Realismo fantástico. É o que sempre ouvi falar dos escritos do Murilo Rubião. Então, quando ouvi falar da estréia de "O amor e outros estranhos rumores", peça baseada em contos do escritor mineiro, fiquei imaginando como seria ter o universo fantástico no palco.
Um coelho branco permeia os mistérios envolvidos em cada fragmento de estória. A imagem de um baobá com suas raízes milenares. O vapor de um navio. Noivas surgindo em vermelho, verde e amarelo para um Barba-azul desmemoriado.
Tudo estava lá... e a cenografia plena de transparências e portas e janelas, dava vazão ao fluxo das estórias. Eu não entendi, mas acho que o sentido nem era o entendimento. O sentido era a o absurdo e a reflexão advinda das situações retratadas.
Quanto custa um amor? Se a Terra roda por que não ficamos tontos? Eu quero aquele ninho de passarinho, posso usar como fruteira ou como cinzeiro.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário