quarta-feira, junho 22, 2005

Nesta ressaca pós-aniversário, tenho aceitado melhor estes meus recém-completados 30 anos. Daqui pra frente, tudo oque vier é lucro... se bem que acho que sempre foi assim.

De lá para cá, fiz poucas coisas. No sábado encontrei o Maurício, o Murilo, a Letícia e o Cláudio. E, junto com o Guacymar, fomos almoçar demoradamente no Galetos.

Gsoto muito daquele lugar, sem ser muito pomposo mas sem ser muito invadido também (como o Ráscal). Dividi com o Guacymar um galeto desossado com polenta cremosa. Muuuuito bom. Se bem que acho que a polenta frita cairia melhor. Fica para o próximo pedido.

De lá, encontramos a Sté e a Mariana. Uma pequena divisão de grupos e fomos eu e o Cláudio num carro, o Mau, a Sté e o Gwa no outro. Todos em direção a exposição Subterrâneos do Tietê. O lugar é muuuito mal sinalizado e por isso, demos voltas e mais voltas até encontrarmos o lugar certo.

Pelo o que foi divulgado, a exposição fica aberta das 9h00 às 16h30. Chegamos lá às 15h55 e para nossa surpresa (desagradável, é claro), não haviam mais monitores e a exposição estava fechada. Estes funcionários públicos... risos.

Bem, frustante e nem sei se vou querer voltar lá. Muito trabalho para talvez não ver muita coisa.

Nossa opção foi abusar um pouco da paciência do Mau e voltar para o ponto de origem: a região da Paulista. Fomos para o Cinessec para conferir um filme que eu queria ver faz um tempinho: Irmãos, do francês Patrice Chereau.

Gosto muito dos filmes deste diretor. Assisti Rainha Margot e Intimidade com muita apreciação. Intimidade foi meio chocante por mostrar cenas explícitas de sexo entre os protagonistas (diga-se de passagem, não eram gratuitas e ilustravam muito bem a estória contada).

Neste filme, trata-se da reaproximação de dois irmãos por conta da doença que o mais velho descobre. Perfeito para um filme emocional, que conduza a platéia para um choro convulsivo. Se fosse um filme italiano, talvez pudesse resvalar neste sentido (é só lembrar de O quarto do filho).

O filme conduz a estória com um realismo impressionante, sem grandes afetações. O tempo do filme é um tempo próprio para que cada personagem desenvolva sua emoção diante do turbilhão de fatos que a doença traz.

Eu, particularmente, me senti muito envolvido com toda a temática do filme: o relacionamento dos dois irmãos. As relações baseadas no parentesco de sangue são estranhas. Afinal, você não teve o poder da escolha. Os amigos são resultantes de um processo de escolha (e talvez, por isso eles sejam importantes, porque são os escolhidos por você). Pais e irmãos são relacionamentos onde há vínculos obrigatórios e vitalícios. Supõe também relações de autoridade e competição, relações de solidariedade e de apoio.

Nenhum comentário: