Na semana passada tive a oportunidade de reviver em certo grau, a magia dos primórdios do cinema. No SESC aconteceu uma mini-mostra chamada "3 momentos do cinema japonês": três filmes de diferentes épocas para dar uma pequena visão da produção cinematográfica japonesa.
Fomos, eu e o Gwa, assistir ao primeiro filme. O nome do filme é Taki no shiraito (A feiticeira das águas) e foi dirigido por Kenji Mizoguchi (mais tarde redescoberto e cultuado pelo cinema ocidental).
O filme é de 1933 e é considerado a obra-prima da fase silenciosa do cinema de Mizoguchi. Sim, é um filme mudo. E em preto-e-branco, of course.
O charme deste experiência reside justamente no fato de ser um filme mudo. Para a exibição, a Fundação Japão, organizadora do evento, resolveu recriar a forma de exibição destes tipos de filme tal qual ocorriam no Japão.
Então, apesar de ser mudo, o filme teve o acompanhamento musical de duas instrumentistas (uma na percussão com os tradicionais taikos e outra no shamisen, um instrumento de cordas) e a participação de um benshi.
O que é benshi? Benshi é uma espécie de narrado. Mas diferentemente dos dubladores, onde cada dublador faz apenas a vez de uma personagem e falam por turnos, o benshi interpreta todos os personagens em cena e faz também a narração.
Curtimos bastante a experiência e confesso que me diverti bastante. Quanto a história do filme, é algo bem típico daquela época: amores desencontrados, com várias tragédias pontuando a história.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário