanhar meus pais ao médico. E na volta, eis que surge meu pai falando de um lugar super-tradicional no bairro do Ipiranga e que ele queria conhecer. Não precisou falar duas vezes, fomos todos lá. A família inteira para provar os hambúrgueres do seu Oswaldo.

O Hambúrguer do seu Oswaldo é uma espécie de lanchonete. Daquelas bem antigas (tem mais de 38 anos) e puristas (vende apenas sanduíches, nada de batata-frita nem onion rings). Um grande balcão para acomodar cerca de 15 pessoas e só. Nada de placa nem algo indicativo na fachada. Apenas uma grande fila, indicando que a procura pelos hambúrgueres é grande.

E realmente valem a pena... os hambúrgueres são leves, com molho e carne e queijo na medida certa. Aliás, detalhe dos mais importantes: tudo é feito ali mesmo. Do hambúrguer (fino) ao molho.

Atendimento impecável, apesar de serem apenas 3 pessoas trabalhando ali para atender todo aquele público.

A noite, fui gastar todas as calorias do almoço numa festa. Daquelas bem do jeito que eu curto: não conheço ninguém fora quem me convidou e todas as pessoas são receptivas para novos contatos. E não é que no meio de tanta gente nova que fui conhecendo, acabei reencontrando uma ex-colega de colegial que não encontrava desde a formatura (do colegial)?

O mundo é realmente pequeno... e não é a toa que devemos sempre considerar aquele ditado-meio-que-ameaça "o mundo dá voltas".

No meio da festa, depois de cruzar com o povo alternativo, fui dançar... muito tempo que não saía para dançar. E de repente, me vi diante do primeiro local que fui quando comecei a curtir a noite paulistana. Sim, o lugar ainda existe e, apesar de decadente, o som continua bom. Muito rock-pop dos anos 80. Smiths, The Cure, Depeche Mode, Cindy Lauper... fui me acabando na pista.

E encerrei o meu domingo no meio de deuses gregos. Explico... Fui com um amigo conferir a exposição "Deuses gregos na FAAP". Parte da reserva técnica do Museu Pergamon de Berlim veio para cá e esta é uma oportunidade única de conferir exemplares da arte grega antiga. Dos vasos com pinturas retratando batalhas ao panteão com Dionísio, Apolo, Ártemis e todos os olímpicos.

Cenografia nota 10. Parte da exposição busca recriar a atmosfera do templo de Pergamon (tal qual no museu em Berlim na foto acima). Em outra sala, vemos uma rotunda simulando um panteão de deuses. Se não fosse o volume de pessoas lá na exposição, daria para se imaginar num templo grego.

2 comentários:

Anônimo disse...

Desses lugares que cê foi lá em Sampa, eu queria ver os deuses gregos... e depois o sanduíche. Dançar queria não.
Falando em sanduíche, esse seu, realmente me deu vontade.
Quando fui a Sampa, em janeiro, as meninas foram num lugar assim, de fila grandona, comer um sanduíche grandão, imenso. Eu desiste, sabe?
Eu gosto de dominar o que como e aquele sanduíche mais parecia um monstro me dominando, mesmo me dizendo que era saboroso.
Aí desisti.
Agora, os deuses, eles sim, poderiam me dominar que eu ia até achar bom demais...rs
beijos

Anônimo disse...

Essa coisa dos deuses gregos foi tão lasciva... rs