Com um jeitão de Nárnia...

Primeiro veio J.R. Tolkien e todas as aventuras de Frodo em "O senhor dos anéis". Depois, redescobriram C.S.Lewis e as "Crônicas de Nárnia". De lá para cá, os filmes foram ganhando contornos com um quê voltado para a fantasia e para uma realidade livremente inspirada num mundo de dragões e seres fantásticos coabitando com humanos.

Pude conferir dois filmes... coincidentemente, ambos tratavam (de formas diferentes) desta realidade fantástica já delineada nestes últimos anos.

"Ponte para Terabithia" é dos mesmos produtores de "As crônicas de Nárnia" e investe num mundo fantástico de dois adolescentes diante de um mundo real que os oprime de alguma maneira. Basta manter os olhos fechados e a mente aberta, e assim criamos um mundo inteiramente novo. Receita meio clichê, mas tão difícil de ser executada. A gente se desliga muito pouco do que vivemos e, nossa imaginação cresce sendo sufocada.

O filme é quase irmão, neste tema, de "O labirinto do fauno". As semelhanças entretanto param aqui. "O labirinto do fauno" é muito superior, tanto nas tintas dramáticas quanto no quesito fantasia. "Ponte para Terabíthia" tenta mas não decola tanto quanto o filme mexicano.

O que se vê em "Ponte para Terabíthia" é uma ode a amizade e a imaginação. O que se vê é a dor de se crescer. O cinema adora trabalhar nos momentos de transição da vida. Aqui, mostra-se a adolescência, esta passagem de infância para juventude. Um fase plena de dúvidas, dores e decepções. Uma fase também recheada de descobertas e desejos.


O segundo filme que assisti foi "Epic movie" (que ainda não estreou no Brasil... e viva a internet). Este é um produto destinado para os que curtem comédias que fazem paródia de outros filmes. Algo como "Top gang" e "Apertem os cintos, o piloto sumiu". O eixo principal da história gira em torno da história filmada de "As crônicas de Nárnia", mas é claro que sobra para outros blockbusters... de "O código da Vinci" a "Superman", passando por "A fantástica fábrica de chocolate", "Serpentes a bordo", Paris Hilton e "X-men".

Diversão descerebrada e sem intenções. Talvez por isso mesmo acabe se tornando divertida.