domingo, fevereiro 10, 2008
Agridoce
Acho que finais sempre tem um quê de assustador. Finais também tem algo de perturbador. Talvez porque o fim de algo significa o início de algo desconhecido. Talvez porque na ansiedade de se dar o passo seguinte, nunca temos certeza de que queremos acabar com o que já temos certo.
Eu nunca quis me ver como alguém acomodado numa situação. Nem desejei levar algo que me incomoda sem dar uma solução adequada.
Pois é... fim de uma história de 5 anos, 6 meses e 13 dias. Uma história cheia de pontos altos e várias questões filosóficas. Uma história cheia de aprendizado e com uma infinidade de cores e sabores.
Na hora nem chorei... parecia que tudo estava seguindo o seu caminho mais natural. Uma certa sensação de alívio por poder dizer tudo aquilo que me afligia. E aquelas palavras de "vamos terminar" pareciam ser as mais corretas para toda aquela situação.
Saímos de amantes e seguimos como amigos. E aquele peso da obrigação de "casal feliz" saiu dos nossos ombros. Ele ficou impassível. Racional como sempre. Sereno como sempre. Como invejo esta fortaleza...
Na volta para São Paulo, depois de algumas risadas no café da manhã e de um quase beijo (que preferi evitar para não confundir ainda mais os sentimentos), olhei a paisagem pela janela com olhares de despedida. E aquele gosto agridoce do fim norteou o dia.
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2 comentários:
Eu prefiro acreditar que o recomeço é a melhor parte do fim, mesmo sendo desconhecido, pois marca algo novo, quando você finalmente volta os olhos pra si mesmo.
O título desse post me chamou a atenção por ser o título de uma música de uma das minhas bandas favoritas, o Pato Fu. E não é que o seu post e a música deles tem um pouquinho em comum? Coincidências!
Me identifiquei com o post. Eu também nunca quis me ver como alguém acomodada numa situação e só descobri isso de verdade quando me vi acomodada por anos sem nunca antes ter percebido que estava. Nunca é tarde pra recomeçar - ainda bem!
Beijos!
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