domingo, setembro 12, 2010
It's a little bit complicated...
Ainda influenciado pela leitura recente de "Admirável mudo novo", vejo diante de mim a frase que ilustrava o comportamento sexual e afetivo das pessoas num futuro imaginado por Aldous Huxley:
"Cada um pertence a todos".
Nesta visão de futuro, não haveria espaço para relações monogâmicas e exclusivas e, consequentemente, para ciúmes e neuroses advindas da fidelidade e do romantismo. Eu desejo alguém? Simplesmente sigo e satisfaço meus desejos.
Um virtual friend de longa data, o Leo Saraiva, comentou meu post passado e disse que não estamos longe (do futuro imaginado), "basta virarmos a esquina do tempo".
Acho que ele tem razão, pelo menos neste campo do comportamento afetivo... e os sinais já se fazem explodir diante do meu campo de visão. Uma pessoa que acabo de conhecer declara que está casada há 36 anos e que a fidelidade é um mito. Outro diz que se relaciona com casais para esquecer dos próprios problemas.
E fico vendo que no meio de tantas particularidades, o meu relacionamento atual acaba parecendo uma exceção. Quase uma situação anacrônica. Qual será o equilíbrio entre relações objetivas e relacionamentos românticos?
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