Ontem fui assistir "A marcha do imperador". E aprendi que se você cria uma expectativa muito grande a respeito de um filme, mais você pode se decepcionar com ele.
Foi mais ou menos este o caso deste documentário. Já tinha visto as imagens do trailer há algum tempo atrás e decidido naquele momento que iria assistí-lo. Sim, eu acabo decididindo assistir muitos filmes por conta do trailer. Às vezes vou assistir por conta do diretor, outras vezes por conta do roteirista, outras vezes por conta do ator... Neste filme especificamente, fui fisgado por conta do trailer.
Imagens maravilhosas, história realmente impressionante. Os pinguins-imperadores realmente passam por uma provação ao seguir o instinto de procriação. Temperaturas de -40ºC, jejuns longos (mais de 2 meses) e marchas longuíssimas para chegar em terra firma (cerca de 40 km). Uma história e tanto...
Mas realmente não precisava apelar tanto. Para que apelar para um texto narrativo forçosamente emotivo? A narração do Antônio Fagundes e da Patrícia Pillar fazendo as vozes dos pinguins macho e fêmea chegam a ser inconvenientes e até hilárias em alguns momentos. "-E uma voz dentro de mim dizia: depressa, depressa. Ele já nasceu e precisa de você". Ou então "-Tome meu filhote, minha última reserva de alimento. Espero que sua mãe chegue logo senão terei que abandoná-lo".
Pior é quando surge o filhote... e junto com ele uma voz de forte sotaque carioca. É claro que foi impossível deixar as brincadeiras de lado após sair da sessão. "-E aí, mermão? Tu é sangue-bom messsssmo!".
Minha opinião? Se houver alguma versão do filme em que esteja o áudio original, melhor. Não preste atenção nas legendas e siga somente com as imagens.
A música no filme é da cantora Emilie Simon e lembra um estilo meio Bjork. Chega a irritar um pouco, mas menos do que a narração em português.
Nota? Acho que de zero a 10,0, uns 5 pontos.
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