terça-feira, agosto 30, 2005

Laços de família

Depois de 2 anos e meio no Japão, minha irmã resolveu voltar para terra Brasilis. Nem preciso dizer que a mais ansiosa neste retorno era minha mãe. No aeroporto, ela não conseguia ficar calma, a cada pessoa que aparecia na saída com uma mal um pouco maior, ela já conferia.

Sim, minha irmã voltou e, fica agora aquela sensação da família estar completa novamente. A proximidade, queira ou não, afeta muita coisa nestas sensações. Ela voltou com uma cara cansada (muito provável por conta do jetlag) e abraçou a todos com lágrimas nos olhos. Lágrimas de felicidade. Tão raras ultimamente...

Em casa, uma grande feijoada e muita couve. Minha irmã disse que estava morrendo de vontade de comer uma feijoada caseira porque só comia aquelas enlatadas e, verduras também... porque lá no Japão frutas e verduras são caríssimos. E é claro que minha mãe (mãe tem sempre este espírito solidário com os filhos) fez uma feijoada.

Muitas novidades, muitos vídeos e fotografias, muitas histórias. Mas o melhor de tudo foi poder olhar para o lado e ver que ela estava de volta, que estava mais acessível ao nosso olhar e aos nossos abraços.

terça-feira, agosto 23, 2005

Get confused

O título é referência a uma música do Fischerspooner que estou ouvindo agora...

Mais filmes
Assisti "Inconscientes", filme espanhol que tem uma trama meio policial-detetivesca e toques cômicos e a psiquiatria (e as recém-lançadas idéias de Freud) como pano de fundo. Gostei bastante... dei boas risadas ao lado da Káhtia e do Maurício.

Neste último sábado, conferi finalmente o filme "Caiu do céu". O título original é mais conciso (Millions) e revela muito do filme. Adorei o filme. Uma verdadeira fábula sobre honestidade e necessidade. Danny Boyle trouxe uma mágica quase infantil para mim e para o Guacymar. Acho que ao lado de "A fantástica fábrica de chocolates" do Tim Burton, é um ótimo filme para se entrar neste clima de fábulas.


Mais lugares novos
Ainda no sábado fui conhecer a Douce France. Quer uma amostra do paraíso na terra em forma de doces? Vá então a Douce France. Eu pedi um doce divino: uma mousse de chocolate recheada com uma camada finíssima de pão-de-ló e umedecido por polpa de framboesa. E tudo isso numa leveza indecentemente convidativa.

Pena que seja meio caro... mas vale a pena aproveitar cada colherada levada a boca.

Na sexta tive um dia de tour de bar em bar... coisa que não fazia há muito tempo. Acho que só em Barcelona e em San Francisco tinha feito isso. Começamos (eu, Maurício, Yara, Cláudia) no Pequi. É uma pena que o local esteja tão decadente... dá até pena de ver como aquele lugar tão descolado tenha chegado neste ponto.

Depois para o Papparazzi em Perdizes. Um barzinho próximo da PUC, sem nada de especial... mas, um lugar para a gente parar e conversar. De lá para um botecão, daqueles bem sujões, para encontrar o pessoal da Geografia/PUC, colegas da Cláudia.

E de lá para a Vila Madalena no Carambar. Também nada de especial... só mesmo um ambiente para se sentar e conversar.

Bem-vindos aos novos conhecidos
Sim, nestas últimas semanas pude conhecer muita gente nova... gosto muito disso. Conhecer outras pessoas acrescenta sempre algo mais.

Conheci a Yara, figura fabulosa e divertida. Muito alto astral e ótimo papo. Uma daquelas pessoas que agradam qualquer conversa num bar. Companhia ótima para qualquer momento.

Cláudia, amiga da Yara, que agora já me agradou bastante. Um espírito livre e uma cabeça aberta para tudo. É uma daquelas pessoas que parece que conhece todo mundo e que todo mundo a conhece. Quem sabe talvez vc tenha cruzado com ela em algum lugar.

Fernando e Patrícia, amigos da Cláudia, figurinhas muito simpáticas mas que infelizmente não continuaram conosco naquela peregrinação de bar em bar. Tem uma festa de despedida do Fernando para acontecer... quem sabe aí a gente consegue conversar mais.

quarta-feira, agosto 17, 2005

Eu quero sempre mais...

Sei lá o porquê mas estou com uma música na cabeça... aquela música do Ira! que diz "eu quero sempre mais de ti".

Há muita coisa para se contar... lugares novos que conheci, pessoas que conheci, filmes que assisti, coisas novas que comecei.

* Filmes
Assisti "Viagem do coração" no cineminha da praia em Santos. Na verdade, estava meio receoso de assistir este filme porque já não aguento mais ver filmes que tem a II Guerra como um dos temas. Já cansei de ver os judeus sofrerem nas telas (e fazerem uma verdadeira política de apartheid com os palestinos no estado de Israel). Já cansei de ver soldados americanos ou britânicos ou franceses ou alemães ou russos marchando e se metralhando. Mas... graças a insistência do Guacymar, fui assistir este filme e tive uma grata surpresa. A II Guerra é apenas pano de fundo. A trama se concentra muito nos encontros e desencontros de um aspirante a escritor francês entre toda a confusão que toma Paris no pré-invasão pelos nazistas. A Isabelle Adjani continua com aquela cara de eterna pasmada. O Gerárd Depardieu está muito bem. Um filme leve para se assistir numa tarde tediosa.

Vi também Água negra. Neste contei com a companhia do Guacymar e da Zilda. Eu achei que o filme no geral, é bom. Não chega a ser empolgante nem excepcional. Apenas bom. Os atores estão bem (e que elenco... Jennifer Connely, Pete Postleweight, John C. Reilly) e a história lembra muito das temáticas de filmes de terror japonês (espíritos dos mortos que ficam assombrando os vivos). O início do filme é muito bom. O final fica apressado demais, e cai numa conclusão risível. Vá apenas se não tiver nada melhor para assistir ou espere sair no DVD.


* Lugares novos

Em Santos conheci uma pizzaria com ar muito família, lembrava muito o clima daquela pizzaria Margherita em São Paulo. Mas, melhor não se deixar levar por esta impressão e experimentar. A pizza vale muuuuito a pena! Na pizzaria Van Gogh, pode-se comer uma pizza muito boa. E não dispense os couverts...

Subindo a serra, pude contar com a companhia ilustre de Maurício, Káhtia e Yara para conhecer o bar Exquisito! Um bar na região da Consolação que conta com comidinhas variadas, algumas típicas do interior (como o bolinho de milho com recheio de carne) e outras de origem latina (tacos, ceviches). Um bar com cara de Vila Madalena mas muito próximo dos Jardins.

Ainda na mesma noite, fui para o La Villete na praça Villaboim. Sempre passei em frente deste lugar mas nunca tinha entrado. Desta vez, agora em companhia somente da Yara e do Maurício, fui conferir. Um local simpático para se jogar conversa fora num finzinho de madrugada de domingo.

Domingo, agora, já em companhia do Cláudio, fui conhecer o café Pop's Bagel & Coffee. Os donos do lugar são os mesmos donos do B&B Burger e Bistrot (que fica em frente ao prédio em que eu morava na Bela Cintra). Um lugar muuuito legal. Com ar meio kitsch, meio Vila Madalena. Pequeno, com poucas mesas... deve encher muito. Lá pedi um milk-shake de goiaba que estava simplesmente divino. E uma régua para comer bagels. O que é uma régua? Régua é o nome que eles dão para uma bandeja que comporta potinhos de acompanhamento para o bagel (mel, cream-cheese, foie-gras, chutney, manteiga).

Depois continuo falando sobre pessoas novas que conheci e sobre as exposições que vi em Sampa.

quarta-feira, agosto 10, 2005

Partido alto

Ontem fui assistir a uma apresentação do Ballet Stagium: Stagium dança Chico Buarque. Só posso dizer que não entendo nada de dança moderna (talvez por também nunca ter visto muitas apresentações de balé clássico).

Sou meio neófito nesta questão de dança. Na verdade, comecei influenciado pelo meu amigo André Gabriel. E vi pouca coisa: Balé da Cidade de São Paulo, Cisne Negro, Grupo Quasar, Din a 13 Tanzcompany e agora, Ballet Stagium.

Dança é algo estranho para mim. Parece ser uma forma de expressão que transita e se comunica com várias outras. Nunca sei o que é dança e o que é teatro. Até onde vai a dança e onde começa o teatro? Talvez seja uma questão tola mas é o que ficou de dúvida para mim.

A seleção musical foi ótima. Chico Buarque é um letrista insuperável... melhor que Caetano e que Gil e que qualquer outro. Opinião minha, é claro.

O espetáculo foi o melhor videoclipe que uma música pode ter. Partido alto, uma versão em espanhol de Valsinha, um pas-de-deux ao som de Beatriz, uma ciranda em Roda-viva... Curti bastante.

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Ah... e agora algumas dicas:

* Para quem quiser ficar na moda e mostrar a indignação a respeito de todo o lamaçal exposto diarimente em Brasília, a rede Yázigi está lançando uma campanha intitulada NO CORRUPTION. Uma pulseirinha branca de silicone com os dizeres gravados está a venda nas escolas da rede.

* E para quem quer participar de algum jeito, surgiu uma proposta bem interessante. Uma caminhada virtual anti-corrupção de São Paulo até Brasília. São 1.012 km e cada pessoa que se registra garante 2 m na caminhada. Interessante, não é? Basta um clique. O endereço é www.e-indignacao.com.br

quinta-feira, agosto 04, 2005

Oompa-loompas

Estou aproveitando bem meu tempo livre... já finalizei a leitura de Freaknomics, livro com conclusões polêmicas e saborosas do economista Steven Levitt. Estou bem adiantado na leitura (já foi mais da metade) de Deuses americanos, do incensado Neil Gaiman.

E ontem fui conferir A fantástica fábrica de chocolate de Tim Burton. Confesso: nunca assisti a primeira versão (sim, sim... podem falar que passava o tempo todo na Sessão da Tarde ou que é um clássico da infância de todos nós).

Eu não assisti a primeira Fábrica de chocolates. Talvez possa até criar uma comunidade no Orkut sobre isso. Risos.

Lembro da Patrícia falando dos Oompa-loompas e, juro, fiquei muito incentivado pelo discurso dela a assistir o filme. Pelos comentários parecia ser algo lisérgico.

E realmente é... O filme é uma verdadeira fábula, beirando um pouco o bizarro, que fala sobre a importância da humildade e da família.

Uma fábula bem ao estilo Tim Burton (que já nos brindou com várias outras: Peixe grande e Edward mãos-de-tesoura, por exemplo), cheio de cores e com uma certa perversidade escondida sob todos os sorrisos.

Vá, confira e divirta-se.