domingo, novembro 25, 2007

Curtindo o feriado

E neste último feriado, Dia da Consciência Negra (dia 20 de novembro), tive uma folga. Aproveitei e fui curtir um pouco de sol e esvaziar a cabeça das coisas de Sampa.

Fui parar no Hopi Hari junto com a minha irmã, a amiga dele e um amigo meu. O céu nublado de Sampa deu lugar ao sol escaldante em Vinhedo. E lá naquele mundo fake, desfilamos entre pirâmides egípcias, castelos de contos-de-fadas, circo, a torre Eiffel e um hotel-fantasma no Velho Oeste.

Muitos gritos, muitas risadas e aquele cansaço gostoso no final do dia após liberar tanta adrenalina. Vontade de curtir mais os próximos feriados...

Jogo de cena

Eduardo Coutinho é quase uma unanimidade no cinema brasileiro. Um dos melhores documentaristas da Terra Brasilis. Dificilmente ouço alguém falando em tom de desapontamento de qualquer trabalho dele. Dos que assisti, curti muito todos.

"Babilônia 2000" e "Edifício Master" são filmes que todos deveriam colocar na lista para assistir em algum momento.

Fui conferir "Jogo de cena", o mais novo filme dele. Eu achando que não iria ficar muito surpreso com o que veria, saí da sala mordendo a língua. O filme flerta no limite entre a ficção e a não-ficção, trata de metalinguagem, fala sobre o trabalho do ator, fala de histórias reais.

Tudo começa com um anúncio do diretor: "Procura-se mulher acima de 18 anos para contar uma história real". Ou algo semelhante. E as mulheres aparecem. E contam suas histórias deliciosamente privadas para as lentes da câmera.

No meio disso tudo, há alguns cortes e uma atriz conhecida começa a contar a mesma história que estava sendo contada. Sim, o diretor fez um trabalho coletando histórias reais e colocou depois, atrizes interpretando estas mesmas histórias. Fernanda Torres, Andréia Beltrão, Marília Pêra... todas desfilam seu talento diante das histórias reais das mulheres recrutadas por Coutinho.

Um jogo que mescla realidade e interpretação. O que é real? O que é falso? E isso me faz lembrar "Autopsicografia" do Fernando Pessoa:

"O poeta é um fingidor,
Finge tão completamente,
que chega a fingir que é dor,
a dor que deveras sente."

O limite entre o real e a interpretação (o fingimento) é tão tênue. As atrizes falam da dificuldade de entrar naquela personagem que não era mais personagem e sim, pessoa. O diretor desfia histórias e traz boas reflexões. Imperdível!

sábado, novembro 17, 2007

Você não me ensinou a te esquecer



Nos momentos em que não sinto inspiração alguma para escrever algo, vou buscar o que meus caros amigos tem a dizer. E navegando no Leoboratorio, encontrei este vídeo cujo mote é "I'm not gonna think about her" (traduzindo: "eu não vou pensar nela").

Só que o que se percebe é que quanto mais a gente tenta esquecer, mais nos lembramos. No esforço de não querer mais lembrar de algo, os detalhes surgem cada vez mais nítidos.

Já pensou em dizer para alguém "Não pense no porquinho voador"? Adivinha no que foi que a pessoa pensou? Isso mesmo... foi pensar no porquinho voador.

Dizer o que não devemos fazer é o mesmo que dizer o que fazer. Então, como escapar disso tudo? Alguém me diz como faço para esquecer coisas que estão machucando meu coração, minha alma e minha mente?

quinta-feira, novembro 15, 2007

Juntando músicas


Como vai você? Eu preciso saber da sua vida... peço a alguém para me contar sobre o seu dia. Anoiteceu e eu preciso só saber como vai você. Que já modificou a minha vida. Razão da minha paz tão esquecida. Nem sei se gosto mais de mim ou de você.

Vem que a sede de te amar me faz melhor, eu quero amanhecer ao seu redor... preciso tanto me fazer feliz. Vem... que o tempo pode afastar nós dois. Não deixe tanta vida pra depois. Eu só preciso saber como vai você.

Você foi o maior dos meus casos, de todos os abraços, o que eu nunca esqueci. Você foi dos amores que eu tive, o mais complicado e o mais simples pra mim. Você foi o melhor dos meus erros, a mais estranha história que alguém já escreveu. E é por esta e outras que a minha saudade faz lembrar de tudo outra vez.

Você foi a mentira sincera, brincadeira mais séria que me aconteceu. Você foi o caso mais antigo, o amor mais amigo que me apareceu. Das lembranças que eu trago na vida, você é a saudade que eu gosto de ter. Só assim sinto você bem perto de mim outra vez.

Mas não tem revolta não, eu só quero que você se encontre. Ter saudade até que é bom, é melhor que caminhar vazio. A esperança é um dom que eu tenho em mim. Eu tenho sim... não tem desespero não, você me ensinou milhões de coisas. Tenho um sonho em minhas mãos. Amanhã será um novo dia. Certamente eu vou ser mais feliz...

segunda-feira, novembro 12, 2007

Feria Kantuta


Sumido... sim, ando muuuuito sumido daqui deste meu cantinho virtual. Mas a vida anda intensa aqui no mundo real e acabo não tendo tanto tempo para sentar diante do computador e digitar algumas linhas.

Quer dizer, faço isso no trabalho... mas lá nem pensar em escrever no blog. Rola um Net Filter básico ali.

A flor aí da foto é a Kantuta. E é a flor-símbolo da Bolívia porque tem as cores da bandeira daquele país. Além disso, Kantuta é o nome da feira que acontece todos os domingos em São Paulo. Uma feira de preservação de hábitos folclóricos dos imigrantes bolivianos presentes neste caldeirão étnico que é Sampa.

Adoro esta cidade por conta disso...

A feira é uma festa de sabores e odores diferentes. Comece nas barracas de empanadas e salteñas.
Experimentem a de carne de porco com milho branco boliviano (sim, porque lá na cultura andina, descobre-se que há grãos de milho de várias cores... do preto ao branco, passando pelo roxo e o amarelo).

Para acompanhar, um suco de pêssego... só que pasmem. O suco é de uma cor escura e tem um pêssego desidratado no fundo do copo. Para quem quiser arriscar, um suco de amendoim também é uma opção interessante.

O suco de linhaça é exótico e eu, particularmente, não gostei muito. Depois, provei um pouco de api, uma espécie de suco de milho roxo que se bebe quente. Dizem que é o café da manhã típico dos bolivianos.

Meu companheiro nestas descobertas gastronômicas foi o Júlio. E só sei que isso foi garantia de muita diversão. O jeito exagerado dele é muito engraçado... mas, também o que esperar de um artista plástico que entra no salão negro do Senado com uma jibóia em pleno Renangate?

Enfim, depois um biscoitinho de milho, depois um frango ao forno com muito tempero diferente, depois uma sopa de amendoim, depois um chocolate boliviano (que para mim parecia um torrão de açúcar com cacau)... um pouco de Inca Cola (imaginem um refrigerante amarelo... parecia um Epocler gaseificado) e para arrematar tudo, um chá digestivo de coca.

Eu só sei que depois de tudo isso, percebi que ainda tenho muito o que descobrir nesta cidade...