Ontem fui conferir a mais recente criação do Ivaldo Bertazzo. Confesso que estava empolgado, ainda mais depois de ter visto e gostado muito de Samwaad - a rua do encontro.
Se em Samwaad o mote era o encontro entre música e expressão corporal na ponte Índia-Brasil, desta vez, as influências eram africanas.
Milágrimas pega emprestado o título de um poema de Alice Ruiz musicado por Itamar Assumpção. Se eu não me engano, a música foi gravada também pela Zélia Duncan. E, se a cultura indiana nos parece um tanto distante, a cultura africana já se mostra enraizada na cultura brasileira.
E é mais ou menos este o panorama que o espetáculo mostra para nós. De um trabalho fascinante nos primeiros quadros envolvendo percussão corporal e cantos a capella, passando por uma mescla cultural e desaguando no caos da modernidade (e aqui, as músicas do Itamar Assumpção revelam-se perfeitas).
Interessante... mas avaliando um pouco com minhas preferências pessais, digo que curti muito mais Samwaad. Lá parecia haver um trabalho de pesquisa mais refinado do que em Milágrimas.
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