quarta-feira, outubro 11, 2006

Bem-me-quer, mal-me-quer...


De qualquer forma, não consigo fazer "bem-me-quer, mal-me-quer"... não tenho a mínima vontade de saber uma verdade já conhecida. Então, vamos supor que ele mal-me-quer.

Amor... e quem disse que o amor era a melhor coisa do mundo? Quem foi que me enganou dizendo que o amor era uma das coisas pelas quais valia a pena viver? O amor é horrível. Você fica tão vulnerável... O peito se abre e o coração também. E, com o peito e o coração abertos, o caminho está livre para que qualquer um possa entrar em você e bagunçar todo o seu mundo.

Todo o tempo que levei para levantar minhas defesas, todo estes anos e anos que levei para construir a minha armadura para que nada pudesse me fazer mal foi em vão. Uma pessoa idiota, igualzinha a qualquer outra, entra na minha vida e destrói tudo. Você dá a esta pessoa um pedaço de você... e dá de graça porque ela nem pediu. Um dia, esta pessoa faz uma coisa boba como te beijar ou sorrir e, de repente, o seu coração e a sua vida já não são mais seus.

O amor entra em você, devora tudo o que é seu e te deixa perdido. Tudo o que é você já não é mais você porque sua alma já está nas mãos daquele a quem você ama. Você se entrega, e esta foi uma decisão sua, uma decisão só sua, e já não se pertence mais.

De repente, uma frase simples como "talvez a gente devesse ser apenas amigos" ou "é melhor a gente dar um tempo" se transforma numa bomba de estilhaços de vidro explodindo dentro do seu peito e rasgando o coração.

E dói... Não só na imaginação ou na mente. Não é aquela dor de sentir cacos de vidro rasgando a planta dos seus pés para depois levar alguns pontos. É aquela dor que dá desânimo nos braços, na cabeça e até mesmo na vontade de virar a cabeça no travesseiro. É uma dor na alma, no corpo, uma verdadeira dor que entra-em-você-e-destroça-por-dentro.

E você chora e se dá conta de que o sabor que o amor te dá vem do sal daquelas lágrimas que você insiste em derramar.

Nada deveria ser assim... Principalmente o amor. Eu odeio o amor.

3 comentários:

Anônimo disse...

Você odeia o desamor.Só ele dói assim; porque quando o amor que acreditamos dá essa dor que reflete no corpo todo - vira desamor, porém,insistimos em acreditar que ele inda existe, sem perceber que o bichinho "virou a casaca" e que nós não o acompanhamos.
Quando houver novamente sintonia entre os sentimentos seus e do outro, mesmo sem aquele amor, a dor passa.
Creia!

S.Werneck disse...

Mas... "E se for a felicidade?" [acompanhada do amor]. Você mantém a porta trancada? Ou pede pra entrar e não ligar pra bagunça??

Anônimo disse...

doi mesmo....e vc não odeia nadinha...hehehe
bjs!