terça-feira, maio 22, 2007

Virada Cultural Paulista 2007

Ao que parece, os governos municipais resolveram apostar na cultura. Depois do sucesso da terceira Virada Cultural em São Paulo, vários municípios do Estado resolveram fazer suas edições.

Em Santos, a Virada Cultural Paulista (iniciativa envolvendo os municípios e a secretaria de cultura do Estado) foi uma brisa fresca no ambiente árido de shows e apresentações fora da capital.

Aproveitei para conhecer lugares em Santos que ainda não tinha visto. No Teatro Coliseu, um show do quinteto Pau-Brasil, comandado pelo pianista Nelson Ayres.

Depois, uma apresentação do André Abujamra na praça Mauá. Ele apresentou músicas do primeiro CD ("O infinito de pé") e do próximo ("Retransformafrikando"), além de canções do Karnak. A praça nem estava cheia, mas isso não significa que faltou animação.

De lá para o teatro Coliseu novamente. Apresentação da Neurópolis - Orquestra dos músicas das ruas de São Paulo. Uma iniciativa muuuuito interessante do músico Lívio Tragtemberg, que reuniu músicos de rua e de influências diversas (violonista e harpista paraguaios, repentistas nordestinos, uma japonesa tocando um shamisen).

A idéia é muito legal, mas o repertório ainda está meio cru. Vale a pena conferir as próximas apresentações para ver se o nível da produção artística melhorou.

O encerramento na minha maratona cultural santista foi na Cadeia Velha, uma espaço inusitado dos tempos do Brasil Império. As diversas salas e celas se transformaram em locais para os standes de uma edição do Mercado Mundo Mix. E numa das salas, muita música no comando de DJs.

Subindo para o andar onde funcionava a Câmara (sim, o mesmo lugar abrigava a Cadeia municipal e a Câmara), uma apresentação da cantora Jussara Silveira e do violonista Luiz Brasil.

Apresentação afinadíssima e de ótima qualidade. Os dois apresentavam o repertório do disco "Nobreza", com músicas de Caetano, Djavan, José Miguel Wisnik, Paulo Vanzolini... Jussara Silveira tem uma técnica impecável e uma voz aguda que remete a uma Gal Costa com maior controle.

Muita coisa para algumas horas de um domingo nublado. E o melhor... tudo de graça.

Um comentário:

Anônimo disse...

Eita, como é bom morar em cidade, né?
Aqui na roça as viradas culturais eu faço em casa messsss.
Beijos Luiz...

E... de graça? Verdade!
Caracas...