Ontem, depois de uma reunião de trabalho, resolvi vaguear pela Paulista. Fui na Gibiteca do SESI e li o exemplar inteirinho de Avenida Dropsie do Will Eisner. Fiquei muito espantado com o relato da ascenção e morte de uma avenida chique em Nova York. Um bom material para reflexão dos urbanistas. Agora quero assistir a peça de teatro que está em cartaz também no Centro Cultural da FIESP.
De lá, encontrei o Guacymar e fomos nos abrigar da chuva no HSBC Bellas Artes. O filme em questão foi Ninguém pode saber, do japonês Kore-Eda.
O filme é um excelente trabalho, realista e sem maquiagens para torná-lo mais palatável. A história é baseada em fatos reais, avisa o diretor no início do filme, mas com personagens e desenrolares fictícios.
Uma mãe com 4 filhos, muda-se para um condomínio que não aceita crianças pequenas. Sendo assim, somente o filho mais velho pode sair de casa e ter uma vida normal. As outras crianças ficam o tempo todo dentro de casa. Um dia, a mãe viaja e não retorna mais. A partir daí, o filme mostra a evolução do ambiente com a falta de dinheiro e a forma como os irmãos vão sobrevivendo.
O Guacymar ficou chocado com a indiferença mostrada pelas pessoas em relação àquelas crianças. Mas será que não estamos todos "anestesiados" por conta da violência e da miséria que nos cerca?
O filme foi seguido com a apresentação de dança do grupo Din a 13 Tanzcompany. O espetáculo foi parte de um projeto internacional capitaneado por uma diretora alemã. Na proposta, pessoas com deficiências são integradas com bailarinos e atores profissionais.
É interessante ver no palco outras perspectivas sobre o movimento. Ver os limites e como diz o espetáculo, encontrar a diferença. Um exercício válido de inclusão de portadores de deficiência e também de reflexão.
O TUCA estava lotado. É uma pena que eles estarão em poucas apresentações aqui no Brasil: a estréia de ontem e somente mais uma apresentação em maio na Galeria Olido.
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