Meu amigo maluquinho azul, mineirim-fashion-padrinho-babão, perguntou para mim o porquê da gente amar.
Amar, ao contrário do que o Mário de Andrade colocou, é verbo transitivo direto. Amamos alguém. Amamos alguma coisa. Amamos algo que não nos é. Amamos o outro, o externo a nós.
Talvez a gente ame porque somos incompletos e precisamos de algo para nos fazer sentir mais perfeitos. Sim, porque a completitude é perfeição.
Talvez a gente ame por medo de ficar sozinho. E o amor seria então isso: tesão e medo. Medo de ficar sozinho quando se deseja estar com alguém. Medo de ter de enfrentar o mundo e a vida sem ter alguém ao lado para te acompanhar o passo.
Talvez a gente ame porque impulsos elétricos ressoam nos nossos neurônios ao termos a retina estimulada por uma imagem agradável e os receptores de calor e pressão da pele serem ativados pelo contato prazeiroso de outra pele. O amor é química? Talvez... até tesão já é turbinado quimicamente com Viagra, não é?
Talvez a gente ame porque desejamos provar daquilo que se chama amor. Afinal, todo mundo que é bom e que vale a pena viver apenas para viver um amor. Seria o amor algo cultural?
Enfim... o amor é química, é medo, é cultura, é completitude. Talvez um pouco disso tudo ao mesmo tempo. Talvez nada disso em momento algum. O amor é isso mesmo: um monte de "talvez".
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3 comentários:
Eita que ele é um "sabedô" de amor...
Sinta-se aplaudido!
Bela definição!
Amor para os farmacêuticos é estar com a química alterada, mas eu concordo com você, amor é um monte de talvez. hehehe
Bacaan demais isso aqui!
Mas minha intenção era a a seguinte: Vc terminava o post desse comentário se questionando porque a gente briga tanto num relacionamento, lembra?!
Quis dizer que as brigas podem ocorrer porque o amor existe!
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