domingo, agosto 23, 2009

Diários de viagem: Salto e Itú

Salto e Itú são cidades muito próximas. Aproveitei o fato da Secretaria estar organizando o Festival de Teatro Infantil em Salto e fui conferir algo das duas cidades. Já tinha passado pela região e me lembro vagamente de Itú (acho que na última vez que fui para lá, estava com uns 12 anos). Lembro do orelhão e das coisas gigantes. Desta vez, fui preparado para ver a parte histórica.

DIA 1 - Salto

Salto tem este nome por conta da existência de um desnivel no rio Tietê. Este "salto" foi retratado por vários artistas e recebeu a visita de vários ilustres (de Dom Pedro II a Debret). Lá na região da queda d'água, há o Complexo da Cachoeira. E lá, o Memorial do Tietê, contando a história do rio. Atrás dos vidros, um espetáculo triste: a cachoeira e a água espumando anormalmente por conta da poluição química. Parece ser meio tragicômico... o restante do complexo envolve um jardim de esculturas, uma ponte pênsil, a ilha dos Amores. Vistas lindíssimas de algo que temos que imaginar como limpo. O cheiro forte do rio, algo meio entre plástico e detergente, rendeu uma boa dor de cabeça. Espetáculo trágico sobre poluição. Educação ambiental pelo choque. Além disso, foi possível passear pelas construções históricas da cidade: a antiga fábrica de tecidos Brasital, convertida numa universidade; o museu da cidade, poucos objetos lidando com uma afetividade histórica e o parque Rocha Moutonnée.



O parque Rocha Moutonnée tem este nome por conta de uma rocha, tombada pelo patrimônio histórico-arqueológico, que prova que o Brasil passou por períodos de glaciação e ação de geleiras na região Sudeste na era de Gondwana.

DIA 2: Itú

Itú em tupi significa "salto". Então o marco geográfico no Tietê foi o responsável pelo nome de duas cidades. Em Itú há muito mais história que em Salto. Mas é uma pena que tudo estivesse restrito a visitação. Dos lugares de destaque e que pude visitar, somente o Museu da Energia e a igreja matriz é que chamaram a atenção.

O Museu Republicano estava fechado para restauro. O Espaço Cultural Almeida Jr. não abriu. E a Fábrica São Luiz foi um tanto decepcionante, assim como o Regimento Marechal Deodoro. Melhor voltar para Salto.

E lá em Salto, prosseguimos com uma visita ao monumento a Nossa Senhora de Montserrat, padroeira da cidade. Segundo informes, é o maior monumento mariano no mundo e a segunda maior estátua religiosa do Brasil (ficando atrás apenas do Cristo Redentor).

Logo ao lado, o parque de Lavras, onde se encontra a segunda usina hidrelétrica instalada no Estado. Lá, deu para ver mais nitidamente a espuma química formada nas águas do Tietê... O passeio se encerrou com uma boa empada frita, patrimônio cultural da cidade.

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