segunda-feira, setembro 17, 2007

Declarações pinçadas sobre mim

Estranho descobrir depois de um tempo o que outra pessoa pensa sobre você... Hoje, um amigo meu resolveu abrir o diário virtual dele para eu ler.

E encontrei algumas coisas que citam minha pessoa lá. Fiquei pasmo ao ler porque nem eu mesmo me vejo da forma como ele coloca. Estranho saber que você é algo que não se considera.

Não acho que seja tão bondoso quanto me descrevem. Muito menos um anjo. Mas não posso dizer que fico contente por saber que me consideram um bom amigo e que ao menos, faço a diferença para alguém querido.

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"L.F. me ligou de Sampa. Tão bom falar com ele. Traz tantas coisas boas que me sinto cruel, ruim. Há alguns dias ele me disse que viver era o máximo que me prometia, no espaço miúdo entre as duas datas que me definem. Cuidado, L.F., viver é uma promessa pesada."

"Onde está meu amigo L.F. de Sampa que seria um dos maiores consolar do mudo em tais situações? Aposto. L. F. e a coisa mais unânime que me aconteceu. Um anjo que esquece de usar asas. Meu anjo oriental. Sim, meu anjo japonês tenho provado dos seus bálsamos, em carne e osso no meu altar."

"Uma pessoa muito querida me ligou de Sampa ontem de manhã e me falou tão bonito. Conversamos justamente sobre isso, as pessoas que conhecemos, que nos envolvemos, que acreditamos, que nos fazem construir uma história. Perguntei a ele por que haviam tão poucas especiais no mundo. Ele se calou. Pouco antes, mandara uma mensagem que dizia: "Janaína acorda todo dia às quatro e meia e já na hora de ir para cama pensa que o dia não passou, que nada aconteceu. Janaína passageira, passa os dias, passa as horas do seu dia em trens lotados, filos de supermercados, bancos e repartições que repartem sua vida. Mas ela diz que apesar de tudo ela tem sonhos, ela diz que um dia a gente há de ser feliz... Janaína é beleza de gestos e abraços, mãos, dedos, anéis e lábios diante de um sorriso solto que escapa do seu rosto. Janaína é só lembrança de amores guardados, hoje apenas uma pessoa que tem medo do futuro que aconteceu, se alimenta do passado. Mas ela diz que apesar de tudo ela tem sonhos, ela diz que um dia a gente há de ser feliz."

O texto (poema? narrativa? canção?) deixou-me estático por dentro.
Quando o interroguei por e-mail sobre a autoria, ele me respondeu: "Cazuza cantava os 'beijos de liquidificador'. Serão aqueles beijos que trituram a alma? Eu ando sempre querendo iniciar novos capítulos. Aliás, tenho me dado conta que é isso que me faz seguir adiante: abrir novos capítulos, escrever novos começos, aprender novas coisas. O texto da Janaína é de uma música do Biquini Cavadão que tenho ouvido muito nestes últimos dias. Agora respondendo à sua pergunta: o que adianta sair e conhecer pessoas se há pouca coisa especial no mundo? Nem todo mundo será especial para mim. Mas eu sei que existem pessoas especiais. alguns acreditam em OVNIs, outros em coelhinho da Páscoa e Papai Noel. A minha crença é mais palpável porque depende de mim. A gente não nasce com a capacidade de ver muita coisa, precisamos sempre educar o olhar. E então sei que depende apenas de mim poder enxergar e encontrar as pessoas especiais. Cada pessoa com quem mantenho contato (e não se iluda com os números do meu Orkut porque não mantenho contato com todos) é especial para mim de alguma forma."

2 comentários:

Anônimo disse...

Sem querer ser a psicanalista, meu querido amigo Luiz, mas você cometeu um ato falho no seu texto. Veja lá: "Mas não posso dizer que fico contente...". Não seria 'Mas não posso dizer que NÃO fico contente...'?
xoxo

Anônimo disse...

Massagens no Ego! E ainda com alguma poesia!