quarta-feira, novembro 25, 2009

Caminhando


O horário de verão traz aquela vantagem de se sair do trabalho ainda com a luz do sol presente. Gosto disso e sinto vontade de aproveitar estes momentos. POr isso e uma série de outros motivos, acabei tomando uma decisão. Sempre que possível, vou voltar andando do trabalho para casa.

É claro que já ouvi muitas pessoas dizendo que eu estava louco e que não havia sentido em fazer isso. Por enquanto, vejo apenas vantagens. Veja só: ao invés de gastar 40 minutos preso no trânsito e outros 40 minutos em cima de uma esteira para fazer algum exercício cardiovascular, gasto 1h30 caminhando do trabalho para casa, vendo novas paisagens, ouvindo música no meu iPod, reparando em coisas que dificilmente seriam percebidas por mim na velocidade do automóvel e ainda sinto que aproveito o meu tempo de forma mais racional.

Hoje estive trabalhando na Conferência Estadual de Arte e Cultura (que rendeu alguns momentos hilariantes como a de um orador que resolveu protestar com uma performance e algumas vaias do pessoal da dança ao Secretário). No final do dia, resolvi caminhar da Barra Funda até Pinheiros. 1h10. Tenho descoberto que as distâncias são relativamente pequenas e aproveitei para ver muita coisa.

Descobri uma sequência de ruas com nomes de origem indígena enquanto caminhava na avenida Pacaembu. Vi dois coelhos gigantes decorando um jardim, alguns homens instalando a decoração de Natal nas árvores que ficam na ilha do meio da avenida, um taxista parando apressado ao lado do estádio do Pacaembu para atender a um chamado da natureza, algumas pessoas correndo me fazendo acreditar que não sou o único a aproveitar as ruas para desenvolver alguma atividade saudável...

Com exceção dos dias chuvosos, acredito que devo sempre aproveitar as ruas.

Cerimônias...


Há coisas que sempre evitei... a maior parte delas ligada a eventos relacionados com cerimoniais. Nunca gostei de ir a casamentos e são pouquíssimos os amigos que conseguiram que fazer ir a uma cerimônia na igreja. É claro que já fui a casamentos... um deles foi numa fazenda, outro no aeroporto de Congonhas e outro numa danceteria.

Festas de crianças também são eventos que evito. Assim como outros eventos relacionados: batizados, chá de bebê e outras coisas do gênero.

Neste ano, quebrei estas regras gerais: sim, fui numa festa de criança e sim, acabei indo numa cerimônia de casamento civil.

A festa de criança foi devido ao aniversário de 1 ano da filha de um grande amigo meu. Pareceu-me normal estar presente naquele momento de alguém que me fez participar de tantos momentos da vida dele. É claro que tiveram aqueles vários salgadinhos e docinhos e aqueles brinquedos.

Neste mês, fui a uma cerimônia de casamento civil. Lá num cartório, ao som de uma música clássica que vinha de um CD-player acompanhada de carimbos em ação no andar de baixo. Era o casamento de uma grande amiga minha e que já tinha me convidado para ser padrinho na cerimônia religiosa. Infelizmente, não poderei estar na cerimônia religiosa e por isso, senti que deveria estar presente naquele momento do casamento civil com ela.

E nesta coisa que é a maturidade, descobrimos que aquelas regras de outrora acabam dando lugar às exceções das amizades afetuosas.

terça-feira, novembro 03, 2009

Diários de viagem: Rio de Janeiro

E o Rio de Janeiro continua lindo... se o patrimônio histórico do Rio fosse preservado como o de Buenos Aires e, se o povo de lá fosse tão civilizado quanto nuestros hermanos porteños. Não haveria concorrência neste canto de cá do hemisfério sul.

DIA 1


Partida pela madrugada. Sono, muito sono. Dirigir no Rio é se deparar com indicações de trânsito estranhas e vias mal-sinalizadas. Até que não me perdi tanto para chegar na casa da Rê. Primeira parada: marina da Glória. Um visual que não tinha visto ainda da baía de Copacabana. Almoço no centro, lá na rua do Rosário, num restaurante português: Casual. O prato? Cozido português. Caminhada pelas ruas até chegar ao Museu Nacional de Belas Artes. A exposição temporária do Marc Chagall está simplesmente imperdível. Poucas telas, muitas gravuras. E cores e muita poesia. Na exposição de longa duração, nada de Vitor Meirelles nem muita coisa do século XVIII ou XIX. Dos anos 20 em diante. Próxima parada: Casa França-Brasil. O prédio da antiga alfândega abriga instalação de Iole de Freitas. De lá, para o vizinho CCBB que contou com boas horas de percurso: exposição 1 - um escultor pernambucano cujo nome não me lembro; exposição 2 - moedas e notas e a história do dinheiro; exposição 3 - a história do Banco do Brasil através das suas instalações; exposição 4 - Regina Silveira e seu trabalho com sombras e ausências; exposição 5 - Argentina Hoy. Final do dia com um jantar no Big Polis Sucos. Eu fiquei com um suco de kiwi com clorofila e hortelã que estava muito bom.

DIA 2

Brunch no Balada Mix. Com direito a leituras preguiçosas do jornal de domingo. Passeio pelo Museu do Açude. Acervo deslumbrante e jardins que merecem uma visita num dia de sol. A garoa constante não casava com aquele cenário. Instalações de Helio Oiticica, Lygia Pape, Iole de Freitas, Nuno Ramos, José Resende, Anna Maria Maiolino. Passeio de carro pelo tempo nublado. Vista chinesa. Nada além de muitas nuvens no horizonte. Jardim Botânico e reminescências da infância do Julio por conta do Xou da Xuxa e do teatro Phoenix. Vislumbre rápido do Maracanã. Um banho quente e um jantar no Recreio dos Bandeirantes no Kaçuá. Caldinho de sururu e bobó de camarão. Finalizando com um frozen yogurt de chá verde com amora, morango e granola.

DIA 3

Café da manhã em Ipanema no Colher de pau. Algo rápido e leve para seguir nos passeios. Corcovado e o Cristo Redentor. Será que o fato de ser agora uma das novas 7 maravilhas do mundo influenciou no aumento da visitação? Muita gente, muita gente. E isso tudo apesar do tempo nublado que não permitiu que se visse muita coisa. Para dizer adeus, o Rio permitiu um vislumbre rápido de si. No almoço, um filé à Osvaldo Aranha no Caravela do Visconde, em Botafogo. Perdidos para sair da cidade. Alguma confusão e depois, pé na estrada.