Há oportunidades que não se pode perder... ontem foi um destes casos. A orquestra de cordas dos Solistas de Trondheim fez uma apresentação em Santos. Chance rara para ver em ação uma das melhores orquestras de cordas do mundo.
E chance rara também porque nunca tinha visto nada vindo da distante Noruega, uma daqueles países que já ouvimos falar em algum momento mas que nunca sabemos mais a respeito.
Músicos jovens, execução precisa, repertório curioso. Uma pena que o público não tenha ajudado...
Começando pela falta de respeito: se o espetáculo está com início previsto às 20h30, nada mais fácil de supor que todos já devam estar acomodados em seus lugares. O que se viu foi uma cena dispensável: os músicas iniciando a execução das Bachianas Brasileiras nº09 e pessoas ainda percorrendo os corredores. O pior é que ao invés de se sentarem logo, ficavam cumprimentando conhecidos pelo caminho.
A apresentação seguiu tranquila. E só foi quebrada por aplausos em horas erradas. A pior de todos foi numa hora em que havia uma transição de ritmo e parte da platéia começou a aplaudir. Os músicos que estavam concentrados na execução perderam o ritmo... E a cara da violonista foi um misto de pânico e indignação.
Tudo bem que a peça executada era de um compositor norueguês (desconhecido do grande público) mas acho que dá pra saber a hora de aplaudir se prestarmos atenção na mis-en-scene dos músicos.
A entrada da harpista (na verdade, um instrumento tradicional chamado de harpa keyed) trouxe um pouco mais de animação. Muito simpática, buscando interagir com o público e tocando músicas folclóricas norueguesas e suecas (que me lembraram muito a sonoridade céltica).
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