sexta-feira, janeiro 27, 2006

SP 452 anos

E no dia 25, a cidade de São Paulo completou 452 anos. Muitas comemorações é claro... mas passei longe de todas. Preferi curtir a cidade, fazendo coisas que gosto. Esta é a minha forma de celebrar esta metrópole.

Na véspera do aniversário da cidade, fiz muita coisa. Provei um sanduíche novo no Burger King (cheeseburger com bacon), descobri a coleção de arte de Odorico Tavares (exposição gratuita na galeria de arte da FIESP/SESI) e redescobri o MASP.

Na galeria da FIESP/SESI, a exposição Minha casa baiana traz parte do acervo do colecionador Odorico Tavares. É uma rara oportunidade de ver um acervo particular com obras representativas da arte brasileira. Dos santos barrocos às telas abstratas de Manabu Mabe, de várias telas do Aldemir Martins a cerâmicas de Picasso. O melhor de tudo... é de graça! Só mesmo numa cidade como São Paulo.

Fazia muito tempo que não visitava o MASP. A oportunidade veio sob o chamariz da exposição Lina Bo Bardi. A arquiteta italiana está bem representada numa exposição com plantas, anteprojetos e rascunhos de muitas de suas principais obras. Destaque para as maquetes do MASP e do SESC Pompéia. Pela exposição, percebe-se o quanto Lina Bo Bardi era figura ativa em vários setores: da cenografia para peças do grupo Ornitorrinco e para José Celso Martinez Corrêa ao design de móveis e museografia.

Ainda no MASP, veja a exposição de uma série de inspiração bíblica de Cândido Portinari. São telas enormes com uma expressividade a la Guernica de Picasso para temas bíblicos como o julgamento de Salomão. Vigoroso, contundente, impressionante.

E é claro... não deixe de visitar o acervo permanente. É sempre um prazer andar no meio de telas de Van Gogh, Renoir, Goya, Picasso, Monet e Chagall (isso só para citar alguns). Dá um orgulho imenso ver que em Sampa temos um espaço que abriga grande parte da história da arte.

No aniversário da cidade, fui conferir com o Cláudio, Humberto e Antônio, o filme Cinema, aspirinas e urubus. Filme brasileiro que já nasceu fazendo história: é o primeiro filme brasileiro que recebeu o Grande Prêmio do Júri na Mostra Internacional de Cinema SP.

O filme é simplesmente deslumbrante. Muito bem resolvido e é um filme que valoriza a inteligência do espectador. A história é bem conduzida e os atores estão impecáveis. A estória contada mostra um alemão (Johann) que vende aspirinas pelo interior do sertão brasileiro. No meio do caminho, cruza com um sertanejo (Ranulfo) que se torna seu ajudante. No meio de tudo isso, há espaço para discussão sobre o povo brasileiro, sobre a guerra (o filme se passa no início da II Guerra), sobre amizade e a complementaridade, sobre a vida e sobre prosseguir vivendo. Simplesmente imperdível!!!

O filme suscitou uma vontade de discutir. E nada melhor para isso que parar num dos cafés da região dos Jardins. O escolhido da vez foi o Santo Grão. Lá, tivemos mais a companhia do André e conversamos longamente sobre assuntos diversos. Uma boa forma de passar o tempo e em companhias agradáveis.

O feriado terminou para mim no PiraSanduba, num bate-papo gostoso com a Zilda, a Káhtia e o Maurício. Sim, é claro... tudo isso entremeado por partidas de mau-mau. Um novo vício para todos nós... risos.

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