Ao que parece, os governos municipais resolveram apostar na cultura. Depois do sucesso da terceira Virada Cultural em São Paulo, vários municípios do Estado resolveram fazer suas edições.
Em Santos, a Virada Cultural Paulista (iniciativa envolvendo os municípios e a secretaria de cultura do Estado) foi uma brisa fresca no ambiente árido de shows e apresentações fora da capital.
Aproveitei para conhecer lugares em Santos que ainda não tinha visto. No Teatro Coliseu, um show do quinteto Pau-Brasil, comandado pelo pianista Nelson Ayres.
Depois, uma apresentação do André Abujamra na praça Mauá. Ele apresentou músicas do primeiro CD ("O infinito de pé") e do próximo ("Retransformafrikando"), além de canções do Karnak. A praça nem estava cheia, mas isso não significa que faltou animação.
De lá para o teatro Coliseu novamente. Apresentação da Neurópolis - Orquestra dos músicas das ruas de São Paulo. Uma iniciativa muuuuito interessante do músico Lívio Tragtemberg, que reuniu músicos de rua e de influências diversas (violonista e harpista paraguaios, repentistas nordestinos, uma japonesa tocando um shamisen).
A idéia é muito legal, mas o repertório ainda está meio cru. Vale a pena conferir as próximas apresentações para ver se o nível da produção artística melhorou.
O encerramento na minha maratona cultural santista foi na Cadeia Velha, uma espaço inusitado dos tempos do Brasil Império. As diversas salas e celas se transformaram em locais para os standes de uma edição do Mercado Mundo Mix. E numa das salas, muita música no comando de DJs.
Subindo para o andar onde funcionava a Câmara (sim, o mesmo lugar abrigava a Cadeia municipal e a Câmara), uma apresentação da cantora Jussara Silveira e do violonista Luiz Brasil.
Apresentação afinadíssima e de ótima qualidade. Os dois apresentavam o repertório do disco "Nobreza", com músicas de Caetano, Djavan, José Miguel Wisnik, Paulo Vanzolini... Jussara Silveira tem uma técnica impecável e uma voz aguda que remete a uma Gal Costa com maior controle.
Muita coisa para algumas horas de um domingo nublado. E o melhor... tudo de graça.
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Um comentário:
Eita, como é bom morar em cidade, né?
Aqui na roça as viradas culturais eu faço em casa messsss.
Beijos Luiz...
E... de graça? Verdade!
Caracas...
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